terça-feira, 10 de maio de 2022

Book review do livro Quem Mexeu no meu Queijo - de Nicolas Brandini

 Quem Mexeu no meu Queijo


Informações sobre o autor:

Spencer Johnson é um autor muito conhecido sobre livros motivacionais como "Quem Mexeu no Meu Queijo?. Ele começou sua carreira como autor de livros infantis e, em 1980, com Ken Blanchard, escreveu seu primeiro livro best-seller, "The Minute Manager", que já vendeu mais de 15 milhões de cópias em todo o mundo. "Quem Mexeu no Meu Queijo?" foi lançado em 2001 e já vendeu mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo, de acordo com a lista de best-sellers do New York Times.


História;

Nesta história, haviam dois ratos, o Sniff e o Scurry e dois duendes, o Hem e o Haw, e eles estavam vivendo em um labirinto, numa busca eterna por queijo. Por mais diferentes que eles fossem, ambos compartilhavam uma coisa em comum. Todas as manhãs, ambos calçavam um ténis de corrida e corriam para o labirinto em busca do seu queijo favorito. 

Para Sniff e Scurry o queijo era apenas queijo mas para Hem e Haw o queijo era mais que ter uma coisa para comer. Descobri-lo era uma maneira de conseguir o que eles achavam que precisavam. Para eles o queijo representava a segurança, a boa saúde, bens materiais ou alguma coisa que eles acreditassem.

Para o Haw o queijo significava viver em uma bela casa no campo com uma família amorosa em ShaderLand.

Para Hem  o queijo significava ser dono de uma mansão no topo da colina Camembert.

Sniff e Scurry tinham bons instintos, o Sniff cheirava na direção do queijo e Scurry iria correr na frente mas  Hem e Hall tinham cérebros complexos com crenças e emoções, o que tornavam mais complicado e desafiador encontrar o seu caminho no labirinto. Em vez de confiar em seus instintos eles confiaram em guias e mapas  para ajudá-los a encontrar o caminho no labirinto. Nas suas maneiras todos os quarto personagens conseguiram descobrir o caminho o queijo que procuravam.

Eventualmente cada um chegou à estação de queijo C e descobriu o seu próprio queijo especial.

Sniff e Scurry acordavam cedo todos os dias e percorriam o mesmo caminho através do labirinto para a Estação de queijo C mas no entanto Hem e Haw acordavam mais tarde todos os dias e caminhavam lentamente até à estação de queijo C, porque no final das contas sabiam onde estava o queijo e como chegar lá e presumiram que sempre estaria lá. 

Haw colocou de lado a sua roupa de corrida achando que já não precisariam mais delas, e os dois sentiam-se muito seguros em seu ambiente familiar e até decorou a parede com esta frase "Comer queijo te deixa feliz". Ambos os duendes ficaram muito confortáveis na estação de queijo C e não prestavam atenção ao que estava acontecendo ao seu redor. Enquanto isso Sniff e Scurry inspecionavam a área todas as manhãs e estavam cientes das mudanças que estavam acontecendo, mantinham os seus ténis de corrida pendurados em seus pescoços para que pudessem pegá-los rapidamente sempre que precisassem deles novamente.

Em uma manhã Sniff e Scurry chegaram a estação de queijo C e descobriram que não havia queijo mas contudo eles não foram apanhados de surpresa desde que notaram que o suprimento de queijo estava a envelhecer e a diminuir. Por isso os ratos não perderam tempo em analisar ou complicar demais as coisas e foram em busca de um novo queijo pelo labirinto. Mais tarde naquele dia Hem e Haw chegaram a estação de queijo C e se assustaram com aquela situação de ver uma estação vazia sem queijo.

O comportamento de Hem e Haw não era muito atraente e os impedia de ter sucesso. Enquanto Siff e Scurry mudaram de sitio, Hem e  Haw continuaram naquela estação à espera de um "milagre".

Haw perguntou a Hem onde estavam os ratos e se por acaso os ratos sabiam de algo que eles não sabiam. Hem afirmou que "Não, pois eles são apenas ratos pequenos e os nós somos pessoas complexas e mais inteligentes e que tínhamos direito ao queijo". Mas Haw presumiu que não estavam a fazer a coisa mais acertada e que deveriam ir em busca de um novo queijo, mas Hem não queria procurar um novo queijo, pois ele queria que as coisas voltassem a ser como eram. 

Enquanto isso Sniff e Scurry procuraram no labirinto e foram para partes onde nunca tinham estado antes e não descansaram enquanto não encontrassem um novo queijo e o resultado disso foi que os ratos finalmente encontraram a maior loja de queijo que já mais tinham visto. Por outro lado Hem e Haw ainda estavam a tentar descobrir o que estava acontecendo ao queijo e Haw começou a se imaginar no labirinto encontrando queijo fresco. Deu a ideia a Hem de irem em busca do queijo mas Hem não gostava de mudanças e então não quis se arriscar então o Haw foi na conversa de Hem e desistiu da ideia.

 Ficaram naquele sítio durante um bom tempo mas viram que as coisas não estavam a melhorar e só a piorar. Por isso Haw tomou a iniciativa e foi em busca do queijo, por outro lado o Hem esperou que o "milagre" acontecesse e que o queijo voltasse para a estação C. Mas antes de Haw partir escreveu o que tinha pensado já a algum tempo " O que você faria se não estivesse com medo? ".

No caminho do labirinto Haw caiu em diversos obstáculos mas nunca desistiu e persistiu na busca do seu novo queijo e tempo depois ele viu que o labirinto não era assim tão mau quanto ele imaginava que fosse.

E percebeu que deveria ter prestado mais atenção ao que o rodeava e quando o queijo desapareceu que devia ter seguido mais os seus instintos e ter se mudado mais rápido.

Ao longo de seu caminho, Haw foi deixando algumas mensagens na parede do labirinto, tais como   "Sinta o cheiro do queijo com frequência para saber quando está envelhecendo", " Quando você para de ter medo, você se sente bem", " imaginar-se a desfrutar de novo queijo leva-o a ele", "Quando você muda o que acredita você muda o que faz"

Quanto mais o Haw se imaginava com um novo queijo e o saboreando mais real ele se tornava e finalmente chegou na grande estação de queijo E mas descobriu que estava quase vazia e isso o desmotivou e disse para si mesmo que se tivesse mudado antes teria encontrado mais queijo. Encontrou alguns pedaços de queijo e os comeu mas não foi muito mas foi o suficiente para ele voltar a sua jornada de encontrar um novo queijo. Mas antes disso quis voltar para a estação de queijo C para informar a Hem o pouco de queijo que estava na estação E. Quando lá chegou Haw mostrou e quis dar um pouco do queijo que havia encontrado a Hem, mas Hem não queria queijo novo e sim o velho e disse mais uma vez que queria que as coisas voltassem a ser como eram antes. 

Haw tentou convencer Hem a ir com ele para o labirinto mas Hem não queria e finalmente Haw percebeu que o pensamento negativo de Hem roubou a sua confiança e lembrou-se da sensação que tinha quando estava no labirinto que era uma sensação de confiança e por isso Haw deixou Hem e voltou para o labirinto.

Haw tinha esperanças que Hem conseguisse mudar e que conseguisse perceber a necessidade de mudança e que encontrasse o caminho através do labirinto, lendo a caligrafia nas paredes e seguindo as marcas que Haw deixou para ele. 

Neste momento Haw havia deixado o passado e estava se adaptando ao presente. Após um longo caminho no labirinto Haw finalmente encontrou uma estação onde tinha imenso queijo que era a grande estação de queijo N.

Enquanto Haw saboreava o novo queijo ele refletia o que havia aprendido em sua jornada pelo labirinto. Eles escreveu na parede " A mudança acontece e eles continuam movendo o queijo", "Antecipe a mudança e prepare-se para que o queijo se mova", "Monitore o cheiro do queijo com frequência para que você saiba quando ele está ficando velho", "Adapte-se para mudar rapidamente, quanto mais rápido você largar o queijo velho mais cedo você poderá desfrutar do queijo novo", "Aproveite a mudança, saboreie a aventura e desfrute do sabor dos novos queijos", "Esteja pronto para mudar rapidamente  e se divertir novamente... Eles continuam mexendo no queijo", "Mude e ganhe!, mova-se com o queijo"

Haw sabia que seria fácil para Hem voltar aos velhos tempos se ficasse muito confortável e com isso a cada dia ele inspecionava a estação de queijo N para verificar as condições de seu queijo e foi explorando o labirinto pois sabia que era melhor estar ciente do que estava acontecendo ao seu redor em vez de se isolar em sua zona de conforto.


Considerações finais quanto ao livro:

Este livro nos faz refletir como lidamos com as mudanças durante a nossa vida.  Nem tudo o que é desconhecido é mau por isso devemos arriscar. O queijo é uma metáfora sobre todos os objetivos que queremos alcançar e o labirinto é uma metáfora sobre a vida, por isso é o caminho onde as pessoas passam o tempo a procurar os seus próprios objetivos.

Começando com o desaparecimento do queijo, cada personagem reagirá de maneiras diferentes com base em sua personalidade. A mudança é inevitável, por isso devemos reagir e nos adaptar rapidamente.

Foi isso que este livro me ensinou.


Autor do Book Review:

Nicolas Brandini 

Aluno do Curso de Gestão de Empresas do ISMAT



 





 














quarta-feira, 27 de abril de 2022

“Pai Rico, Pai Pobre” de Robert Kiyosaki - Book Review por Denis Carpov

 


Pai Rico Pai Pobre



Introduçâo sobre o Autores:

Robert Kiyosaki nasceu no Havai em Hilo, filho de Ralph H. Kiyosaki, foi para a guerra do Vietnã em 1974 para estudar liderança de tropas, trabalhou na Standard Oil Company e na Xerox,

O livro foi escrito por Robert Kiyosaki com a co-autora Sharon Lechter. Robert trabalhou como agente de vendas, assim acumulou dinheiro para abrir seu próprio negócio, uma empresa de camisetas, porem não obteve sucesso e perdeu até sua casa. Pouco depois decidiu com sua esposa abrir uma escola de alfabetização financeira International Education Company chamada Rich Dad’s Organization, onde utilizava um jogo de tabuleiro de sua criação para instrução financeira, o jogo consiste em duas pistas, uma interna e outra externa, sendo que é preciso sair da pista interna chamada “Corrida de Ratos” e desta forma alcançar a pista de Alta velocidade. Ao conhecer o trabalho de Robert Sharon se juntou a ele para escrever este livro.

Anexo um link para um vídeo sobre a biografia do autor Robert Kiyosaki, relacionado com a sua história de vida: https://youtu.be/uKf60VOpBRI


TEMÁTICA ABORDADA NO LIVRO

 Robert tem dois pais, um rico e outro pobre, o pai rico é na verdade o pai do seu melhor amigo Mike, ambos os pais são bem-sucedidos nas suas carreiras, porem o pai pobre sempre com dificuldades financeiras. Os dois pais tinham visões diferentes em relação ao dinheiro, um dizia: "O amor ao dinheiro é a raiz de todo o mal" o outro "A falta de dinheiro é a raiz de todo o mal", então pai pobre aconselhou a Robert e ao Mike a pedir conselhos sobre o dinheiro para o pai rico.

O pai rico ensina como é importante os objetivos e a persistência, e como se deve fazer o dinheiro trabalhar para nós e não o contrário trabalhar para o dinheiro.

 LIÇÕES SUGERIDAS PELO AUTOR

 LIÇÃO Nº1: “Os ricos não trabalham pelo dinheiro”

O pai de Mike dá-lhes um trabalho onde o ordenado não é suficiente para suprir suas despesas, gerando assim uma indignação neles, nesse momento o pai rico ensina-lhes a primeira lição. Mostrando que tem várias alternativas para a situação: acomodar e aceitar a situação, reclamar e procurar outro emprego ou procurar uma maneira de fazer o dinheiro trabalhar para si. O pai rico explica que uma grande maioria escolhe a primeira e segunda opção, por medo e ambição.

O medo de não conseguir pagar as dividas e que são maiores a medida que se ganha mais pois aumenta o consumo.

O pai rico então propõe que se trabalhem sem ordenado, desta maneira fugindo da “grande armadilha” que é trabalhar pelo dinheiro, dessa maneira eliminam o medo tendo mais disponibilidade para pensarem em oportunidades e maneiras de fazer o dinheiro trabalhar para eles, assim surge a primeira ideia de negócio uma biblioteca.

 LIÇÃO Nº2: “Para quê alfabetização financeira?”

 De acordo com o autor é preciso saber diferenciar ativos dos passivos. Ativos são aqueles que geram lucro, renda para o proprietário, os passivos são tudo aquilo que gera despesas. Dessa maneira passam a vida toda trabalhando pelo dinheiro por não saberem diferenciar ativos e passivos.

 LIÇÃO Nº3: “Cuide dos seus negócios.”

O autor aconselha a cuidar do seu negócio se referindo a aquisição, formação e manutenção de ativos, deixando claro que negocio é algo que gera renda sem que se trabalhe diretamente nele, profissão é o seu emprego.

 LIÇÃO Nº4: “A história dos impostos e o poder da sociedade anónima.”

 O autor conta a história dos impostos e como sobrecarregam os trabalhadores, e mostra como os ricos conseguem evitar o fato de tirar dos ricos e darem aos pobres afirmada pelos impostos. Mostrando as sociedades anónimas e como elas protegem o seu capital, reduzindo os impostos pagos.

 LIÇÃO Nº5: “Os ricos inventam dinheiro.”

 O autor ensina e enaltece que a decisão de ter uma educação financeira, vem de cada pessoa. Destacando que o maior benefício é ter mais opções, sendo que na atualidade a riqueza esta nas informações e como são utilizadas.

 LIÇÃO Nº6 “Trabalhe para aprender, não trabalhe pelo dinheiro.”

 Na última lição o autor ensina que uma pessoa que é brilhante em apenas uma coisa pode fracassar, pois é preciso ter um conjunto de habilidades e desenvolvê-las no decorrer da carreia, para fugir da grande armadilha.

 RESUMO GERAL DO LIVRO

 O livro tem o objetivo de compartilhar noções relativamente a inteligência financeira que pode ser utilizada para a resolução de diversos problemas do dia-a-dia. Quando não se tem um aprendizado financeiro, muitas vezes se utilizam métodos padronizados para gerir e levar a vida, como poupar dinheiro, trabalhar arduamente, pagar muitos impostos, fazer empréstimos etc.

De acordo com o autor a educação nas escolas não treinam as crianças para a realidade da vida, e ter bons resultados na escola não é o suficiente para assegurar o sucesso de uma pessoa. A inteligência financeira é imprescindível para se ter a independência, liberdade para aumentar o seu património. O livro mostra diversas lições que ajudam a ser bem-sucedido.

 CONSIDERAÇÕES PESSOAIS FINAIS QUANTO AO LIVRO

 O livro pessoalmente se mostra muito pertinente e interessante, pois ensina sobre a alfabetização e riqueza financeira, que são problemas constantes do nosso cotidiano. Quando não se aprende desde criança ao se tornar adulto a probabilidade de se ter dividas e ser apenas um sobrevivente em em relação ao dinheiro é maior. O livro define uma fundação para começar a pensar e aprender sobre como ter mais ativos que passivos e fazer com que o dinheiro trabalhe a nosso favor.

ISMAT - Instituto Manuel Teixeira Gomes - Portimão

 

 Autor do Book Review 

Denis Carpov 

Aluno do 2º ano do Curso de Gestâo de Empresas da Universidade ISMAT de Portimão

email: dbenya677@gmail.com


Caro/a Leitor, para Citar esta book Review, use esta referência final:

 Carpov, Denis 2022. Pai Rico Pai Pobre. Book Review Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ‘Mudança e Desenvolvimento Organizacional’  Disponível em: https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com/2021/01/ikigai-bookreview-diana-figueiras.html

Referências Bibliográficas

Wilkipedia Kiyosaki, Robert. Disponivel em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Kiyosaki. Acedido em 22/04/2022

sábado, 22 de janeiro de 2022

"Porquê aprender a negociar?" - Uma Book Review do livro ""Como Chegar ao Sim", por João Ferromau

 





A negociação é algo que está presente quase desde que nascemos. Não o conceito de negociar propriamente dito, mas a sua base, tomar decisões. Certamente, não era com 5 anos de idade, nem com 10 que eu tentava negociar com os meus pais o facto de preferir ir jogar à bola para a rua ao invés de ir fazer os meus trabalhos de casa, mas acordava que depois de os fazer, podia usufruir de algum tempo de lazer. Negociar passa por tomar as melhores decisões para poder maximizar os nossos interesses.

O ato ‘’negociar’’ sempre foi algo que me cativou bastante, e conhecer as suas características, as suas fases, os seus dilemas e problemas, sempre foi do meu interesse.

Porém, sempre olhei para a ilusão de que, o negociar era uma batalha, e o vitorioso era aquele era mais imponente, e realmente é, mas para mim o ser imponente era alguém arrogante, impiedoso, frio, e ganancioso, como dizia o meu avô e peço desculpa pela expressão ‘’para ganhares na vida tens que ser sacana’’, mas ao longo do tempo vim a reparar que esta prática requer outros moldes, mais subtis, estratégicos e emocionais.

Começando pelo primeiro capítulo, onde são aqui revelados os 3 critérios de um método de negociação, a produção de um acordo sensato caso seja possível, a eficiência, e o relacionamento entre as partes. O último critério contradiz a sensação que anteriormente tinha sobre aquele que saía como melhor negociante, pois a produção de um bom resultado negocial, depende da relação entre A e B, e para isso é necessário que esteja em cima da mesa os interesses de cada um, a resolução de conflitos de uma forma razoável e tendo em conta estas variáveis, o percurso até ao acordo tem que ser duradouro, para que todos os detalhes sejam analisados, discutidos e tratados da forma mais plausível possível.

No seguimento desta linha de pensamento do 3º critério, e como podemos encontrar no livro, é também importante que seja evitável abordar o processo com posições tomadas, tendo em conta que, pelo menos no início, ninguém é melhor do que ninguém e esta prática leva na sua maioria, a conflitos indesejáveis e que não são contributivos para o objetivo inicial, chegar a um acordo de forma consentida. Devemo-nos concentrar nos interesses e não em tomar posições, e só assim chegamos a um acordo sensato, pois se tomarmos posições nunca vamos conseguir ser compatíveis com a outra parte, mas existem sempre interesses em comum, também conflitantes, mas temos de nos focar naquilo que pode ser compatível para podermos chegar a um resultado positivo.

No entanto, nem todas as pessoas são iguais, e existe muitas que entram para as discussões negociais a fim de serem somente elas mesmas, bem-sucedidas, não tendo em conta a outra parte e para isto, é óbvio que temos de adotar estratégias que contornem a situação. Por diversas razões isto acontece, e não por partir de alguém com mau caráter mas porque somos todos diferentes, com gostos, opiniões, perceções e hábitos diferentes, uns mais vincados que levam as suas opiniões de forma cega para cima da mesma muitas vezes, o que pode ser útil, mas muitas vezes desastroso, pois compromete aquilo que referi anteriormente, a chegada a um ‘’acordo sensato’’, pois é um aspeto que certas pessoas detêm que pode repercutir em discussões desagradáveis no decorrer do processo, pelo que certas frustração pode acontecer depois de sentirem que o seu ego foi atingido. Mas o ponto fulcral é que, são pessoas que tornam o processo complicado, pela sua personalidade e pelas suas ideologias bastante vincadas, são o tipo de negociador que se encontra em constante ataque, de duas formas, a primeira atacam os nossos interesses, e caso não resulte, atacam-nos a nós. E foi aqui, não só durante a minha leitura, mas já há muito tempo, que pensava neste tipo de pessoas e em que método poderia, não digo superiorizar, mas no mínimo contornar, este estereótipo de negociantes.

Mais à frente encontrei algo que me atraiu bastante, ‘’o tal método de contornar a questão que acabei de abordar, a negociação jiu-jitsu, método este que passa por manter o equilíbrio emocional estável enquanto sofremos ataques por parte da outra parte, não reagindo às definições de posição do outro. Quando a outra parte toma uma posição, não devemos atacar essa posição, mas sim retratar como essa posição pode contribuir negativamente para o resultado final. Caso a outra parte ataque as nossas ideias, não devemos gerar discussão a partir daí ou tentar dar a perceber que estamos corretos, mas sim tentar perceber o porquê do motivo da rejeição. E por fim, tentar tornar a negociação o mais impessoal possível, considerando, caso existam, os ataques pessoais como a ataques ao problema, e não a nós.

Para negociar é necessário ter um pensamento crítico, é necessário pensar de forma independente e estar atento aos efeitos do seu próprio comportamento e do comportamento da outra parte. É também importante executar aquilo que é um planeamento ‘’engajado’’ demonstrando empenho pela causa, demonstrar senso de pertença, pois estamos a lutar pelos nossos interesses e saber solucionar os problemas envolvidos na tomada de decisão.

Escolhi este livro, porque, tal como referi anteriormente, sempre quis saber mais sobre os parâmetros e alguns termos técnicos que envolvem o acordo ou a negociação. É importante, porque trata-se de algo que irá estar sempre presente na nossa vida, seja no contexto pessoal ou profissional. Uma vez que me encontro na área de gestão também pensei que pudesse ser algo contributivo para o meu futuro, uma vez que se trata de um processo que é abundante entre as organizações. Não é um livro propriamente atrativo de ler, uma vez que retrata matérias específicas, técnicas e que requerem algum estudo, no entanto, com a motivação certa, torna-se num livro interessante, e que acaba por refletir bastantes ensinamentos para a vida.

 

    Gestão de Empresas, 2ºano – Ano letivo: 2024/2025 UC: Técnicas de Negociação, Liderança e Motivação - 2º Semestre Docentes: Dout...