domingo, 22 de junho de 2025

Mais do que Lucro: A Liderança que Transforma– Book Review de "Gestão por Valores" por Diogo Ribeiro

 





Licenciatura em Gestão de Empresas

Ano Letivo 2025/2025

UC: Técnicas de Negociação, Liderança e Motivação – 2º Ano – 2º Semestre

Docentes: Patrícia Araújo

 

 

 

Mais do que Lucro: A Liderança que Transforma – por Diogo Ribeiro

 Fig 1- Capa do livro

 

Discente: Diogo Ribeiro – a22305210









Sobre os autores

Ken Blanchard é autor e consultor de renome na área da liderança. Ganhou notoriedade com O Gestor Minuto, onde defende uma liderança eficaz e centrada em princípios. É cofundador da The Ken Blanchard Companies, especializada no desenvolvimento de lideranças.

Michael O’Connor foi psicólogo organizacional e consultor especializado em comportamento humano nas empresas. Focou-se na tomada de decisão baseada em valores e na criação de culturas organizacionais sustentáveis, sendo uma influência central no modelo da Gestão por Valores.



Fig. 2 e 3 - Ken Blanchard (esquerda) e Michael O'Connor (direita)



Sobre o livro

O livro Gestão por Valores apresenta-se como uma proposta alternativa e profundamente ética para liderar e gerir organizações num mundo em constante transformação. A obra é uma fusão entre narrativa ficcional, conceitos de desenvolvimento organizacional e reflexão pessoal, através da qual os autores demonstram que os verdadeiros alicerces de uma empresa de sucesso não estão apenas nos resultados financeiros, mas na vivência coerente e partilhada de valores fundamentais.

A narrativa centra-se em Tom Yeomans, um gestor de topo que, apesar de alcançar sucesso e reconhecimento profissional, começa a sentir um profundo vazio pessoal. Enredado na lógica da produtividade, da eficiência e dos resultados imediatos, Tom afasta-se da sua família, dos seus interesses pessoais e do próprio sentido da sua função. Essa desconexão entre sucesso externo e insatisfação interna leva-o a repensar profundamente o seu papel enquanto líder, a forma como tem conduzido a sua organização e os valores que a mesma afirma defender, mas já não pratica.

A crise pessoal de Tom serve como metáfora para aquilo que os autores identificam como um problema estrutural nas organizações contemporâneas: a obsessão pelo lucro e pelo controlo, frequentemente em detrimento das pessoas, da cultura e da autenticidade. Muitas empresas, segundo Blanchard e O’Connor, vivem em contradição: proclamam valores nobres nas suas declarações públicas, mas internamente cultivam ambientes baseados no medo, na hierarquia rígida e na lógica do curto prazo. É neste contexto que os autores introduzem o conceito das “Empresas Afortunadas 500” - uma visão alternativa à clássica lista das Fortune 500. Enquanto estas medem o sucesso com base na faturação, as afortunadas distinguem-se pela qualidade humana do serviço, pelo compromisso com os colaboradores e pela integridade com que operam.

Ao longo da história, Tom embarca num processo de transformação pessoal e empresarial com o apoio de dois consultores especializados em mudança organizacional. Este processo é estruturado num modelo a que os autores chamam Gestão por Valores (GPV)  um sistema de liderança que propõe a definição clara de um conjunto de valores essenciais, a sua comunicação eficaz e, sobretudo, a sua implementação prática e coerente em todos os níveis da organização. O objetivo é tornar os valores visíveis nas decisões, nas atitudes e nas relações internas e externas.

A GPV assenta em três fases fundamentais, apresentadas como um caminho progressivo, mas interdependente:

1. Definir Filosofia e Valores

A primeira etapa do processo exige que a organização identifique, de forma clara e honesta, quais são os valores fundamentais que a definem - aquilo em que acredita, o que considera prioritário e o que pretende representar perante os seus colaboradores, clientes e a sociedade em geral. Esta definição não deve ser genérica ou meramente retórica, mas profundamente enraizada na identidade e missão real da empresa. É aqui que se constrói a base para uma cultura organizacional sólida e coerente.

2. Comunicar Claramente

A segunda fase implica traduzir os valores definidos em linguagem acessível e partilhada, garantindo que toda a estrutura organizacional os compreende e se identifica com eles. Não basta que a direção defina os valores. É necessário que estes sejam vividos, discutidos e assumidos por todos. A comunicação deve ser consistente, transparente e contínua, de modo a reforçar a confiança e o alinhamento interno.

3. Alinhar Práticas com os Valores

Na terceira fase, os valores deixam de ser apenas declarações institucionais e passam a orientar decisões concretas, comportamentos e rotinas operacionais. É neste momento que a gestão, as lideranças intermédias e as equipas devem agir de forma coerente com os princípios estabelecidos. Desde o estilo de liderança até à forma como se resolve um conflito, desde o recrutamento à gestão de fornecedores, todas as decisões devem refletir os valores partilhados. Só assim se constrói uma cultura verdadeiramente autêntica, baseada na confiança mútua e na credibilidade.

Além deste modelo, os autores apresentam o conceito CEOS, que sintetiza os quatro grupos essenciais que qualquer empresa deve servir com equilíbrio e responsabilidade:

  • C – Clientes
  • E – Empregados (Colaboradores)
  • O – Owners (Proprietários ou Acionistas)
  • S – Stakeholders significativos (fornecedores, parceiros, comunidade, financiadores, entre outros)

A ideia base é que cada pessoa na organização, independentemente da sua posição hierárquica, deve agir com o mesmo sentido de responsabilidade, orgulho e empenho que se espera de um CEO. Este modelo reforça a noção de que todas as partes interessadas contam, e que o verdadeiro sucesso empresarial é construído quando se equilibra o valor gerado para todos os intervenientes.

O livro propõe ainda uma reflexão sobre a experiência humana no trabalho e na vida, a partir dos chamados “três atos da vida”:

Ato I – Alcançar: Fase centrada em atingir objetivos, alcançar sucesso e cumprir metas. É muitas vezes vivida com intensidade, mas à custa das relações e do bem-estar pessoal.

Ato II – Relacionar: Esta fase surge geralmente após uma crise pessoal ou profissional. Representa a revalorização dos laços afetivos e da importância dos outros. amigos, família, colegas que foram sendo negligenciados no Ato I.

Ato III – Integrar: O ato final corresponde à maturidade pessoal e profissional, onde a pessoa aprende a equilibrar ambição com autenticidade, trabalho com relações, sucesso com sentido. É a integração entre o “fazer” e o “ser”.

Tom, enquanto líder, só começa verdadeiramente a transformar a sua empresa quando assume as suas próprias falhas, aprende a escutar os outros e altera a sua forma de estar. Esta mudança interior é o verdadeiro catalisador da mudança cultural. A GPV, como modelo, só se torna eficaz quando os líderes deixam de ser gestores do controlo e se tornam facilitadores da confiança, do compromisso e do crescimento mútuo.

Um dos aspetos mais realistas e importantes abordados pelos autores é o tempo de implementação da GPV. Não se trata de uma mudança imediata ou superficial. É um processo profundo, que exige cerca de três anos para começar a mostrar resultados visíveis e duradouros. Esta transformação requer paciência, consistência e envolvimento genuíno de todas as pessoas da organização.

Os resultados da aplicação da GPV vão muito além da satisfação interna. As empresas que adotam este modelo com seriedade tendem a melhorar a qualidade dos seus produtos e serviços, aumentar a lealdade dos clientes, reduzir a rotatividade interna e fortalecer as relações com fornecedores, investidores e comunidades externas. Ao alinhar os comportamentos com os valores, a organização reforça a sua identidade, credibilidade e resiliência num mercado cada vez mais exigente e consciente.

 

Opinião Pessoal e Reflexão Crítica

O livro "Gestão por Valores" foi uma leitura envolvente e esclarecedora. Através de uma narrativa acessível e bem estruturada, o livro mostra como é possível liderar com propósito e coerência, colocando os valores no centro da cultura organizacional. Identifiquei-me com a transformação do protagonista, que espelha muitos dos desafios reais enfrentados por líderes atuais.

Considero que a obra tem grande valor formativo, pois demonstra que a motivação e o desempenho das equipas estão diretamente ligados ao alinhamento entre valores pessoais e organizacionais. Além disso, reforça a importância de uma liderança mais humana, centrada na escuta e na confiança.

Apesar de reconhecer que algumas propostas do livro podem parecer idealistas em contextos empresariais mais rígidos, acredito que o seu principal contributo está em provocar reflexão e inspirar mudança. É um livro que não se limita a ensinar técnicas, mas convida à construção de organizações mais conscientes e equilibradas.

 

Relação com UC

O livro “Gestão por Valores” tem uma ligação direta com os temas centrais da unidade curricular, ao propor um modelo de gestão que valoriza a coerência entre os princípios da liderança e a vivência concreta dos valores no contexto organizacional.

A transformação do protagonista, Tom Yeomans, ilustra de forma clara a evolução de um estilo de liderança autoritária e centrada no controlo para uma liderança mais humana, participativa e baseada na escuta e na confiança. Esta mudança vai ao encontro dos modelos de liderança estudados na unidade, como a liderança transformacional e servidora, onde o papel do líder é inspirar, envolver e desenvolver as pessoas, e não apenas comandar.

No campo da motivação, o livro reforça que colaboradores sentem-se mais motivados quando os valores da organização estão alinhados com os seus próprios valores pessoais. Ao envolver as equipas na definição e vivência desses valores, cria-se um ambiente onde o trabalho tem significado, o que potencia o compromisso e o desempenho.

Por fim, o modelo CEOS e os três atos da vida sublinham a importância do equilíbrio entre objetivos, relações humanas e realização pessoal - elementos essenciais para uma liderança motivadora e eficaz.

 

Sobre Mim

O meu nome é Diogo Ribeiro, sou aluno do 2º ano da licenciatura em Gestão de Empresas no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes, sou de Lagos, Algarve. O meu sonho é ser um gestor financeiro em uma empresa relevante.


Referências Bibliográficas

Blanchard, K., & O’Connor, M. (1997). Managing by values: How to put your values into action for extraordinary results. Berrett-Koehler Publishers.


Caro/a Leitor, para Citar esta Book Review, use esta referência final:

Ribeiro, D. (2025). Gestão com sentido: Book review de “Gestão por Valores” de Ken Blanchard e Michael O’Connor. Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ‘Técnicas de Negociação, Liderança e Motivação’. ISMAT – Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. Disponível em:https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com/2025/06/mais-do-que-lucro-lideranca-que.html











 

quinta-feira, 19 de junho de 2025

"A arte subtil de saber dizer que se f*da" - Erica Duarte

 

Uma imagem com Tipo de letra, texto, logótipo, Gráficos

Descrição gerada automaticamente, Picture, Picture



  

Licenciatura em Gestão de Empresas - Ano Letivo 2024/2025 

UC: Técnicas de Negociação, Liderança e Motivação - 2º Ano - 2º Semestre 

Docente: Patrícia Araújo 

 

 

Viver com Menos Peso – book review de “A Arte Subtil de Saber Dizer que se F*da” por Erica Duarte 

Fig. 1 – Capa do livro


 

Discente:

Erica Duarte – a22302088

Bibliografia de Mark Manson:

Mark Manson é um autor bestseller do The New York Times, blogger e consultor de desenvolvimento pessoal norte-americano, nascido a 9 de março de 1984. Tornou-se mundialmente conhecido pelo livro "A Subtil Arte de Saber Dizer que se F*da" (2016), que combina humor, filosofia e psicologia para apresentar uma visão mais realista da vida e do autoconhecimento.

Antes do sucesso literário, Manson começou a escrever em blogs sobre o estilo de vida e relações pessoais. Em 2011, publicou o seu primeiro livro, "Models: Attract Women Through Honesty", voltado para relacionamentos e autenticidade masculina.


Fig. 2 – Autor “Mark Menson”

 

Sobre o livro:

Mark Manson desafia a ideia de que devemos estar sempre bem e lutar para sermos especiais ou extraordinários, mostrando que essa obsessão pelo positivismo e sucesso constante só aumenta a nossa frustração e infelicidade. Em vez de tentar sentir-se bem o tempo todo, ele propõe que aprendamos a escolher com cuidado aquilo com que nos importamos, dizendo “que se f*da” ao que não é verdadeiramente importante. Um conceito central é o ciclo negativo das emoções, muitas vezes sofremos não só pela emoção em si, mas pela forma como reagimos a ela, criando uma espiral que nos prende e piora o nosso estado. Para ilustrar, cita Charles Bukowski, que só alcançou sucesso quando parou de tentar ser alguém que não era e passou a aceitar-se.

Manson desafia a ideia de que devemos procurar felicidade o tempo todo, afirmando que a vida está cheia de problemas e que a dor é útil e necessária para o crescimento e para aprendermos a lidar com frustrações. Quanto mais procuramos felicidade, mais frustrados ficamos por ela ser uma preocupação constante.

Ele critica a noção de que todos somos especiais, apontando que isso gera insegurança, medo de falhar e uma expectativa de recompensas sem esforço. Aceitar a nossa mediocridade é um sinal de maturidade, e o verdadeiro valor está em fazer coisas com significado, mesmo sem sermos os melhores. Reconhecer que os nossos problemas não são piores que os dos outros ajuda a viver de forma mais autêntica, valorizando as coisas básicas, como amizades e pequenos momentos de paz.

Sobre o sofrimento, Manson propõe que não se trata de evitá-lo, mas de escolher o tipo de sofrimento pelo qual vale a pena lutar, alinhado aos nossos valores e objetivos. A verdadeira felicidade está em enfrentar os desafios certos, não em fugir das dificuldades.

Ele destaca ainda que estamos sempre a escolher mesmo quando pensamos que não, principalmente na forma como reagimos às situações. A distinção entre culpa e responsabilidade é importante pois, talvez não sejamos culpados pelo que nos acontece, mas somos responsáveis por como lidamos com isso. Evitar escolhas é, em si, uma escolha que frequentemente nos leva à passividade.

Manson reforça que a maior parte do que acreditamos estar certo provavelmente está errado, inclusive as nossas certezas. O crescimento pessoal vem de reconhecer as nossas limitações, questionar as nossas ideias e aceitar que mudar de opinião é sinal de maturidade, não de fraqueza. A busca por estar sempre “certo” pode nos tornar rígidos, orgulhosos e infelizes.

Ele também desconstrói o medo do fracasso, afirmando que errar é essencial para o progresso e que agir gera motivação, não o contrário. O fracasso deve ser visto como parte natural do processo, especialmente se valorizamos o aprendizado e o crescimento.

Saber dizer “não” é outro ponto fundamental para Manson. Dizer “sim” a tudo gera confusão, cansaço e perda da identidade. A verdadeira liberdade vem da capacidade de fazer escolhas conscientes, recusando o que não se alinha com os nossos valores. Relações fortes exigem limites claros, e evitar o desconforto de dizer “não” só cria problemas no futuro.

Por fim, o autor reflete sobre a morte como uma força transformadora. Aceitar a nossa finitude ajuda-nos a viver com mais intenção, coragem e verdade, fazendo escolhas mais sábias e valorizando o que realmente importa. A morte não é para temer, mas para lembrar que a vida deve ser vivida de forma autêntica, significativa e livre.

 

Opinião pessoal
Gostei muito deste livro porque, ao contrário de outros livros de autoajuda, ele não tenta vender uma fórmula mágica para a felicidade. Pelo contrário, faz-nos olhar para a vida de forma mais honesta e consciente. Aprendi a aceitar melhor as dificuldades, a dar menos importância ao que não merece, e a valorizar mais aquilo que realmente conta. A ideia de que não precisamos de ser extraordinários para ter uma vida significativa fez-me repensar muita coisa. Foi um livro direto, desconfortável às vezes, mas extremamente necessário. Recomendo a toda a gente que queira crescer e ver a vida com outros olhos.

 

Reflexão Integrativa com a UC – Técnicas de Negociação, Liderança e Motivação

A leitura de A Subtil Arte de Saber Dizer Que Se F*da o complementou de forma clara os conteúdos da UC de Técnicas de Negociação, Liderança e Motivação. O livro reforçou a importância da responsabilidade pessoal, da autenticidade e da escolha consciente, princípios essenciais para uma liderança eficaz e negociações bem-sucedidas. Aprendi que enfrentar desafios com maturidade, saber dizer “não” e lidar com as emoções de forma responsável são ferramentas fundamentais tanto no crescimento pessoal quanto na gestão de equipas e da motivação.

Sobre mim

Chamo-me Erica, sou estudante no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes e tenho um grande interesse pelo desenvolvimento pessoal. Gosto de refletir sobre temas como propósito, escolhas e crescimento emocional. Valorizo livros que me fazem pensar de forma diferente e que desafiam as ideias feitas como A Subtil Arte de Saber Dizer Que Se F*da, que me marcou bastante. Acredito que aprender a lidar com as dificuldades da vida com mais consciência e maturidade é essencial para viver com autenticidade e equilíbrio.


Fig. 3 – “Erica Duarte”

 

 

Bibliografia

Manson, M. (2020, 6 de outubro). The most important lesson from 83,000 brain scans | Mark Manson [Vídeo]. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=lz8sUiXAnbs&ab_channel=MarkManson



Duarte, E. (2025).  – Book Review de “A arte subtil de saber dizer que se lixe” por Erica Duarte. Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ‘Técnicas de Negociação, Liderança e Motivação’. ISMAT-Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. Disponível em: https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com/2025/06/licenciatura-em-gestao-de-empresas-ano.html


segunda-feira, 9 de junho de 2025

Segredos da Mente Milionária- Book Review por Diogo Cardoso

 

Licenciatura em Gestão de Empresas 2024/2025

2º Ano / 2º Semestre 

Unidade Curricular: Técnicas de Negociação, Liderança e Motivação

 Docente: Professora Patrícia Araújo Bento


Book Review: "Segredos da Mente Milionária"


Discente: Diogo Cardoso – a22404525

_____________________________________


Biografia do Autor 

T. Harv Eker nasceu no Canadá e tornou-se conhecido mundialmente pelo seu estilo direto, inspirador e provocador. Começou a sua carreira empreendedora com diversos negócios, muitos dos quais fracassaram. Após uma grande falência, Eker decidiu estudar o comportamento de pessoas ricas, analisando os seus padrões mentais e hábitos. A sua grande virada deu-se quando aplicou esses princípios a um novo negócio uma cadeia de lojas de fitness que rapidamente se tornou um sucesso milionário.

A partir dessa experiência, passou a ensinar as suas descobertas, criando o programa Millionaire Mind Intensive, frequentado por milhares de pessoas em todo o mundo. Eker acredita que qualquer pessoa pode mudar o seu “modelo interno de dinheiro” e alcançar a independência financeira desde que esteja disposta a assumir o controlo da sua mente e agir com coragem.

Além de “Segredos da Mente Milionária”, Eker é também autor de SpeedWealth e fundador da Peak Potentials Training, uma das maiores empresas de formação pessoal da América do Norte. O seu trabalho é profundamente enraizado em psicologia motivacional, coaching e desenvolvimento pessoal, com forte foco em atitudes, crenças e ação.


T. Harv Eker

_____________________________________


Resumo da Obra

"Segredos da Mente Milionária", de T. Harv Eker, defende que o sucesso financeiro depende mais da nossa mentalidade do que do dinheiro em si. O autor explica que todos temos um “modelo de dinheiro” interior, moldado por crenças e experiências passadas, que influencia as nossas decisões e resultados financeiros. Se esse modelo for negativo ou limitador, acabamos por sabotar o nosso próprio sucesso.

Na segunda parte do livro, Eker apresenta 17 “arquivos de riqueza” – hábitos e formas de pensar que distinguem as pessoas ricas das que têm uma mentalidade pobre. Entre eles estão a responsabilidade pessoal, foco em oportunidades, pensamento positivo e crescimento contínuo.


_____________________________________



Reflexão Critica

A obra "Segredos da Mente Milionária" estabelece várias conexões relevantes com os temas abordados na unidade curricular de Técnicas de Negociação, Liderança e Motivação, ao trabalhar conceitos ligados ao comportamento humano, à mentalidade e ao desenvolvimento pessoal. Um dos principais pontos de ligação é a ênfase que o autor dá à auto responsabilização, uma característica essencial tanto para um bom líder como para um negociador eficaz. Harv Eker defende que as pessoas bem-sucedidas assumem total controlo sobre os seus resultados, em vez de culparem fatores externos, o que está em sintonia com o perfil de liderança proativa estudado na UC.

No que diz respeito à negociação, o livro sublinha a importância da confiança, da mentalidade positiva e da clareza de objetivos – aspetos fundamentais para qualquer processo negocial. Um negociador que compreenda o seu próprio “modelo mental” e trabalhe para reprogramar crenças limitadoras terá mais capacidade de se posicionar com segurança, defender os seus interesses e gerar valor nas interações.

Em relação à motivação, Eker aborda essencialmente a motivação intrínseca, ou seja, aquela que parte de dentro da pessoa. Através da mudança de pensamento e da criação de novas crenças mais fortalecedoras, o indivíduo sente-se mais motivado a agir, a persistir e a procurar crescimento constante. Este processo de transformação interna é um reflexo direto dos princípios motivacionais trabalhados na UC, como a autorrealização e a inteligência emocional.

Por fim, o próprio conceito de liderança está presente na obra, ainda que de forma implícita. O autor incentiva o leitor a assumir o papel de líder da sua própria vida e das suas finanças, através de decisões conscientes, pensamento estratégico e superação de obstáculos mentais. Esta visão de liderança pessoal está totalmente alinhada com os princípios discutidos na unidade curricular, que vão além da gestão de equipas e incluem o autoconhecimento, a visão e a capacidade de inspirar.


_____________________________________



Relação com a unidade curricular (UC) 
Técnicas de Negociação, Liderança e Motivação

O livro "Segredos da Mente Milionária" relaciona-se com a UC de Técnicas de Negociação, Liderança e Motivação ao destacar a importância da mentalidade, da responsabilidade pessoal e do autoconhecimento – aspetos fundamentais para o desenvolvimento de um bom líder e negociador. A obra reforça a necessidade de uma atitude proativa, pensamento positivo e motivação interna, que são essenciais para alcançar objetivos e influenciar de forma eficaz. Além disso, promove competências como confiança, foco e persistência, que são diretamente aplicáveis em contextos de liderança e negociação. Em suma, o livro complementa os conteúdos da UC ao incentivar a transformação pessoal como base para o sucesso profissional.


_____________________________________


Experiência como leitor

Ler "Segredos da Mente Milionária" foi uma experiência surpreendente e bastante esclarecedora. Apesar de inicialmente desconfiar do conteúdo, percebi que o livro vai além do dinheiro e foca-se na mentalidade, nas crenças limitadoras e no crescimento pessoal. A leitura foi simples e motivadora, e ajudou-me a refletir sobre hábitos e formas de pensar que podem estar a afetar os meus resultados. Os "arquivos de riqueza" foram especialmente úteis para comparar atitudes e perceber onde posso melhorar. No geral, foi uma leitura que me inspirou a assumir mais responsabilidade pelas minhas escolhas e a adotar uma mentalidade mais positiva e proativa.


_____________________________________


Conclusão

Em conclusão, "Segredos da Mente Milionária" é uma obra que vai além das finanças e propõe uma transformação profunda da forma como pensamos e agimos em relação ao sucesso, ao dinheiro e à vida. Ao identificar e substituir crenças limitadoras, o autor incentiva uma mentalidade de crescimento, responsabilidade e ação, elementos que são fundamentais tanto no desenvolvimento pessoal como profissional. A ligação com temas como liderança, motivação e negociação reforça o valor prático do livro, especialmente para estudantes e futuros profissionais que pretendem desenvolver competências essenciais para o mercado de trabalho. Assim, a leitura deste livro representa não só um investimento no conhecimento, mas também um passo importante para o autoconhecimento e o sucesso a longo prazo.


_____________________________________


Referência Bibliográfica

Eker, T. H. (2005). Segredos da mente milionária: Aprenda a enriquecer mudando seus conceitos sobre o dinheiro. São Paulo: Sextante.


_____________________________________

Sobre mim ….

O meu nome é Diogo Cardoso sou estudante de Licenciatura em Gestão de Empresas no ISMAT. Tenho interesse por desenvolvimento pessoal, liderança e empreendedorismo. Esta review reflete a sua vontade de crescer como pessoa e futuro gestor.


_____________________________________


Caro/a Leitor, para citar esta Book Review, use esta referência:

Cardoso, D. (2025). Mente Rica, Vida Transformada – Book Review de Segredos da Mente Milionária. Book Review orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ‘Mudança e Desenvolvimento Organizacional’. ISMAT – Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. 
Disponível em:https://www.blogger.com/blog/post/edit/3268341675809187225/2103174923157669953

    Gestão de Empresas, 2ºano – Ano letivo: 2024/2025 UC: Técnicas de Negociação, Liderança e Motivação - 2º Semestre Docentes: Dout...