Licenciatura em Gestão de Recursos
Humanos
Uc: Métodos de Intervenção e
Desenvolvimento nas Organizações
1ºsemestre - 3ºano
Ano letivo: 2022/2023
Docente: Prof. Patrícia Araújo
Discente: Adriana Lourenço
Começou a sua carreira em agências
de publicidade e mais tarde criou o seu próprio negócio “Simon Partners”. Simon
escreveu cinco livros “Comece pelo porquê”, “Os líderes comem por último”,
“Juntos é melhor”, “Encontre o seu porquê” e o “Jogo infinito”.
https://en.wikipedia.org/wiki/Simon_Sinek
Nas organizações há os líderes e o
que lideram. Os que são líderes têm um posição de poder, mas os que lideram
inspiram e têm seguidores fiéis.
O autor fala-nos das suposições que
fazemos baseadas em informações incompletas ou falsas em que o nosso
comportamento acaba por ser influenciado. Essas decisões que têm falsos
pressupostos não são apenas as más, também as boas decisões podem ter falsos
pressuposto, pois embora tenha um resultado positivo, esse pode ser a curto
prazo e, para contrariar essa situação é necessário questionarmos o Porquê de
modo a gerar resultados a longo prazo.
As decisões de curto e longo prazo
são influenciadas pela manipulação e pela inspiração. A maioria das empresas
tomam decisões em errados e falsos pressupostos e, só existe duas formas de
manipular ou inspirar os comportamentos. No entanto, as manipulações levam-nos
a ganhos a curtos prazo e “só porque funciona não significa que esteja certo”
Os fatores externos representam o
que as empresas fazem, mas é o Porquê a essência da organização. A maior parte
das empresas foca-se no Que fazem e na forma Como o fazem sem considerar o
Porquê. As empresas, como a Apple, têm um claro sentido do Porquê e é isso que
lhes garante o sucesso a longo prazo e as diferencia.
As empresas normalmente falam sobre
o Que fazem, mas é o Porquê de fazerem que nos leva a querer pertencer aquela
empresa. Os princípios do círculo dourado estão enraizados na evolução do
comportamento humano e, como tal, as empresas que comunicam claramente o Porquê
conquistam os corações antes das mentes das pessoas.
O círculo dourado também tem a
necessidade de equilíbrio e quando ausente o Porquê, as manipulações prosperam
e, consequentemente, gera instabilidade na organização e para os seus clientes,
pois não há um sentimento de confiança. A forma Como fazemos as coisas trata-se
dos processos e sistemas de uma organização na cultura e compreender o Como
ajuda as empresas na contratação das pessoas ideais que prosperaram na
organização. Assim, um Porquê não é o alcance de resultados, mas uma crença que
justifica a existência da organização e o Como são as ações que levam a
concretizar essa crença. O Que é o resultado dessas ações (tudo o que diz e
faz) e é no nível Que, que a autenticidade acontece.
Assim, o círculo dourado não é
apenas uma ferramenta de comunicação, mas também de estrutura organizacional, um
vez que o mesmo é tridimensional transformado num cone e do topo para a base. O
topo representa o Porquê e é onde se encontra o líder; no nível intermédio
temos o Como que normalmente estão os executivos e, abaixo temos o Quê
que é onde está a realidade prática, isto é, onde estão a maior parte dos funcionários.
Como o círculo dourado, o cérebro divide-se em três partes: o neocórtex que
corresponde ao Que, que é responsável pela parte racional e analítica, o Como e
Porque pelo límbico que é responsável pela confiança e lealdade.
O objetivo é vendermos para as
pessoas acreditarem em nós e serem-nos fiéis, ou seja, clientes a longo prazo e
não que com as constantes inovações do mercado deixem de ser nossos clientes.
Por isso, conquistar a confiança
das pessoas demonstrando que partilham os mesmos valores e crenças é o que leva
ao Porquê provando-o com o Que faz. As culturas são grupos de pessoas que se
juntam em torno de um conjunto de valores e crenças criando uma base de
confiança e as empresas de excelência contratam pessoas motivadas para as
inspirar. Isto é, as pessoas que trabalham com um claro sentido do Porquê são
menos propensas a desistir após uma dificuldade ou fracasso porque acreditam na
causa maior, no Porquê. As ditas organizações de excelência assim o são porque
as pessoas sentem-se ligadas à cultura da organização e protegidas e, é este
forte sentido de cultura que cria um sentimento de pertença que funciona como
rede.
A teoria da difusão das inovações
representa a população que está dividida em cinco segmentos: os inovadores
(2.5%), que são primeiros a aderir e procuram criar produtos ou ideias, a
maioria inicial (13.5%), que apreciam as vantagens obtidas por novas ideias e
dão valor à inovação, a maioria tardia (34%) e os retardaríeis (16%). Quanto mais
à direita da curva menos leais são à organização.
O Porquê é a crença que impulsiona
a decisão, o Que faz fornecer nos uma maneira de racionalizar a atratividade do
produto. Um exemplo desta teoria, foi quando Martin Luther King preparou uma
manifestação com base no que ele acreditava com hora e data exata e, apesar de
não haver tecnologias que relembrassem apareceram 250 mil pessoas, porque
acreditavam no que ele acreditava, ou seja, ninguém apareceu por causa de
Martin Luther King, mas sim pela crença, pela clareza do seu Porquê.
Em suma, o Autor enfatiza a
ausência do Porquê nas organizações e das decisões a curto prazo sendo ambas
consequentes das empresas não terem sucesso duradouro. O Porquê origina a
crença que é o que distingue e torna única a organização e, para isso também é
preciso que as organizações tenham líderes que inspirem as pessoas.
A
minha experiência …
Este livro ajuda-nos a perceber a
importância de um líder saber influenciar os outros e às organizações não se
focarem apenas em resultados, mas também na sua razão de existir, ou seja, no seu
Porquê.
Penso que é um livro com uma
escrita acessível e que todos os líderes desde micro a grandes empresas deveriam
ler e pôr em prática o modelo do círculo dourado, pois desta forma passariam a
ter que se focar em resultados a longo prazo e, consequentemente, teriam
sucessos mais duradouros o que os distinguiria da concorrência, não só
influenciando e incentivado os colaboradores a trabalhem para aquela empresa,
bem como tornando fieis os clientes.
De forma a ser mais perceptível deixo o link de uma ted talk de Simon Sinek como forma de resumir tudo o que
aqui foi escrito https://www.youtube.com/watch?v=u4ZoJKF_VuA.
Sobre
mim
O meu nome é Adriana Lourenço e sou
finalista da Licenciatura de Recursos Humanos. Após várias cadeiras universitárias
as estratégias organizacionais sempre me interessaram, pois acho que é uma
parte fulcral para o sucesso organizacional e profissional, uma vez, que puxa
pelo nosso lado criativo e as organizações precisam de apostar em estratégias
inovadoras como seguir o modelo do Círculo Dourado.
Caro/a leitor/a, para citar esta
Book Review use esta referência: Lourenço. A (2022). Primeiro Pergunte Porquê.
Book Review Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular
de “Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional”. ISMAT- Instituto Superior
Manuel Teixeira Gomes. Disponível em: https://www.blogger.com/blog/posts/3268341675809187225
Referências
Sinek, S.
(2009). Primeiro Pergunte Porquê. Alfragide : Lua de Papel.
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