sábado, 31 de dezembro de 2022

"Pense e Fique Rico de Napoleon Hill: A Facilidade em ser Bem Sucedido- Book Review por Bruna Pereira

 


Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

 

Book Review – Pense e Fique Rico

“Facilidade em ser Bem Sucedido”

 

Uc: Métodos de Intervenção e Desenvolvimento nas Organizações

1ºsemestre - 3ºano

Ano letivo: 2022/2023

Docente: Prof. Patrícia Araújo

Discente: Bruna Pereira


Book Review – Facilidade em ser Bem Sucedido



Napoleon Hill nasceu no estado da Virgínia no dia 26 de outubro de 1883 e faleceu no dia 8 de novembro de 1970, com 87 anos.

Ficou órfão de mãe aos 10 anos de idade.

Começou os seus estudos em direito, mas não os finalizou, e começou a trabalhar num jornal, e realizou uma entrevista a um dos homens mais ricos da época que estava inserido, Andrew Carnegie. Através dessa entrevista, adquiri-o bases para criar “The realization of philosophy” (filosofia da realização).

Napoleon Hill escreveu vários livros, e a sua primeira obra foi publicada em 1928, na qual se chamava “A lei do Sucesso”.

Biografia de Napoleon Hill - eBiografia

Como surgiu o “Think and Grow Rich” (Pense e Fique Rico)?

«Pense e fique rico!» de Napoleon H. - Portugueses felizes

Realizou várias entrevistas a empresários e empresárias de sucesso, foi guiado pelo homem mais rico do seu tempo, Andrew Carnegie, este que lhe deu incentivo também para escrever esta obra. Nesse contexto, decidiu comprimir todas as ideias que foi retirando das entrevistas que realizou, e compactou numa fórmula poderosa de sucesso, o seu livro.

 

O livro “Pense e Fique Rico”

Foi publicado pela 1º vez em 1937, foi um livro escrito com base nas entrevistas que Napoleon fez a mais de 16.000 pessoas, incluindo pessoas milionárias.

Napoleon Hill, passou 20 anos a desenvolver o livro, sendo este dividido por treze princípios/características que o autor identificou no decorrer do estudo, e de forma a podermos aplicá-los na nossa vida.

Para o autor, o poder da conquista, seja ela qual for, é derivado da nossa mentalidade, sendo que sem a mentalidade certa, não há ação que chegue a um bom fim.

 

Sobre o Livro…

É um livro que evidencia não só finanças, como também aspetos espirituais, aspetos de saúde e sobre bem-estar.

- Impulsiona os leitores a praticarem os exercícios propostos e a tomarem notas das ideias que tenham no dia a dia, pois muitas vezes pensamos em algo, mas depois esquecemo-nos;

- Destaca a quantidade de tempo que as pessoas gastam a enganar-se com desculpas para não concretizarem os seus sonhos;

- A ideia é criar um desejo de alcançar algo na nossa mente, e começar a persegui-lo sem reclamar e pô-lo em prática.

Reflexão sobre os 3 primeiros capítulos

Capítulo 1: "Desejo" - Napoleon Hill aconselha a ter um objetivo de cada vez e a não parar até concretizá-lo, porque se nos concentramos em alcançar apenas um objetivo, não perdemos o foco, sendo mais tangível. O problema para a maioria das pessoas é a falta de motivação, e o autor defende que grandes desejos trazem resultados favoráveis e desejos fracos trazem resultados fracos.

Capítulo 2: “Fé e Confiança” - Napoleon Hill afirma que a emoção da fé é o que dá vida, poder e ação ao impulso do pensamento Devemos acreditar, e devemos estar convencidos de que alcançaremos o nosso principal objetivo definido.

Capítulo 3: “Autossugestão” - Napoleon Hill explica que tem de repetir em voz alta o que deseja e como planeia obtê-lo, para ficar obcecado com seu objetivo.

Qual o motivo que me levou a escolher o livro “Pense e Fique Rico”?

- Livro curto e detalhado;

- Feedback nas Redes Sociais de pessoas conhecidas na Internet “Digital Influencers”;

-Interesse pelo Tema;

- Curiosidade para saber o porquê de ser um livro demasiado falado, e publicado por várias pessoas;

- Curiosidade como o livro estava escrito e em que se baseava para chegar ao título, saber as bases, saber o que os capítulos relatavam.

Podcast do Que Rico Casal: #22 Pense e Fique Rico: Toda e qualquer forma de Sucesso começa na tua Mente! on Apple Podcasts


Sobre mim…



Chamo-me Bruna Pereira, e neste momento estou no último ano da licenciatura de Gestão de Recursos Humanos, acredito que a leitura de livros como este, seja fundamental não só para o nosso dia a dia como também para o desenvolvimento académico.

Vejo a leitura como um incentivo emocional, e sinto que todas as pessoas deviam ter esse incentivo, pois há livros que nos demonstram várias visões diferentes e evolutivas.


terça-feira, 20 de dezembro de 2022

“Só porque funciona não significa que esteja certo”- Uma Book review do Livro "Primeiro Pergunta Porquê" de S.SInek


 


Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Uc: Métodos de Intervenção e Desenvolvimento nas Organizações

1ºsemestre - 3ºano

Ano letivo: 2022/2023

Docente: Prof. Patrícia Araújo

Discente: Adriana Lourenço

  


O livro selecionado divide-se em 6 capítulos e desafia-nos a perguntar o Porquê em diversas situações organizacionais. 
Simon Sinek nasceu em Wimbledon, no Reino Unido a 9 de outubro de 1973 e estudou Direito na Universidade City University de Londres embora tenha deixado a Universidade de Direito para estudar Publicidade.

Começou a sua carreira em agências de publicidade e mais tarde criou o seu próprio negócio “Simon Partners”. Simon escreveu cinco livros “Comece pelo porquê”, “Os líderes comem por último”, “Juntos é melhor”, “Encontre o seu porquê” e o “Jogo infinito”.

 https://en.wikipedia.org/wiki/Simon_Sinek


https://www.fnac.pt/SearchResult/ResultList.aspxSCat=0&Search=primeiro+pergunte+o+porque&sft=1&sa=0.

Nas organizações há os líderes e o que lideram. Os que são líderes têm um posição de poder, mas os que lideram inspiram e têm seguidores fiéis.

O autor fala-nos das suposições que fazemos baseadas em informações incompletas ou falsas em que o nosso comportamento acaba por ser influenciado. Essas decisões que têm falsos pressupostos não são apenas as más, também as boas decisões podem ter falsos pressuposto, pois embora tenha um resultado positivo, esse pode ser a curto prazo e, para contrariar essa situação é necessário questionarmos o Porquê de modo a gerar resultados a longo prazo.

As decisões de curto e longo prazo são influenciadas pela manipulação e pela inspiração. A maioria das empresas tomam decisões em errados e falsos pressupostos e, só existe duas formas de manipular ou inspirar os comportamentos. No entanto, as manipulações levam-nos a ganhos a curtos prazo e “só porque funciona não significa que esteja certo(Sinek, 2009). O perigo das manipulações é que por norma funcionam, e por isso tornam-se estratégias normais nas organizações. Porém, existe uma alternativa: o círculo dourado: o Porquê, o Como e o Quê, sendo isto a capacidade de uns líderes influenciarem e outros não. Os líderes com capacidade de influenciar pensam de dentro para fora do círculo, mas os líderes que não têm esta capacidade focam-se no Quê e Como sem saberem o seu Porquê.

Os fatores externos representam o que as empresas fazem, mas é o Porquê a essência da organização. A maior parte das empresas foca-se no Que fazem e na forma Como o fazem sem considerar o Porquê. As empresas, como a Apple, têm um claro sentido do Porquê e é isso que lhes garante o sucesso a longo prazo e as diferencia.

As empresas normalmente falam sobre o Que fazem, mas é o Porquê de fazerem que nos leva a querer pertencer aquela empresa. Os princípios do círculo dourado estão enraizados na evolução do comportamento humano e, como tal, as empresas que comunicam claramente o Porquê conquistam os corações antes das mentes das pessoas.

O círculo dourado também tem a necessidade de equilíbrio e quando ausente o Porquê, as manipulações prosperam e, consequentemente, gera instabilidade na organização e para os seus clientes, pois não há um sentimento de confiança. A forma Como fazemos as coisas trata-se dos processos e sistemas de uma organização na cultura e compreender o Como ajuda as empresas na contratação das pessoas ideais que prosperaram na organização. Assim, um Porquê não é o alcance de resultados, mas uma crença que justifica a existência da organização e o Como são as ações que levam a concretizar essa crença. O Que é o resultado dessas ações (tudo o que diz e faz) e é no nível Que, que a autenticidade acontece.

Assim, o círculo dourado não é apenas uma ferramenta de comunicação, mas também de estrutura organizacional, um vez que o mesmo é tridimensional transformado num cone e do topo para a base. O topo representa o Porquê e é onde se encontra o líder; no nível intermédio temos o Como que normalmente estão os executivos e, abaixo temos o Quê que é onde está a realidade prática, isto é, onde estão a maior parte dos funcionários. Como o círculo dourado, o cérebro divide-se em três partes: o neocórtex que corresponde ao Que, que é responsável pela parte racional e analítica, o Como e Porque pelo límbico que é responsável pela confiança e lealdade.

O objetivo é vendermos para as pessoas acreditarem em nós e serem-nos fiéis, ou seja, clientes a longo prazo e não que com as constantes inovações do mercado deixem de ser nossos clientes.

Por isso, conquistar a confiança das pessoas demonstrando que partilham os mesmos valores e crenças é o que leva ao Porquê provando-o com o Que faz. As culturas são grupos de pessoas que se juntam em torno de um conjunto de valores e crenças criando uma base de confiança e as empresas de excelência contratam pessoas motivadas para as inspirar. Isto é, as pessoas que trabalham com um claro sentido do Porquê são menos propensas a desistir após uma dificuldade ou fracasso porque acreditam na causa maior, no Porquê. As ditas organizações de excelência assim o são porque as pessoas sentem-se ligadas à cultura da organização e protegidas e, é este forte sentido de cultura que cria um sentimento de pertença que funciona como rede.


A teoria da difusão das inovações representa a população que está dividida em cinco segmentos: os inovadores (2.5%), que são primeiros a aderir e procuram criar produtos ou ideias, a maioria inicial (13.5%), que apreciam as vantagens obtidas por novas ideias e dão valor à inovação, a maioria tardia (34%) e os retardaríeis (16%). Quanto mais à direita da curva menos leais são à organização.

O Porquê é a crença que impulsiona a decisão, o Que faz fornecer nos uma maneira de racionalizar a atratividade do produto. Um exemplo desta teoria, foi quando Martin Luther King preparou uma manifestação com base no que ele acreditava com hora e data exata e, apesar de não haver tecnologias que relembrassem apareceram 250 mil pessoas, porque acreditavam no que ele acreditava, ou seja, ninguém apareceu por causa de Martin Luther King, mas sim pela crença, pela clareza do seu Porquê.

Em suma, o Autor enfatiza a ausência do Porquê nas organizações e das decisões a curto prazo sendo ambas consequentes das empresas não terem sucesso duradouro. O Porquê origina a crença que é o que distingue e torna única a organização e, para isso também é preciso que as organizações tenham líderes que inspirem as pessoas.

A minha experiência …

Este livro ajuda-nos a perceber a importância de um líder saber influenciar os outros e às organizações não se focarem apenas em resultados, mas também na sua razão de existir, ou seja, no seu Porquê.

Penso que é um livro com uma escrita acessível e que todos os líderes desde micro a grandes empresas deveriam ler e pôr em prática o modelo do círculo dourado, pois desta forma passariam a ter que se focar em resultados a longo prazo e, consequentemente, teriam sucessos mais duradouros o que os distinguiria da concorrência, não só influenciando e incentivado os colaboradores a trabalhem para aquela empresa, bem como tornando fieis os clientes.

De forma a ser mais perceptível deixo o link de uma ted talk de Simon Sinek como forma de resumir tudo o que aqui foi escrito https://www.youtube.com/watch?v=u4ZoJKF_VuA.

Sobre mim


O meu nome é Adriana Lourenço e sou finalista da Licenciatura de Recursos Humanos. Após várias cadeiras universitárias as estratégias organizacionais sempre me interessaram, pois acho que é uma parte fulcral para o sucesso organizacional e profissional, uma vez, que puxa pelo nosso lado criativo e as organizações precisam de apostar em estratégias inovadoras como seguir o modelo do Círculo Dourado.

 

Caro/a leitor/a, para citar esta Book Review use esta referência: Lourenço. A (2022). Primeiro Pergunte Porquê. Book Review Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de “Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional”. ISMAT- Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. Disponível em: https://www.blogger.com/blog/posts/3268341675809187225

 

Referências

Sinek, S. (2009). Primeiro Pergunte Porquê. Alfragide : Lua de Papel.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

A eterna pergunta: Como lidar com as Pessoas?- Uma Book Review Por Ana Rita Pinto

 


António Estanqueiro, natural de Ponte de Vagos, concelho de Vagos, é licenciado em Filosofia e detentor do curso de Teologia. É professor de Psicologia, Filosofia, formador de professores, pais e líderes com mais de 35 anos de experiência.

Enquanto autor, conta neste momento com cinco livros lançados entre eles o livro escolhido “Saber Lidar com as Pessoas”, para além dos livros: “99 Histórias de Sabedoria”, “Dicionário Breve de Filosofia”, “Comunicar com os Filhos” e “Boas Práticas na Educação” no total com mais de 150 mil exemplares vendidos.

https://www.presenca.pt/blogs/autores/antonio-estanqueiro

 




O livro escolhido trata-se de um guia prático sobre princípios da comunicação interpessoal que pode ser lido por qualquer pessoa que tenha interesse em criar e manter relações saudáveis ao seu redor, seja na sua vida familiar, social e/ou profissional. 

Diversos estudos confirmam a importância da qualidade das relações interpessoais para o sucesso seja ele pessoal ou profissional e para a felicidade. 

 https://www.presenca.pt/products/saber-lidar-com-as-pessoas

 


A estrutura do livro divide-se em três partes que se complementam entre si:

(a)   A Relação Consigo Mesmo – onde são abordados temas como o autoconhecimento, a autoestima, a autoconfiança, a autonomia e a responsabilidade enquanto características do desenvolvimento pessoal;

(b)  A Relação com os Outros – onde são abordados temas como o diálogo, a escuta ativa, a sabedoria das perguntas e a arte de falar;

(c)   Liderança e Relações Humanas – onde integra algumas propostas de ação sobre liderança.

 

O autor começa por iniciar os capítulos do livro com frases inspiradoras, seguindo essa mesma linha ao longo do texto evocando muitas vezes personalidades inspiradoras e filosofias de vida. Dá exemplos práticos ao longo dos capítulos facilitando o relacionamento dos conceitos e das teorias com a realidade e dicas que podem ser aplicadas no dia a dia. 

 

Na primeira parte do livro, “A Relação Consigo Mesmo” o autor começa por evocar Sócrates citando o seu lema: “Conhece-te a ti mesmo”.

Tendo por base o autoconhecimento como parte fundamental para o desenvolvimento de outras competências, é necessário que cada indivíduo efetue ao longo da sua vida momentos de auto-observação e introspeção. Desta forma, conseguirá saber mais sobre si próprio, a sua forma de pensar, as suas ações e antever e/ou evitar potenciais comportamentos/atitudes.

As opiniões das pessoas ao redor devem ser ouvidas com “abertura de espírito” pois existem características, capacidades e limitações que são mais claras aos olhos dos outros do que interiormente por nós próprios. Sendo que, nunca conheceremos a nossa personalidade a 100%.

 

A autoestima, enquanto escudo ajuda a relativizar a importância das críticas e atua como veículo para o desenvolvimento saudável de boas relações com os outros. Através de: 

(a) autoaceitação (aceitando as nossas fraquezas e desenvolvendo as forças); 

(b) autovalorização (podendo adotar estratégias como uma lista das nossas qualidades pessoais das quais nos orgulhamos);

(c) relativização das críticas (quando injustas – reagir com equilíbrio emocional; quando justas e construtivas – aproveitar enquanto oportunidade de crescimento).

 

A autoconfiança, tem um papel muito importante na conquista do sucesso. Ao acreditarmos em nós próprios, pensando positivo, desenvolvendo atitudes positivas e adotando uma postura de segurança autoconfiante, estamos a programar a nossa mente a acreditar que é possível! O que na prática nos vai levar a agir de acordo com essa crença. 

 

A autonomia e a responsabilidade são competências essenciais no rumo das nossas ações. Somos responsáveis pelo nosso futuro e pelo atingimento dos nossos objetivos, priorizando do mais importante para o menos importante e do mais urgente para o menos urgente. 

É importante estarmos preparados para errar. Persistir, avaliar o que correu mal, assumir os erros, aprender com os mesmos e nunca desistir é essencial para o nosso crescimento pessoal e profissional. 

 

Compreendida e efetuada a reflexão sobre nós próprios, a nossa personalidade, os nossos princípios e valores, os nossos comportamentos e atitudes, e as nossas motivações e necessidades, é tempo de avançar para a segunda parte do livro “A Relação com os Outros”.

 

Cada ser humano é único e diferente dos demais, porém todos temos necessidades em comum como explica a Pirâmide das Necessidades de Maslow. Necessidades essas que podem ser sentidas em diferentes momentos da vida e de modos diferentes. Tal como as reações, comportamentos e atitudes às situações são naturalmente diferentes de pessoa para pessoa. 

Nesse sentido, é importante que antes de qualquer julgamento tentemos compreender as motivações e a forma de pensar do outro tal como estudado por Daniel Goleman aquando dos seus estudos sobre Inteligência Emocional e reforçado pelo autor deste livro no decorrer do mesmo: “A compreensão gera confiança e aproxima as pessoas” (Estanqueiro, 2019, p. 57)

A compreensão enquanto base para o desenvolvimento de relações saudáveis vai permitir uma melhor gestão de situações difíceis como é o caso dos conflitos (naturais e inevitáveis, mas geradores de pontos de vista diferentes) através do autocontrolo, adotando uma postura calma e assertiva e estratégias de comunicação tendo por base o respeito mútuo, o diálogo, a escuta ativa e a negociação. 

 

Ouvir antes de falar, demonstrar respeito pelo outro, saber fazer perguntas e adotar uma linguagem clara, acessível e adequada ao destinatário e ao contexto abre caminho à negociação e ao diálogo com vista ao encontro de uma solução eficaz e de compromisso que permita conciliar os interesses de ambas as partes através naturalmente de cedências de ambos. 

 

Considerando que a linguagem pode originar equívocos, é importante que tenhamos consciência das nossas palavras e do poder das mesmas sobre o outro, sendo cautelosos, claros, honestos, convictos, porém humildes e oportunos. 

Contudo, a linguagem não verbal é também importante no reforço da mensagem que queremos transmitir devendo ser equilibrada e coerente. Como um sorriso verdadeiro, o contacto visual, o tom de voz calmo e firme, acompanhados de gestos descontraídos revelando confiança e credibilidade. 

 

O autoconhecimento, a empatia e o autocontrolo são características essenciais num líder, (não esquecendo o conhecimento técnico). Como tal, compreendida e conhecida a importância das mesmas é tempo de avançar para a terceira e última parte do livro “Liderança e Relações Humanas”.

 

Um líder é aquele que detém a capacidade de influenciar os outros formal ou informalmente a fazer algo que não fariam se não fossem estimulados, com vista ao atingimento de um determinado objetivo. 

A complexidade e a diversidade das situações podem influenciar o estilo de liderança a adotar, assim como as pessoas lideradas (dependendo das suas competências individuais e das tarefas que têm de realizar) e do número de elementos da equipa.  

Contudo, a flexibilidade e o bom senso devem estar sempre presentes na adoção do estilo de liderança escolhido e de cada postura adotada.

Por fim, é importante que o líder motive os seus liderados procurando conhecer cada um deles e adotando estratégias motivadoras como a valorização através de elogios sinceros quando existe um bom desempenho com resultados positivos ou quando os resultados não foram os esperados, mas houve um bom esforço da parte do liderado/ equipa. 

Um sorriso, um olhar ou um gesto por vezes são o suficiente para sentirmos a aprovação e o apoio do nosso líder. 

 

Assim como, as repreensões construtivas, proporcionais ao acontecimento e à responsabilidade da pessoa e aplicadas no momento certo, são igualmente importantes para promover o progresso e o melhoramento e evitar a repetição dos mesmos erros.

É fundamental que seja indicado o erro concreto e a forma correta de agir! 

 

No final, o autor reserva os últimos capítulos para algumas sugestões de leitura, exercícios de autoconhecimento e provérbios portugueses que abordam o tema. 

 

 

“Não podemos mudar os outros. Mas podemos mudar-nos a nós próprios” 

(Estanqueiro, 2019, p. 121)

 

 

 

A minha experiência...

 

Apesar de estar no meu último ano de licenciatura em que abordamos temas sobre gestão de pessoas e os seus comportamentos de uma forma aprofundada, penso que nunca é demais lermos e relembrarmos pequenas atitudes e pensamentos práticos que podem fazer toda a diferença. Sendo a comunicação interpessoal uma capacidade essencial dentro das organizações seja enquanto colegas, chefias, lideres e liderados é importante que as empresas apostem em formações sobre o tema enquanto método de intervenção e desenvolvimentos dos trabalhadores.

Enquanto reviewer, é um livro de fácil leitura, com escrita clara e percetível a qualquer leitor com interesse pelo tema ou simplesmente com vontade atingir uma melhor versão de si próprio e melhorar o seu relacionamento com os outros a longo prazo. 

Em suma, acredito que o princípio geral para saber lidar com cada pessoa enquanto sujeito singular é conhecer-nos a nós próprios, estarmos cientes dos nossos pontos fortes e das nossas fraquezas e acreditarmos na mudança e na melhoria contínua de nós próprios. 

Sermos empáticos e desenvolver capacidades de inteligência emocional é fundamental para enfrentarmos as situações da melhor forma e sabermos lidar com os outros. 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sobre mim:

 


O meu nome é Ana Rita Pinto, tenho 26 anos e sou finalista da licenciatura em Gestão de Recursos Humanos. A área da gestão de pessoas e em particular a capacidade de compreender e de influenciar de forma positiva as pessoas sempre foi um tema que me interessou. Nesse sentido, penso que nunca é demais estudarmos e aprofundarmos estes temas.   

ritapinto422@gmail.com

https://www.linkedin.com/in/rita-pinto-64a075145/

 

 


 

 

 

Caro leitor/a, para citar esta Book Review use esta referência no final:

Pinto, A. (2022). A eterna pergunta: Como lidar com as pessoas?. Book Review Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ‘Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional’. ISMAT-Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. Disponível em: https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com

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