quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

O caminho para a felicidade – Book Review do livro “O Monge que vendeu o seu Ferrari”

 


O caminho para a felicidade – Book Review do livro “O Monge que vendeu o seu Ferrari”

 



Figura 1 – Capa do Livro 

 

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos 3ºano – Mudança e Desenvolvimento organizacional

 

Docente: Professora Doutrora Patrícia Araújo

Discente: Frederico Paulino

 

 

 

 

 

 

Biografia do autor

 

Robin Sharma  

 

 



 

Robin Sharma é Canadiano, tem 50 anos de idade e vive nos arredores de Toronto. Formado em direito, desistiu da vida que levava como advogado aos 25 anos e dedicou se a publicar livros mais direcionados a gestão e desenvolvimento pessoal. Só veste roupa preta e já publicou mais de 11 livros.

 

 

 

 

            O Monge Que Vendeu O Seu Ferrari

 

       A história é narrada por John, que foi escolhido por Julian para estagiar na sua empresa de advogados, que era recorrida por gente rica e famosa e que ganhava todos os casos. Julian era o mentor de John, e era uma pessoa que só usava fatos da Armani, era apreciado por muitas mulheres, era rico e tinha um Ferrari, uma mansão, um jate privado e uma ilha.

            Mas o estilo de vida ambicioso, stressante e obcecado pelo sucesso, fez com que o seu casamento fracassasse, deixou de falar com o seu pai, em julgamento deixou de ter a mesma performance e fisicamente aparentava ter 70 e tal anos enquanto que tinha 53. Foi isto tudo que fez com que um dia tivesse um ataque cardíaco no tribunal o que mudou a sua vida drasticamente. Abandonou a empresa, vendeu tudo o que tinha, a ilha, a mansão, o jate e o Ferrari e partiu para uma viagem para a India em busca da felicidade. E foi o que aconteceu nos Himalaias quando foi acolhido por Monges sábios, estes viram que a sua dedicação e abertura para a cultura deles que decidiram ajudá-lo espiritualmente com a condição de partilhar esta “mensagem” pelo mundo.

          E foi a partir daí que o monge narrou uma história – imagina que está sentado num jardim onde está um farol e ouves uma porta a ranger do farol e de lá saí um lutador de sumo. Ele vagueia pelo jardim e encontra um cronómetro dourado, e quando o vai apanhar escorrega e cai. Quando acorda, provavelmente pelo cheiro das rosas do jardim olha para a sua esquerda e vê um caminho pavimentado com diamantes que o levou a um lugar onde podia encontrar toda a felicidade para a sua vida.

       Julian confuso pensou que poderia ser alguma piada porque a história não fazia sentido nenhum.

 

 

 

 

 

     Sem dúvida que este best-seller, é um livro que deve ser lido, porque para além de ter uma vertente profissional tem outra vertente pessoal mais concretamente se estivermos a falar da felicidade e motivação. Julian era uma pessoa que apesar da riqueza – a ilha, o jate, o Ferrari que são bens de sonho para maior parte das pessoas, não era feliz e faz nos questionar – mas afinal o que levou Julian a perder a motivação no que fazia?

    O facto de perder muitas das capacidades em tribunal e o facto de aos 53 anos aparentar ter 70, são factos que demonstram que alguma coisa na vida de Julian tinha de mudar. Mas foi preciso ter tido um ataque numa audiência para isso acontecer? Infelizmente, quando nos deparamos com situações da vida real, apercebemo-nos que maior parte das vezes o contexto da mudança é visto como um “tabu” e nós (ser humano) não queremos mudar por estarmos tão habituados, confortáveis com o que está a acontecer nas nossas vidas. Penso que não será preciso haver um “choque” para termos de mudar.

    Cada vez mais, associamos a felicidade a bens materiais e tornamo-nos pessoas consumistas à espera de que um IPhone, ou que uma peça de roupa da Gucci, irá trazer-nos felicidade. Até pode trazer, mas será a curto ou longo prazo?

    A felicidade é algo que se constrói e que cresce de acordo com aquilo que nós vivemos. É um estado da alma do ser humano que se prolonga pelas nossas vidas. Foi o que Julian descobriu ao longo da sua viagem quando ia percebendo as sete virtudes que o fizeram descobrir o caminho para a felicidade destacando aqui a as Rosas Perfumadas que durante a fábula significavam – Servir os outros altruisticamente.

      O Altruísmo, é um comportamento presente não só nos seres humanos, mas também em outros seres vivos que fará com as boas ações beneficiem os outros. Está muitas vezes associada ao ato da solidariedade. Uma ação bondosa, simpática de livre e boa vontade por vezes muda vidas enriquece-nos como pessoas. Por isso é que o monge aceitou e comprometeu se a ajudar Julian para que o mesmo depois partilhasse esta mensagem com as pessoas que mais estimava e com a sociedade em geral. 

       São estas algumas das mensagens que autor tenta transmitir ao longo da leitura e que nos faz perceber que as vezes nós estamos motivados e direcionados para que lutemos e trabalhemos por uma vida confortável e que não nos falte nada, mas será que enquanto “construímos” esse caminho estaremos a desviar nos daquilo que realmente nos faz felizes como pessoas?

      Enquanto formos vivos, devemos descobrir o que nos motiva, o que nos faz feliz e viver intensamente em busca da nossa felicidade que eventualmente trará o conforto desejado. 

 

 

Como estudante, enquadro esta leitura à curva da mudança em que podemos enquadrar o percurso de Julian ao longo da leitura em que:

·       Negação – o que estava a mudar na vida de Julian? Porquê? E quais seriam os efeitos?

·       Resistência – embora não haja nenhuma evidência concreta que Julian resistiu a esta mudança, podemos enquadrar a resistência ao facto de a mudança ter sido tardia em que Julian teve chegar a um extremo e ter um ataque numa audiência para a sua vida mudar.

·       Exploração – a jornada de Julian aos Himalaias em busca da felicidade.

·       Comprometimento – Julian comprometeu se a propagar esta mensagem e aprendizagem quando voltasse as suas origens. 

 

 

 



 

 

 

 


 


     Chamo-me Frederico Paulino tenho 24 anos e sou natural de Moçambique, cidade de Maputo. Mudei me para Portugal em 2016, para concluir os meus estudos e iniciar um novo percurso na universidade, o que foi um enorme desafio por ter de me adaptar a um estilo de vida totalmente diferente ao qual estava habituado. Escolhi tirar a minha licenciatura em Gestão de Recursos Humanos porque gosto de me relacionar com pessoas e acredito que uma boa relação seja a nível pessoal ou profissional são as bases para o sucesso.

    Fanático por carros e desportos motorizados principalmente formula 1, foi a principal razão para eu ter escolhido este livro o que complementou algumas das minhas ideias sobre disciplina e auto-liderança. 

 


 

 


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