terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Quem Mexeu no Meu Queijo? – O Labirinto da Vida em Constante Mudança – Book Review por Daniela Matos

Introdução


Há muitos anos, quando Spencer Johnson estava a passar dificuldades na sua vida, criou a história “Quem Mexeu no Meu Queijo?” para o ajudar a lidar seriamente com a mudança na sua vida, mas sem perder o sentido de humor. Vinte anos depois de ter sido criada a história foi, finalmente, publicada e pouco tempo depois já tinha sido lida por milhões de pessoas em todo o mundo.

Spencer Johnson ficou conhecido como o autor do best-seller do seu livro motivacional: “Quem Mexeu no Meu Queijo?”. Mas, mais do que um best-seller, “Quem Mexeu No Meu Queijo?” tornou-se uma obra de referência quase indispensável no campo da gestão, e um clássico incontestável na autoajuda. Talvez o segredo do seu sucesso seja a forma como o conduz, numa linguagem simples e através de uma alegre parábola.

Através dos seus livros e das suas palestras, Spencer Johnson, ajudou milhares de pessoas a descobrir como viver melhor e atingir o sucesso e a realização, no trabalho e em casa. É especialista em abordar assuntos complexos, de uma forma simples, apresentando soluções eficazes. O mesmo é formado em Psicologia pela University of South California e em Medicina pela Royal College of Surgeons. Foi diretor na Medtronic e trabalhou como investigador e consultor clínico em diversas instituições. Os seus livros foram traduzidos em milhares de idiomas e foram vendidos mais de 40 milhões de exemplares.



Resumo do livro

Esta original fábula de negócios conta a história de dois ratinhos e de dois pequenos seres humanos que vivem num labirinto e procuram queijo, aquilo que os alimenta e faz felizes. Mas, como encontraram um recanto do labirinto cheio de queijo, o suficiente para durar o resto das suas vidas, viviam sem muitas preocupações. Como a história é uma fábula está cheia de metáforas. O queijo é uma metáfora para o que quisermos, seja no trabalho ou na vida - um relacionamento, dinheiro, uma casa grande, liberdade, saúde, reconhecimento ou até mesmo uma atividade, como correr ou jogar basquete - enquanto o labirinto representa onde nós gastamos o tempo a procurar o que queremos. As quatro personagens passam os dias todos a comer queijo de uma fonte que parece que jamais acaba, mas um dia todo esse queijo desaparece. Os dois ratinhos, Fungadela e Correria, possuindo apenas dois simples cérebros, mas instintos aguçados, saíram rapidamente daquele recanto do labirinto em busca de uma outra fonte de queijo. Do outro lado, os dois pequenos humanos, Pigarro e Gaguinho, que usavam os seus cérebros complexos e cheios de crenças e emoções sentiram-se traídos e começaram a reclamar questionando quem tinha mexido no queijo deles. Os dois pequenos humanos perdiam tempo e energia esperando que, de algum modo, o queijo voltaria ao mesmo local para que eles pudessem aproveitar sem ter trabalho de buscar uma outra fonte de queijo, ao contrário dos dois ratinhos. Depois de alguns dias, Gaguinho, percebeu que isso não iria acontecer, então decidiu finalmente sair daquele recanto do labirinto em busca de outro queijo dentro do enorme labirinto. Enquanto procurava escrevia nas paredes as suas lições, esperando que Pigarro seguisse os seus passos e o achasse. Depois de muito procurar, Gaguinho, finalmente achou outra fonte de queijo e viu que os dois ratinhos já estavam lá há bastante tempo. Gaguinho não entendia por que razão sempre pensara que a mudança o ia colocar numa situação desconfortável. Agora era claro para ele que a mudança podia melhorar as coisas. Deixar-se dominar pelo medo a ponto de este o impedir de agir não era um bom sinal. Pigarro não saiu em busca de outra fonte de queijo, porque estava acomodado com aquilo, aquele local era a sua zona de conforto e para ele o labirinto era algo muito complicado e confuso. Cada pessoa reage de maneira diferente. As mudanças acontecem na nossa vida com muita frequência e é normal sentir medo disso, mas a pergunta que deveríamos fazer para nós mesmos é “o que eu faria se não tivesse medo?” Gaguinho entrou no labirinto. E vocês? Qual é o vosso queijo e o vosso labirinto?


Interligação à unidade curricular de Mudança e Desenvolvimento Organizacional

A mudança acontece, quer se queira quer não. Ou dominamos o processo de mudança e nos adaptamos ou ficamos para trás. Há sempre uma recompensa para um esforço dirigido e é importante estar atento aos sinais e não entrar em negação.

O processo de luto encaixa perfeitamente nesta fábula e as quatro personagens reagem de maneira diferente e processam a mudança de maneira igualmente diferente. O processo necessário e fundamental para preencher o vazio deixado por qualquer perda significativa, ou seja, não apenas de alguém, mas também de algo muito importante, como um objeto, uma viagem, um emprego, uma ideia ou até mesmo uma fonte de queijo.

As cinco fases fundamentais - https://www.psicologiafree.com/curiosidades/luto-5-fases-fundamentais/

Conclusão

As quatro personagens da história representam partes de todos nós: a necessidade de encontrar o nosso caminho no labirinto e atingir o sucesso em tempos de mudança. A grande lição deste livro é que a única constante da vida é a mudança, portanto não nos podemos acomodar na vida e é necessário que nos saibamos adaptar às diferentes e constantes mudanças que surgem na nossa vida. Gaguinho resolveu sair em busca de outra fonte de queijo, mesmo não sabendo se existiria uma outra fonte. Já Pigarro, decidiu não fazer nada, porque a mudança o assustava e não queria sair da sua zona de conforto. Cada integrante do labirinto representa a forma como tomamos as nossas decisões. Muitas vezes atuamos como os dois ratinhos ou os dois pequenos humanos, em circunstâncias diferentes da vida. Cabe a nós escolher a personagem que queremos ser na nossa vida.

Experiência pessoal de leitura

Este livro, na minha opinião, é de fácil leitura e muito simples. É incrível como o mesmo nos pode ajudar tanto, mesmo sendo uma fábula. O livro é diferente por ter uma linguagem muito acessível, qualquer leitor compreende a mensagem e facilmente se revê nas personagens, em situações diferentes da vida, quer a nível pessoal, quer a nível profissional. A ideia de demostrar que devemos sair do nosso comodismo fez-me refletir e aí é que está parte do seu valor. Todos os dias, antes de nos deitarmos, devíamos parar cinco minutos e refletir. De que serve parar de lutar? De que serve nos acomodarmos só porque algo não correu como planeávamos? Não devemos ter medo das mudanças, mas devemos adaptar-nos a elas. 

Sobre o leitor

O meu nome é Daniela Matos, tenho 21 anos e sou natural de Albufeira. Neste momento estou a concluir o 3º ano da licenciatura no curso de Gestão de Recursos Humanos, no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes e sou gerente de uma empresa de comércio de produtos alimentares, a Gelsilves. Sou uma jovem ambiciosa, organizada, empenhada e tenho espírito de equipa e de liderança. Estou pronta para o que o futuro me reserva, mas até lá desfruto do caminho que tenho pela frente e do queijo 😊




Site oficial do livro - http://spencerjohnson.com/

Filme de animação sobre o livro -  https://www.youtube.com/watch?v=0w9EKsnJtzs

Site oficial do ISMAT - https://www.ismat.pt/pt/






Autora

Nome: Daniela Matos

E-mail: danielamatos.1999@hotmail.com






Caro/a Leitor, para Citar esta Book Review, use esta referência final:

Matos, D. (2021). O Labirinto da Vida em Constante Mudança – Uma Book Review ao Livro Quem Mexeu no Meu Queijo? Book Review Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ‘Mudança e Desenvolvimento Organizacional’. ISMAT-Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. Disponível em: https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com/2021/01/quemmexeu-no-meu-queijo-o-labirinto-da.html


1 comentário:

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