quinta-feira, 23 de junho de 2022

Book Review do Livro “Quem Mexeu No Meu Queijo”, por João Silva

O que queremos mudar na nossa vida? - Book Review do Livro “Quem Mexeu No Meu Queijo”, por João Silva

O que queremos mudar na nossa vida? - Book Review – “Quem Mexeu No meu Queijo?”


 

 


  

Spencer Johnson foi um escritor fiel ao seu ideal de Liderança e procurou que os seus leitores e seguidores refletissem sobre o conceito de mudança, quer na vida profissional quer na vida pessoal, estimulando o pensamento sobre aquilo que cada um de nós poderá fazer para que a mudança seja uma regra e não uma exceção.

 

Formado em Psicologia, ao longo da sua vida escreveu e editou livros motivacionais, de reflexão, de aprendizagem, onde permitia, ao sabor da sua escrita, que cada um refletisse sobre o seu propósito onde nada é eterno, onde só a mudança será o caminho, será o futuro.

 

Assim, em 1998, editou o seu livro mais conhecido, intitulado “Quem Mexeu no Meu Queijo”, uma parábola cujas personagens podem ser cada um de nós se nos permitirmos encontrar na brilhante alegoria que o mesmo retrata.

 

O escritor faleceu em 2017, vítima de cancro no pâncreas.

  



Resumo

 

Quem comeu o meu o meu queijo é uma história que nos faz refletir sobre a vontade de mudar e o que somos capazes de fazer para deixar o que o medo nos invada o propósito humano, e foi assim que Michael deixou os antigos colegas de turma a refletir sobre as suas próprias vidas.

Nesta história encontramos quatro personagens, dois ratos Sniff e Scurry, que possuem um simples cérebro animal, mas com um forte instinto, e dois duendes, Hem e Haw, com um cérebro idêntico aos dos humanos adultos, onde as crenças invadiam a forma como viam a felicidade e a procuravam.

Estas personagens consumiam um determinado tipo de queijo numa zona de um labirinto. Contudo, a grande diferença é que os ratos depois de encontrar esta fonte de queijo nunca deixaram de descobrir o resto do labirinto pois perceberam que mudanças podiam acontecer e a sobrevivência nunca pode estar em causa, enquanto que os duendes na crença de que aquela fonte de queijo não ia ter fim, por se considerarem merecedores, nunca saíram dessa zona de conforto.

Quando a fonte de queijo acabou os dois ratos continuaram o seu caminho no labirinto tendo encontrado outra zona com queijo, enquanto os duendes apenas perdiam tempo e energia procurando uma justificação para o fim do queijo, ao invés de procurarem outra fonte deste alimento.

Haw foi o único duende que decidiu arriscar, e mesmo passando por períodos complicados, onde pensou em desistir pela força e poder que as crenças tinham sobre este, nunca o fizera. Acreditou e mudou de direção, pois percebeu que era mais seguro procurar a sobrevivência do que permanecer esperando por algo que não o levaria à sua necessidade, o Queijo.

Assim, entre avanços e recuos, entre medos e crenças, entre ilusões e conquistas, e sempre apelando para que o amigo Hem o acompanhasse, apesar deste não o ter feito, Haw percebeu que “velhas crenças não o levam ao novo Queijo”, e mesmo assim, pela amizade que tinha ao seu amigo, enquanto descobria o labirinto ia escrevendo pequenas frases que considerara servirem de pistas caso o seu amigo Hem quisesse ir ao seu encontro.

Depois de um longo percurso, onde perdera força física, mas ganhando força anímica, descobre o famoso “Posto N” cheio de Queijos, onde estavam os seus velhos amigos, Sniff e Scurry.

Haw percebeu que “quando temera a mudança estivera mantendo a ilusão do velho queijo que não estava mais lá”, aprendeu que “o caminho mais rápido para mudar é rir da sua própria insensatez” e todos os dias procurava novos caminhos e novas áreas no labirinto, sentindo-se com esperança que o seu amigo Hem visse as suas pistas e confiante em si próprio para novas descobertas, livre.

 

Métodos Avançados de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional

 

A Unidade Curricular “Métodos Avançados de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional” permitiu, quer através dos oradores da 3ª edição de Seminários, quer através das aulas, que refletíssemos sobre a aplicação prática que este livro nos oferece.

Como referi anteriormente, este livro não é mais do que uma alegoria a todos os temas que foram e serão apresentados, debatidos e estudados, inclusive encontro uma no mesmo um reflexo da aprendizagem que tirei do, também, brilhante livro “O Principezinho põe a Gravata”, de Borja Vilaseca.

 

Experiência enquanto Reviewer

 

A escolha do livro teve por base a curiosidade que o título do mesmo fez suscitar em mim, pois fiquei com vontade de perceber qual a relação da palavra “mudança” com a palavra “Queijo” que observei na capa do livro enquanto estes iam sendo apresentados à turma, pois não o conhecia.

De uma leitura fácil, este livro permitiu interrogar-me enquanto pessoa e profissional, colocando em causa as minhas ações, ou a ausência delas, e sobretudo na forma como estava e estou absorvido por crenças que me limitam na forma de acreditar em mim e, sobretudo, na liberdade para mudar.

 

Opinião

 

O livro em análise não é mais do que o reflexo do papel que temos nas nossas vidas, quer profissional, quer pessoal, encontrando na figura do “Queijo” qual a nosso propósito.

Um Gestor de Recursos Humanos, antes de profissional, tem de ser um Gestor da própria pessoa, pois esse será o reflexo da nossa capacidade em observar, aprender e mudar.

Enquanto lia as palavras de Spencer Johnson imaginei-me, por diversas ocasiões, no corpo quer de Hem quer de Haw, e isso permitiu-me refletir sobre as minhas ações ao longo da minha, ainda, curta vida.

Este advérbio de tempo não é mais do que a certeza que ainda me posso tornar num Haw, libertando-me de algumas velhas crenças (assumo que as tenho) e simplesmente ser capaz de tornar o ego negativo e nas desculpas colocadas em outrem que não eu próprio, em capacidade de mudança.

O estável não é eterno, a segurança não é sinónimo de ego, a humildade não tem conceito certo, e a liberdade é somente a força maior que cada um pode ter para ser capaz de mudar.


 


 

João Miguel Dias da Silva

joao-miguel-2007@hotmail.com

 

Sobre mim:

 

Sou portimonense com sangue dos valentes cavaleiros de Alferce (Monchique), Montanha Sagrada do nosso Algarve, onde encontro a minha origem, onde me encontro sempre, onde me encontram sempre.

Tendo iniciado o meu conhecimento académico junto das doutrinas jurídicas, especialmente em Direito do Trabalho, tornou-se necessário ir além da letra da lei, e com esta interessante obra “Quem Comeu o Meu Queijo”, é possível refletir sobre a pessoa enquanto trabalhador, enquanto homem ou mulher, enquanto simples ser vivo que pode vencer se for livre para sonhar.




Referências pertinentes:

 

·       https://www.ismat.pt

·       https://www.youtube.com/watch?v=6btxMx7fj4w&t=79s

·       https://pt.wikipedia.org/wiki/Quem_Mexeu_no_Meu_Queijo%3F

 

 

Silva, J. (2022). O que queremos mudar na nossa vida?. Book Review Orientada pela PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de “Métodos Avançados de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional”. ISMAT – Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes.

Disponível em: https://www.blogger.com/blog/post/edit/preview/3268341675809187225/972874331805797923

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