A Nathalie Trutmann é uma empreendedora que nasceu em Guatemala. Estudou na Universidade da Califórnia, em São Diego e frequentou um MBA na INSEAD em França, uma Business School. A Nathalie procura motivar o empreendedorismo, a inovação e procura iniciativas que transformem as pessoas e as organizações (Leya, s.d. & Demetrio, 2013).
Foi Diretora de Gestão da Hyper Island, foi também a primeira Embaixadora da Singularity University no Brasil, Diretora de Inovação da FIAP, colunista do Portal Meio e Mensagem. Teve o prazer de participar em palestras e realizar workshops locais e internacionais com os temas Transformação Digital, Organizações Exponenciais, Organização Aprendente, Inovação, Inspiração e Motivação (Leya, s.d. & Palestrarte, s.d.).
Facebook de Nathalie Trutmann: https://www.facebook.com/nathalie.trutmann
A Nathalie Trutmann escreveu o livro Manual para Sonhadores para transmitir aos seus leitores que apesar da nossa Idade ou mesmo do momento em que a nossa vida se encontra, devemos sempre concretizar os sonhos e correr atrás do que nos torna verdadeiramente feliz, sem olhar ao julgamento de terceiros ou das adversidades que poderemos encontrar (Demetrio, 2013).
No Manual para Sonhadores, a Nathalie relata vários sonhos (alguns muito ambiciosos ou são pouco ambiciosos) que foram concretizados. Dá-nos a conhecer várias experiências vividas por ela, e por pessoas que foi conhecendo ao longo da sua vida. Nem todos os sonhos seguiram o rumo que era desejado, mas não deixam de ser vistos como um sucesso.
Contudo, nós não precisamos de viver as fases da vida pela ordem que está previamente definida pela sociedade (os nossos pais, avós, etc), ou seja, sair do secundário, tirar a licenciatura e a seguir o mestrado, arranjar um emprego, sair da casa dos pais, casar, ter filhos... Não é por seguirmos esta ordem que irá garantir a nossa felicidade intrínseca, mas sim a forma como sentimos com nós próprios, felizes e realizados independentemente de seguir as tais “fases da vida” como é relatado no capítulo 2 – O valor de seguir um sonho. Assim, devemos ouvir as nossas vontades e desejos e sentirmo-nos confortáveis de forma a conseguirmos seguir o nosso caminho sem medo de falhar ou de sermos mal vistos perante a sociedade “porque mais doloroso do que não alcançar um sonho é não correr atrás dele, desistir e se conformar sem sequer tentar, perdendo a energia e a felicidade que a aventura pode nos gerar”
No entanto, é pertinente realizar uma reflexão integrativa mencionando uma das viagens que Nathalie e a sua irmã fez com o seu pai para a Amazónia e que preferiram ter condições pouco confortáveis durante a viagem de forma a conseguirem observar e apreciar o lado selvagem da Amazónia. Porém, não foi isso que aconteceu. Viram a floresta queimada, em seguida, um zoológico flutuante, e por fim um acampamento quase pavimentado. Mas o engraçado é que a viagem para sair de Manaus acabou por ser mais selvagem do que a própria visita. Deslocaram-se num barco onde que tinha muitas pessoas durante 3 dias, tinham que dormir uns em cima dos outros, não havia conforto e o espaço não era sadio. Apesar de toda esta confusão, desconforto e reclamações por parte dela e da irmã, aperceberam-se que era assim que gostavam de viajar, era uma aventura que apesar de nós considerarmos precária, foi uma oportunidade para colocar à prova a sua tolerância e a adaptação à mudança.
Concluindo, Saíram da zona de conforto e permitir que houvesse uma mudança na forma como viajavam de forma que “não só nutriram a curiosidade, mas também fortaleceram a flexibilidade (...)”. Ou seja, passaram por um processo de mudança (mesmo que pessoal) como foi lecionado na Unidade Curricular de Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional tornando-os mais flexíveis e resilientes graças à viagem. De acordo com o que relatou no livro, a Nathalie é uma líder transformacional por ser inovadora, carismática, comunica a visão que pretende aos seus leitores, acaba por fornecer apoio e realizar coaching através das suas experiências vividas e é um exemplo. Por tanto, todas as experiências descritas no livro, dão ao leitor a oportunidade de conseguir identificar quais são os pontos ou/e as situações na sua vida que necessita alterar para ser autónomo, flexível, resiliente, empreendedor, curioso, entre outros. Ou seja, é uma forma de o leitor melhorar continuamente o seu processo de vida (Trutmann, 2013 & Carless M. , 2000).
A minha experiência como leitora e reviewer deste livro foi sem dúvida interessante e outrora surpreendente. Identifiquei-me com certos capítulos do que com os restantes, e consegui rever-me nalgumas experiências descritas pela Nathalie e deu-me mais força e vontade para continuar a seguir o caminho que estou neste momento a construir. Sou uma pessoa que não seguiu as fases da vida como os meus pais queriam, eu saí da escola secundária, arranjei 3 trabalhos até ter um emprego fixo, fui viver sozinha, tive uma filha, casei, entrei na universidade para tirar a licenciatura e vou ter o segundo filho. Não faz mal termos sonhos mesmo quando achamos que já é tarde, não faz mal desejar ser e ter “tudo e mais alguma coisa” e principalmente não faz mal errarmos. Ora, eu já fui modelo fotográfico, manequim, cantora, esteticista. Neste momento sou técnica auxiliar de farmácia, empreendedora de uma loja de bijuteria. E quero ser gestora de Recursos Humanos e dona de uma clínica de estética. Ou seja, com 26 anos, casada e com 2 filhos, já fui/fiz muita coisa e ainda quero ser, mas com o livro aprendi que nunca é tarde demais para nada e por mais difícil que pareça, devemos sempre seguir com toda a convicção. E como futura gestora de Recursos Humanos, penso que após a leitura deste livro irá permitir enxergar e gerir as pessoas nas organizações de uma forma diferente e mais humana. Isto é, identificar o sonho dos colaboradores naquela empresa e dar-lhes recursos para conseguirem concretizá-lo e motivando-os
Na minha opinião, a importância de possuir uma mente de empreendedor é fundamental de incluir nesta book review, e assim como incutir aos nossos filhos ainda que seja nas pequenas ações do dia-a-dia (como por exemplo, pedir às crianças para contar as suas próprias histórias). Tal como, sermos criativos ou corajosos ou até mesmo malucos, de forma a permitirmos quebrar as regras definidas por outros ou imposições criadas por nós, e consequentemente sentirmo-nos livres e alcançarmos o que desejamos. Neste livro há uma panóplia de experiências e lições de vida que podemos aprender a pôr em prática na nossa vida pessoal, assim como na nossa vida profissional. Deixo esta TED Talk que estava referenciada no final do capítulo 2 e achei muito importante
Esta book review foi redigida pela Vânia Gonçalves, estudante de Gestão de Recursos Humanos no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes, uma sonhadora nata desde que se lembra. Realizou vários sonhos e surpreendentemente continua a sonhar porque na realidade o que é viver sem sonhos?
Caro/a Leitor, para Citar esta Book Review, use esta referência final:
Gonçalves, Vânia. (Data). Sonhar é grátis, mas concretizar sonhos é permitido. Book Review Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ‘Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional’. ISMAT-Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. Disponível em: https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com/
Referências bibliográficas
Carless, M. (2000). A short measure of transformational leadership. Journal of Business and Psychology, 389-405.
Demetrio, A. (10 de Maio de 2013). Startupi. Obtido de Startupi: https://startupi.com.br/2013/05/nathalie-trutmann-da-fiap-compartilha-o-seu-manual-de-sonhadora/
Leya. (s.d.). Obtido de http://www.leya.com.br/autor/nathalie-trutmann/
Palestrarte. (s.d.). Obtido de https://palestrarte.com.br/equipe-de-palestrantes/nathalie-trutmann/
Trutmann, N. (2013). Manual para Sonhadores. Brasil: Leya.