quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

“Desvendar o Invisível – uma perspetiva da economia do dia a dia” – BookReview de Maria Branco

 “Desvendar o Invisível – uma perspetiva da economia do dia a dia” – BookReview de Maria Branco

Autores:

Steven David Levitt é um economista norte americano e professor de Economia da Universidade de Chicago, nasceu a 29 de maio de 1967, em Boston, formou-se na Universidade de Harvard em Economia e é doutorado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts, conhecido pelo seu livro em parceria com Stephen J. Dubner, onde usa a teoria econômica para explicar de forma inusitada fenômenos da vida cotidiana. Foi também premiado com a Medalha John Bates Clark em 2003.

Stephen J. Dubner é um jornalista norte americano, autor de quatro livros e inúmeros artigos, nasceu a 26 de agosto de 1963, em Nova Iorque, formou-se na Escola de Artes da Universidade de Columbia, é mais conhecido por ser o coautor do livro Freakeconomics.

 


O Livro:

O Livro “Freakonomics”, analisa teorias e métodos económicos que ajudam a decifrar o que é feito no nosso dia a dia e apresenta também perguntas “normais”, como por exemplo, o impacto que o nome escolhido tem no destino das pessoas, a conexão entre a queda nos índices de criminalidade e a legalização do aborto, tudo isto é abordado utilizando dados e factos reais.

Este livro começa com uma análise dos anos 90, onde a criminalidade violenta aumentou nos Estados Unidos, e os especialistas previram que continuaria a aumentar fenomenalmente, mas ao contrário do esperado diminui, mostrando que a verdadeira razão teria sido a legalização do aborto há 20 anos.

Capítulo 1:

Neste capítulo, Levitt define incentivos como uma chave, com o poder de mudar uma situação, para ele os incentivos são a pedra angular da vida moderna, sendo assim fundamentais para compreender os comportamentos e eventos humanos.

Ele identifica três tipos de incentivos:

·       Moral;

·       Social;

·       Económico.

 Muitas vezes, esses tipos sobrepõem-se ou substituem-se, como no exemplo das campanhas antitabagismo, que combinam incentivos econômicos (impostos elevados), sociais (proibição de fumar em lugares públicos) e morais (associação do fumo com financiamento de atividades ilícitas).

Levitt enfatiza: 'A moralidade, pode-se argumentar, representa a forma como as pessoas gostariam que o mundo trabalhasse; a economia representa como ele realmente funciona.'

O autor questiona a 'sabedoria convencional', frequentemente aceita sem questionamento, como exemplificado pela crença de que beber oito copos de água por dia é essencial para a saúde, apesar da falta de comprovação científica. Levitt desafia os leitores a investigar as verdadeiras causas por trás dos eventos dramáticos.

Um exemplo polêmico apresentado é a relação entre a queda nas taxas de criminalidade nos EUA e a legalização do aborto duas décadas antes, sugerindo que mudanças distantes podem ter impactos sutis, mas profundos.

Um exemplo intrigante apresentado é o de uma creche que tentou reduzir atrasos através de uma multa. Contudo, os atrasos aumentaram, pois os pais passaram a encarar a multa como um custo econômico, e não como uma obrigação social ou moral.

Capitulo 3:

No capitulo 3 de 'Freakonomics', Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner analisam a economia do crime, com foco nos incentivos enfrentados pelas gangues de rua americanas envolvidas com a cocaína e crack. O capitulo explora como os poucos membros no topo das gangues lucravam significativamente, enquanto a maioria permanecia no negócio com a esperança de ascender na hierarquia, apesar das condições adversas.

Os autores questionam a sabedoria convencional, que muitas vezes idealiza o passado como uma época de menos criminalidade. No entanto, as estatísticas mostram que a criminalidade hoje é consideravelmente menor do que nos séculos XVIII, XIX e mesmo no início do século XX. Eles atribuem essa redução a incentivos morais, sociais e econômicos mais eficazes presentes atualmente.

Um exemplo de causa distante com impacto dramático é a invenção da cocaína crack nos anos 1970, que contribuiu para o aumento das taxas de criminalidade e mortalidade em comunidades negras nos EUA. A combinação de um método de produção barato e uma demanda crescente fez do crack uma droga amplamente acessível e destrutiva.

A cocaína crack surgiu como uma alternativa barata à cocaína tradicional, tornando-se rapidamente popular nas ruas americanas. Misturada com bicarbonato de sódio e água, a substância proporcionava uma alta intensa, mas de curta duração, incentivando os usuários a consumi-la repetidamente. Isso resultou em uma explosão na demanda e na lucratividade para as gangues de rua.

A chegada do crack coincidiu com um excesso de cocaína na Colômbia, que foi aproveitado por Oscar Danilo Blandon, um traficante nicaraguense. Blandon fornecia grandes quantidades de cocaína para gangues negras de rua, que transformavam a substância em crack e a distribuíam em comunidades vulneráveis.

Até a chegada da cocaína crack, a comunidade negra nos EUA vinha realizando grandes avanços em direitos civis, saúde, educação e poder econômico. Contudo, o crack causou um retrocesso significativo nesses progressos. A mortalidade infantil e as taxas de criminalidade dispararam em bairros negros, marcando um período de grande destruição social.

Levitt destaca que, numa escala maior, o crack contribuiu para a maior onda de criminalidade já vista nos EUA, que começou a declinar apenas nos anos 1990, devido a fatores inesperados como a legalização do aborto.

Capitulo 5:

No capítulo 5 de 'Freakonomics', Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner exploram como a parentalidade tornou-se um campo intensamente estudado e como as percepções erradas de risco influenciam as decisões parentais. Os autores destacam que especialistas em paternidade frequentemente utilizam o medo para vender ideias e produtos, muitas vezes sem base científica sólida.

Os seres humanos são, em geral, ruins em avaliar riscos reais. Tendem a temer perigos imediatos, como o terrorismo, mesmo que problemas distantes, como doenças cardíacas, sejam muito mais letais. Esse fenômeno influencia decisões individuais e políticas públicas, favorecendo reações desproporcionais a riscos menores.

Os autores dão exemplos como o caso da 'doença da vaca louca' em Nova Jersey, que levou muitos a parar de comer carne, e a comparação entre mortes em acidentes de carro e acidentes aéreos. Embora o carro seja estatisticamente mais perigoso, o avião é mais temido por parecer uma ameaça mais imediata.

Quando os pais tentam proteger seus filhos, frequentemente compram produtos que prometem segurança, mas nem sempre são eficazes. Por exemplo, o benefício real de cadeiras infantis em carros é que elas mantêm as crianças no banco traseiro, onde estão mais seguras, e não o design da cadeira em si. Os autores também mostram como o medo pode ser desproporcional ao risco real.

Armas vs. Piscinas: Um Exemplo Revelador:

Os dados apresentados no capítulo revelam que as piscinas representam um risco significativamente maior para crianças do que armas de fogo. Para cada 11.000 piscinas residenciais nos EUA, uma criança se afoga anualmente, resultando em cerca de 550 mortes. Por outro lado, para cada 1 milhão de armas, há uma morte infantil, resultando em 175 mortes anuais. Apesar disso, os pais tendem a temer mais uma arma do que uma piscina.

Esse contraste destaca como a percepção de risco é frequentemente moldada pelo medo e pela indignação, e não pela probabilidade real de perigo. Como os autores apontam: 'Se ambos possuem uma arma e uma piscina em seu quintal, a piscina tem cerca de 100 vezes mais probabilidade de matar uma criança do que a arma.'

Análise Crítica:

Este livro utiliza a economia como principal instrumento para se conseguir perceber, algumas das preferências sociais que não estão diretamente ligadas à economia.

O facto de o livro analisar temas sensíveis, pode trazer várias questões sociais e relações quantitativas, sem existir a devida preocupação com impactos qualitativos e éticos

Relação com o Conteúdo:

O livro enquadra-se melhor em conteúdos como o desenvolvimento organizacional, comportamento organizacional e recompensas e remunerações

A forma como Freakonomics utiliza dados para questionar a sabedoria convencional é uma prática fundamental no Desenvolvimento Organizacional. Diagnósticos precisos, baseados em evidências e não em suposições, são essenciais para disciplinas bem-sucedidas.

O livro explora como diferentes tipos de incentivos (econômicos, sociais e morais) influenciam o comportamento humano, muitas vezes de maneiras inesperadas. Esse conhecimento é crucial na GRH para criar políticas de retribuições, bônus e recompensas que alinhem os objetivos dos funcionários com os da organização.

Sobre mim:

Sou a Maria Branco, tenho 20 anos, sou de Armação de Pera.

Frequento a licenciatura em Gestão de Recursos Humanos, no ISMAT, em Portimão, a qual me encontro no último ano.

 

 

Caro/a Leitor, para Citar esta BookReview, use esta referência final:

Branco, M. (05/12/2024). “Desvendar o Invisível – uma perspetiva da economia do dia a dia”. Book Review Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ‘Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional’. ISMAT-Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. Disponível em:

 

Ligações Relevantes e Fontes Externas:

·       https://pricetheory.uchicago.edu/levitt/

·       https://www.wnyc.org/people/stephen-dubner/

·       https://www.ismat.pt/

·       https://www.wook.pt/livro/freakonomics-o-estranho-mundo-da-economia-stephen-j-dubner/175169?srsltid=AfmBOoqxqXvsHXZoNHJtsqz0FLsR7xB1THx6QTcft-IXdDegP8jmPXis

·       https://www.youtube.com/watch?v=5UGC2nLnaes

 

Referências Bibliográficas

D. Levitt, S., & J. Dubner, S. (2005). Freakonomics - O estranho mundo da economia. Editorial Presença.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

“Viver Sem Medo de Errar: Lições de Mark Manson” - Book Review de Joana Mina

“Viver Sem Medo de Errar: Lições de Mark Manson” - Book Review de Joana Mina

Sobre o autor:

Mark Manson é um autor, blogger e empreendedor norte-americano que nasceu em Austin, Texas nos EUA, no dia 9 de março de 1984(40 anos). Transformou a indústria da autoajuda ao trazer uma abordagem mais realista e crua, ao desconstruir mitos sobre a felicidade e o desenvolvimento pessoal. Manson é formado em Finanças pela Universidade de Boston, começou a sua carreira como consultor e rapidamente desenvolveu um blog popular, onde explorava os temas relacionados com a psicologia, a filosofia e o crescimento pessoal, o autor utiliza uma linguagem direta e com uma abordagem baseada em "aceitação radical" dos aspetos desafiadores da vida, tornando-o uma voz distinta entre autores de autoajuda. É considerado um autor bestseller do “The New York Times” e publica regularmente artigos com a BBC, CNN, Business Insider, Time, entre outros. 


Resumo e Estrutura do Livro:

A Arte Subtil de Saber Dizer que se F*da, Mark Manson aborda como podemos escolher com mais clareza o que realmente nos importa, e explica como devemos de aceitar as limitações da vida, ao sermos mais seletivos com as nossas preocupações.

O livro é organizado por 9 capítulos que desconstroem as ideias tradicionais da felicidade e do sucesso, ao mostrar uma perspetiva que valoriza a autenticidade e a responsabilidade.


Capítulo 1: “Não Tentes”

    Mark Manson inicia o livro com um conceito que pode contradizer muitas ideias tradicionais de autoajuda, ou seja, a vida não é sobre tentar ser extraordinário ou estar sempre à procura do sucesso, este utiliza a história do escritor Charles Bukowski para ilustrar esta mensagem. Bukowski era um homem que vivia à margem da sociedade, com uma história de fracassos e de hábitos autodestrutivos. No entanto, ao abraçar a sua verdadeira natureza e ao escrever sobre a realidade cruel da sua vida, tornou-se um dos escritores mais influentes do seu tempo. Manson propõe que a obsessão de sermos sempre “os melhores” ou “os mais bem-sucedidos” é uma fonte de frustração e de insatisfação. Além disso, encoraja-nos a aceitar quem somos, com todas as nossas imperfeições, o que desafia a ideia de que devemos ser extraordinários para sermos felizes, propondo que encontrar significado em ações simples e no momento presente pode ser mais libertador, ou seja, neste capítulo é transmitido que a felicidade deriva de termos de aceitar quem somos do que tentar ser aquilo que não somos.

Capítulo 2: “Felicidade é um Problema”

    Manson desconstrói a ideia de que a felicidade é um estado permanente ou algo que pode ser “alcançado”. Para ele, a felicidade não é a ausência de problemas, mas sim a forma como escolhemos enfrentá-los, este conceito pode parecer contraintuitivo, mas faz sentido, quando pensamos como é que nos sentimos realizados após conseguirmos superar desafios difíceis. O autor reforça que é impossível viver sem problemas, o que podemos fazer é escolher os problemas que nos levem a algum tipo de crescimento ou de aprendizagem.

Capítulo 3: “Não És Especial”

    Mark, ataca a mentalidade contemporânea de cada pessoa como sendo única e especial, indicando que a crença cria expectativas irrealistas e gera frustração. Para o autor o que nos torna valiosos não é aquilo que somos por nascimento, mas o que escolhemos fazer e todo o esforço que colocamos nas nossas ações. Manson descreve como a obsessão de sermos “especiais” e de querermos ser reconhecidos constantemente pode levar a uma vida superficial, onde o foco está na aceitação externa, em vez do crescimento interno. Ele encoraja-nos a aceitar a nossa mediocridade como ponto de partida, relembrando de que a grandeza vem do esforço e do compromisso com o que nos importa.

Capítulo 4: “O Valor do Sofrimento”

    Neste capítulo, o autor argumenta que os nossos valores são aqueles que definem a qualidade da nossa vida. Assim, diferencia os valores saudáveis, por exemplo, a honestidade, a compaixão e a resiliência, dos valores tóxicos, como a procura pela aceitação ou de ser “famoso”. Segundo Mark, através dos nossos valores conseguimos ver como determinamos os problemas que enfrentamos e de como escolhemos enfrentá-los.

    O autor refere que precisamos de alinhar os nossos valores com a realidade, onde os valores saudáveis são aqueles que dependem de nós e não de fatores externos, por exemplo, em vez de procurarmos sempre em agradar aos outros (um valor dependente), deveríamos focar-nos em sermos honestos com nós próprios, algo que está sob o nosso controlo.

Capítulo 5: “És Sempre Responsável”

    O blogger, introduz um dos conceitos mais impactantes do livro, a responsabilidade radical, embora que, não sejamos culpados por tudo o que acontece na nossa vida, somos sempre responsáveis pela forma como reagimos a essas situações. A distinção entre a culpa e a responsabilidade é importante, pois, por exemplo, a culpa pode não ser nossa de termos perdido o emprego, mas somos nós os responsáveis em decidir o que fazer a seguir.

    O autor descreve como devemos de assumir a responsabilidade pelas nossas reações, o que transforma a forma de como enfrentamos os desafios. Por mais que nos colocaremos no papel de vítimas, acabamos por ganhar mais controlo sobre as nossas escolhas e emoções.

Capítulo 6: “Estás Errado Sobre Tudo (Mas Eu Também)”

    Manson explora a noção de todos nós que estamos frequentemente errados sobre muitas coisas na vida, o que coloca à prova a nossa necessidade de estarmos certos o tempo todo e apresenta a vida como um processo contínuo de aprendizagem e correção. A isto, dá o nome de humildade intelectual, que segundo o autor, é uma ferramenta poderosa para o crescimento.

    No entanto, ele utiliza exemplos práticos para mostrar como estar aberto à possibilidade de estar errado pode melhorar as nossas relações, as tomadas de decisão e do desenvolvimento pessoal explicam que a certeza é uma armadilha, pois impede-nos de explorar novas ideias e de mudar as perspetivas. Assim, saber reconhecer que podemos estar errados é, contraditoriamente, uma força e não uma fraqueza.

Capítulo 7: “O Fracasso é o Caminho para a Frente”

    Neste capítulo é apresentado o “princípio do fazer” como uma visão revolucionária para o progresso, Mark indica que, em vez de esperarmos pela motivação para agir, devemos simplesmente começar por iniciativa própria. Já a ação, por mais que seja pequena, gera motivação e energia, o que se cria um ciclo positivo de progresso.

    Por sua vez, o autor também desmistifica o fracasso, referindo que é uma parte essencial do sucesso de todos nós. Este partilha exemplos de como os maiores avanços pessoais e profissionais, por muitas vezes surgem após múltiplos fracassos. Nesta parte, é um convite de abandonarmos o medo do erro e abraçá-lo como uma ferramenta de aprendizagem.

Capítulo 8: “A Importância de Dizer Não”

    O foco principal deste capítulo é aprender a dizer “não” é o foco deste capítulo, e o autor Mark Manson apresenta que esta é uma característica essencial para proteger os nossos valores e prioridades. É ilustrado que, ao tentarmos agradar a todos ou aceitar tudo, acabamos por negligenciar aquilo que realmente importa.

    Manson estuda o impacto de estabelecermos limites saudáveis, tanto no contexto pessoal como profissional, além disso, ressalta que dizer “não”, não é apenas um ato de autopreservação, mas também uma forma de honrar as relações que realmente valorizamos. Ao definirmos limites claros, conseguimos priorizar as coisas certas e  de mantermos um equilíbrio emocional.

Capítulo 9: “…E Depois Morrerás”

    No capítulo final, Manson leva-nos a encarar uma das verdades mais universais de que todos iremos morrer, em vez de evitar este tema, como muitas vezes fazemos, o autor encoraja-nos a aceitar a nossa mortalidade como forma de dar significado à vida. Ou seja, refere que, ao reconhecermos a nossa finitude, conseguimos focar-nos melhor no presente e dar mais valor ao tempo que temos. Contudo, o empreendedor norte-americano, reflete como o medo da morte pode ser transformado numa fonte de motivação poderosa. Assim, desafia-nos a usar a consciência da mortalidade para viver de forma mais intencional, escolhendo com cuidado como gastamos o nosso tempo e com quem o partilhamos.

    Ao ler A Arte Subtil de Saber Dizer que se F*da, de Mark Manson, fui particularmente marcada por quatro capítulos que considero que para mim, sejam os mais impactantes, que são “A Felicidade é um Problema” (capítulo 2), “Não És Especial” (capítulo 3), “És Sempre Responsável” (capítulo 5) e” O Fracasso é o Caminho para a Frente” (capítulo 7). Estes capítulos trouxeram-me a reflexões profundas e a ensinamentos práticos que irei tentar aplicar tanto na minha vida pessoal quanto no meu desenvolvimento profissional.


Análise Crítica

    Como foi mencionado anterior mente, Mark Manson desafia os conceitos tradicionais de autoajuda e oferece uma perspetiva mais prática, que para muitos, é libertadora sobre de como encarar a vida, em vez de incentivar uma procura constante pela felicidade e pelo sucesso. O blogger propõe que reconheçamos as falhas e limitações como parte natural do desenvolvimento humano, ainda que, esta visão pode ser especialmente relevante para gestores, uma vez que a aceitação das falhas e de problemas pode criar um ambiente de trabalho mais resiliente e menos preocupado em evitar conflitos.

    Apesar do estilo direto e uma linguagem vulgar podem ser um choque para alguns leitores, esta abordagem também torna o livro acessível e genuíno. No entanto, para aqueles que preferem uma abordagem mais suave, o estilo de Manson pode ser uma desvantagem, ainda assim, é difícil ignorar o impacto transformador que este livro tem para muitos leitores que procuram uma mudança autêntica nas suas vidas.


Relação com a Unidade Curricular e a leitura do livro:

    Este livro está profundamente ligado aos temas discutidos na disciplina de Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional (MIDO). Um dos pontos é a ideia de escolher valores significativos, que é algo fundamental tanto para o desenvolvimento pessoal quanto para o sucesso organizacional, tal como Manson propõe que os valores sólidos ajudem a enfrentar os problemas de forma significativa. Nesta UC é destacado que o alinhamento dos valores da organização com os seus objetivos é importante para sustentar a mudança.  Por fim, uma reflexão sobre abandonar o que não traz valor, reflete com a ideia de que, para implementar novas práticas, é necessário deixar para trás hábitos e estruturas obsoletas.

 

Experiência Pessoal como Reviewer:

    Escolhi este livro devido à sua abordagem diferenciada à autoajuda, que se alinha com a minha vontade de entender a vida de uma forma mais realista e prática. A leitura foi envolvente e trouxe várias reflexões sobre como lidar com os problemas pessoais e profissionais. Ao ler este livro, fui levada a questionar as minhas próprias prioridades e a pensar mais sobre o que realmente merece o meu investimento emocional. Como futura gestora de recursos humanos, estas lições são valiosas, pois ajudam-me a focar no essencial e a manter um ponto de vista mais equilibrado. A experiência de escrever esta book review, também foi enriquecedora, pois permitiu-me articular e integrar as ideias do livro com temas relevantes para o desenvolvimento organizacional.


Sobre mim:

Chamo-me Joana Mina, tenho 20 anos e sou de Albufeira. Neste momento, estou no meu último ano da licenciatura em Gestão de Recursos Humanos, no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (ISMAT), Portimão.

Nos meus tempos livres, gosto de passear, de conhecer sítios novos, mas mais precisamente, de ver o mar, pois é onde me transmite tranquilidade.





Caro/a Leitor, para Citar esta book Review, use esta referência final:

Mina, J. (Data). “Viver Sem Medo de Errar: Lições de Mark Manson”. Book Review Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ‘Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional’. ISMAT-Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. Disponível em: https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com/2024/11/book-review-mark-manson-byjoana-viversemmedodeerrar.html 


Ligações Relevantes e Fontes Externas

 

Referências Bibliográficas

Manson, M. (2016). “A ARTE SUBTIL DE SABER DIZER QUE SE F*DA: Uma abordagem contraintuitiva para viver uma vida melhor”. Saída de Emergência.

Manson, M. (2018). The Subtle Art of Not Giving a F*ck: A Counterintuitive Approach to Living a Good Life. Harper.

Manson, M. (2022). Subtle Art of Not Giving a F*ck Journal. HarperCollins Publishers Limited.

Book Review: E se o Sucesso Tiver Outro Caminho?- By Mariana Conceição

Book Review

 

O Monge que Vendeu o seu Ferrari

Book Review: E se o Sucesso Tiver Outro Caminho?






 

 


 







https://www.ismat.pt

https://www.fnac.pt/O-Monge-que-Vendeu-o-seu-Ferrari-Robin-Sharma/a274114

https://www.robinsharma.com

 

Biografia do Autor:

 

Robin Sharma é um autor e especialista canadiano amplamente reconhecido no desenvolvimento pessoal e na liderança, conhecido principalmente pela série de livros “O Monge que Vendeu o seu Ferrari”. Sharma iniciou a sua carreira como advogado de litígios, mas decidiu mudar de rumo aos 25 anos, auto-publicando o livro “MegaLiving” em 1994, onde explora temas como gestão de stress e espiritualidade. O sucesso das suas obras levou à publicação internacional dos seus livros, que atualmente estão disponíveis em mais de 90 idiomas e já venderam dezenas de milhões de exemplares, consolidando-o como um dos autores mais lidos e influentes do género.

 

Para além da sua carreira literária, Sharma fundou a empresa de formação Sharma Leadership International, através da qual presta consultoria a grandes empresas, como a Nike, a Microsoft, a Unilever, a GE, a HP e a IBM, assim como na Universidade de Yale. Com mais de 25 anos de experiência a ajudar pessoas e organizações a explorarem o seu potencial, Sharma é conhecido pela sua dedicação filantrópica e pelo impacto duradouro no campo da gestão e do desenvolvimento pessoal.

 

Resumo do Livro

 

O Monge que Vendeu o Seu Ferrari narra a história de Julian Mantle, um advogado de sucesso que leva uma vida repleta de excessos e uma procura incessante por conquistas materiais. Após um colapso físico e emocional, Julian vê-se obrigado a repensar nas suas prioridades. Decide, então, embarcar numa jornada espiritual até aos Himalaias, onde encontra mestres que lhe ensinam lições profundas sobre autoconhecimento, disciplina, equilíbrio e realização pessoal, foi através dessa transformação, que Julian aprendeu a viver de forma mais equilibrada, a cultivar a serenidade interior e a afastar-se do materialismo que governava a sua vida.

 

Entre as lições mais importantes que aprende, destaca-se a ideia de "Viver no Presente", ou seja, focar a atenção no momento presente e evitar a obsessão com o futuro ou o passado. Além disso, também aprende sobre a importância de cultivar uma mente disciplinada, de estabelecer metas claras e de cuidar do corpo e da mente. Estas lições são ensinadas pelo conjunto de práticas simples, mas poderosas, que Julian começa a incorporar na sua vida e foi através dessas mudanças que passa a viver uma vida mais plena e equilibrada, em que o sucesso não é medido apenas por conquistas materiais, mas pelo bem-estar e pela paz interior.

 

Opinião Pessoal sobre o Livro

 

A leitura de O Monge que Vendeu o Seu Ferrari foi profundamente inspiradora. O livro oferece uma reflexão sobre como as nossas ambições materiais muitas vezes nos afastam daquilo que realmente importa, como o equilíbrio interior e a procura pela felicidade genuína. A história de Julian Mantle ressoou comigo, especialmente pela forma como Julian viveu uma vida voltada para o exterior, focada em conquistas e bens materiais, até perceber que esses objetivos não lhe traziam satisfação verdadeira.

 

A escrita de Robin Sharma é clara e envolvente, o que torna os ensinamentos transmitidos ao longo da obra acessíveis e fáceis de compreender. A narrativa de Julian não é apenas uma história de transformação pessoal, mas um convite à reflexão sobre como podemos melhorar a nossa qualidade de vida, tanto a nível pessoal como profissional.

 

Em termos de desenvolvimento pessoal e profissional, o livro oferece uma abordagem que considero fundamental: a importância do autoconhecimento. Em muitos momentos da minha vida, senti-me presa a uma rotina onde o foco estava na procura eximia por metas externas, sem uma avaliação verdadeira sobre o que realmente me fazia feliz e realizada. A obra de Sharma fez-me perceber que, para sermos eficazes na nossa vida profissional, é imprescindível que tenhamos uma boa gestão da nossa vida pessoal e emocional, o que não só traz benefícios a nível individual, mas também impacta de forma positiva a forma como interagimos com os outros, seja no ambiente de trabalho, seja na nossa vida social.

 

No contexto da gestão de recursos humanos, as lições aprendidas em O Monge que Vendeu o Seu Ferrari são de grande valor. A importância de adotar uma mentalidade equilibrada e de promover o desenvolvimento pessoal dentro das organizações é crucial para garantir o bem-estar dos colaboradores e a criação de ambientes de trabalho saudáveis e produtivos.

 

Reflexão Integrativa com Conteúdos da UC

 

O livro O Monge que Vendeu o Seu Ferrari tem uma forte ligação com os temas abordados na UC “Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional”, especialmente nas questões de mudança e desenvolvimento pessoal. Como futuros gestores de RH, somos frequentemente desafiados a promover transformações que não apenas aumentem a produtividade, mas também elevem o bem-estar dos colaboradores. A obra reforça a ideia, também presente na disciplina, de que o desenvolvimento organizacional e o crescimento pessoal são interdependentes.

 

O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é um dos temas centrais do livro, e essa questão é particularmente relevante para a gestão de RH. Criar um ambiente de trabalho que valorize esse equilíbrio é essencial para promover um clima organizacional saudável e aumentar a satisfação dos colaboradores. A gestão eficaz do tempo, igualmente abordada no livro, é outro conceito chave: gerir o tempo de forma equilibrada e dar espaço ao descanso são práticas que beneficiam a saúde mental e a produtividade.

 

Além disso, o livro destaca a importância de cultivar uma mentalidade positiva e resiliente, princípios que também são fundamentais nas intervenções de desenvolvimento organizacional. Esse foco no bem-estar emocional permite-nos, enquanto gestores de RH, olhar para os colaboradores de forma holística, promovendo uma cultura onde todos se sentem valorizados e motivados, o que reflete diretamente o sucesso organizacional e a retenção de talentos.

 

A Minha Experiência como Leitor e Reviewer

 

Escolhi O Monge que Vendeu o Seu Ferrari sem ter grandes expectativas ou conhecimento prévio sobre a obra. Até então, nunca tinha lido nada de Robin Sharma, nem tinha ouvido falar de forma significativa sobre este livro.

Ao começar a leitura, fiquei curiosa para perceber como a história de Julian Mantle poderia se alinhar com os conceitos que estou a aprender sobre mudança e transformação, tanto a nível pessoal como no ambiente organizacional.

 

À medida que fui avançando no livro, fiquei surpreendida pela profundidade das lições que Sharma oferece aos leitores. A história de Julian, um homem que, após o sucesso profissional e material, sente a necessidade de repensar a sua vida, ressoou profundamente comigo, mesmo sem ter conhecimento prévio sobre a narrativa, logo percebi que o livro propunha uma reflexão mais ampla sobre os valores da vida, a procura pelo equilíbrio e, sobretudo, o impacto que as nossas escolhas têm sobre a nossa saúde e felicidade.

 

O que mais me tocou ao longo da leitura foi o conceito de viver no presente e priorizar o bem-estar em vez de apenas acumular bens materiais. Embora o livro seja em grande parte sobre o autodescobrimento de Julian, a maneira como ele encontra paz interior e equilíbrio foi um convite para que eu também refletisse sobre como estou a equilibrar as minhas próprias prioridades. A ideia de que o sucesso profissional e a riqueza não são, por si só, fontes de felicidade foi algo que me fez repensar a forma como conduzo a minha própria jornada profissional e pessoal.

 

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Ano letivo 2024/2025

UC: Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional

Docente: Patrícia Araújo

Discente: Mariana Conceição

 

 

    Gestão de Empresas, 2ºano – Ano letivo: 2024/2025 UC: Técnicas de Negociação, Liderança e Motivação - 2º Semestre Docentes: Dout...