sábado, 4 de fevereiro de 2023

A Arte Subtil de Saber Dizer Que Se Lixe de Mark Manson- Book Review por Eva Agudo

A Arte Subtil de Saber Dizer Que Se Lixe de Mark Manson - Book Review por Eva Agudo 

 Bibliografia Mark Manson

 

 

 

 

 

 

Mark Manson nasceu a 9 de março de 1984 em Austin, Texas. É escritor e bloguer, viajou pelo mundo durante 7 anos e neste momento está a viver com a sua mulher em Nova York. É autor bestseller do The New York Times e escreve sobre vários temas no âmbito do desenvolvimento pessoal. Para mais informações fica o link para a página do autor: https://markmanson.net. Recentemente o autor lançou um documentário relativo a este livro, disponível na amazon prime. Fica aqui o link para o trailer no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=9EmLbOJZULU&t=1s

 

Sobre o Livro

 

 

 

 

 

O autor divide o livro por capítulos e dentro de cada capítulo tem vários subtemas dentro dos quais dá exemplos de experiências de vida ou histórias de outras pessoas para demonstrar o seu ponto de vista. 

 

Capítulo 1 – Não tente

Espiral de feedback do inferno 

O autor explica esta espiral da seguinte forma: por vezes estamos ansiosos, e de repente ficamos mais ansiosos porque não queremos estar ansiosos. Quando estamos zangados, ficamos ainda mais zangados por ficarmos zangados por causa de nos zangar. Ficamos preocupados por nos preocupar tanto, sentimo-nos culpados por causa da culpa que sentimos. Tudo isto nos deixa excessivamente stressados, neuróticos e desagradados com aquilo que somos e acreditamos que há algo de errado connosco – sentimo-nos mal por nos sentirmos mal. 

É por isso que dizer “que se lixe” é tão importante – quando nos estamos a lixar interrompemos esta espiral, no momento podemos pensar que o mundo está todo lixado, mas e então? Sempre esteve, sempre vai estar. Portanto, quando nos sentirmos um lixo pensamos, mas o que é que isso importa? Que se lixe, e deixamos de nos odiar tanto por nos sentirmos tão mal. 

 

Mark refere algumas subtilezas para ajudar a adotar este pensamento: que se lixe – a arte subtil de ignorar o que não interessa na vida. 

Subtileza #1 – Estar-se a lixar não significa ser indiferente; significa estar confortável com o facto de ser diferente. 

Subtileza #2 – Para se estar a lixar para as adversidades, primeiro tem de se ralar com algo mais importante que as adversidades. 

Subtileza #3 – Quer se aperceba disso, quer não, está sempre a escolher com que preocupar-se.

 

Capítulo 2 – A felicidade é um problema 

As desaventuras do panda do desapontamento

O panda do desapontamento seria um super-herói criado pelo autor que diria as verdades na cara das pessoas, seria o herói que ninguém quereria, mas que todos precisariam. A seu ver, tornaria as nossas vidas melhores, apesar de nos fazer sentir piores. 

A nossa própria dor e infelicidade não são um obstáculo à evolução humana, mas uma funcionalidade – a dor é o meio mais eficaz de que o nosso corpo dispõe para provocar ação. 

A felicidade resulta da resolução de problemas 

Os problemas nunca param, apenas são trocados ou sofrem upgrades. O autor acredita que o segredo é a resolução de problemas, não é não ter problemas. 

Capítulo 3 – Você não é especial 

As coisas desmoronam-se

Segundo Mark Manson quanto mais profunda é a nossa dor, mais impotentes nos sentimos perante os nossos problemas e começamos a adotar uma atitude de “tenho o direito”, uma atitude várias vezes referida pelo autor ao longo do livro, e isto traduz-se de uma de duas maneiras – sou fantástico e vocês são todos lixo, por isso mereço um tratamento especial – ou então o oposto que leva ao mesmo egoísmo no interior – sou um lixo e vocês são todos fantásticos então mereço um tratamento especial. 

A tirania do excecional 

Todos os dias, somos inundados pelo que é verdadeiramente extraordinário, o melhor do melhor, pior do pior, as notícias mais perturbadoras, sem parar, porque é o que vende capas.  Contudo, a vasta maioria da vida reside no monótono intermédio. 

Mas, se não for para ser especial ou extraordinário, qual é o objetivo?

Como Mark refere, se fossemos todos extraordinários, por definição ninguém seria extraordinário. É necessário libertarmo-nos desta pressão relativa a tudo e apreciar as coisas básicas da vida, amizades simples, bons livros, ajudar alguém que precisa, parece chato porque são coisas vulgares, mas são vulgares por uma razão, porque é o que na verdade importa. 

Capítulo 4 – O valor do sofrimento

A cebola do autoconhecimento 

Estas metáforas são várias vezes utilizadas pelo autor para demonstrar o seu ponto de vista, segundo o mesmo, o autoconhecimento é como uma cebola, tem múltiplas camadas e mais provável é que quanto mais descascamos mais desatemos a chorar em momentos inconvenientes. 

1ª camada – reconhecimento das nossas emoções – isto põe me triste

2ª camada – capacidade para perguntar porque razão sentimos determinadas emoções – porque me sinto zangado

3ª camada (mais profunda) – são os nossos valores pessoais – porque considero isto um sucesso/fracasso

Valores da treta 

Para o autor, estes são alguns dos valores que são efeitos secundários de bons valores, mas que sozinhos são apenas meros hights emocionais vazios. 

1.     Prazer – o prazer não é a causa da felicidade, é o seu efeito. Se as outras coisas estiverem bem o prazer ocorre normalmente como um efeito secundário. 

2.     Sucesso material – o problema de valorizar excessivamente o sucesso material é o perigo de o tornar prioritário em relação a outros valores. 

3.     Ter sempre razão – é muito mais útil assumir a ignorância e que há muita coisa que não se sabe, isto mantém-nos a salvo de crenças supersticiosas ou pouco informadas e promove um estado constante de aprendizagem e crescimento.

4.     Manter-se positivo – embora existam vantagens em manter-se positivo a verdade é que por vezes a vida é uma treta e a coisa mais saudável a fazer é admiti-lo. 

Definir bons e maus valores

A forma como o autor distingue aqueles que considera os bons e os maus valores:

Bons valores: baseados na realidade, socialmente construtivos, imediatos e controláveis

Maus valores: dependem geralmente de eventos externos e exigem meios destrutivos ou supersticiosos para serem atingidos.

Capítulo 5 – Estamos sempre a escolher

A escolha

Mark defende que temos sempre uma escolha relativamente a como encaramos o que nos acontece na vida. Nem sempre controlamos o que acontece, mas controlamos sempre a maneira como o interpretamos, assim como a forma como reagimos. A verdade é que estamos sempre a escolher, quer o reconheçamos quer não. 

A falácia responsabilidade/culpa

Há problemas que não temos culpa e, no entanto, somos responsáveis por eles. Mark dá vários exemplos, este é um deles: um juiz tem o caso de um crime, ele não cometeu o crime, não tem culpa do crime, mas quando este lhe chegou às mãos fez com que ele ficasse responsável por ele. 

Vitimização chique

“A indignação é como uma série de outras coisas que sabem bem, mas que, ao longo do tempo, nos devoram de dentro para fora. E é ainda mais insidiosa do que a maior parte dos vícios, porque nem sequer reconhecemos conscientemente que é um prazer”. (Kreider)

Não existe como

O autor é defensor da ideia de “Ou fazes ou não fazes, não existe “como””. 

Capítulo 6 – Você está errado acerca de tudo (mas eu também)

Muitas pessoas tornam-se tão obcecadas em estarem certas em relação à sua vida que acabam por nunca a viver, desta forma, Mark esclarece que estarmos errados abre-nos a possibilidade da mudança e do crescimento. 

Como estar um pouco menos certo de si

Perguntas que o autor faz que ajudam a construir incerteza na vida:

1-    E se eu estiver errado?

2-    E se estiver errado, o que significará isso?

3-    Estar errado criaria um problema melhor ou pior do que o que tenho atualmente, tanto para mim como para os outros?

Capítulo 7 – O fracasso é o caminho para a frente 

A dor faz parte do processo

Mark defende a ideia de que o essencial da vida é não saber e fazer mesmo assim. 

O princípio do “faça alguma coisa”

O autor defende este princípio, pode ser a mais pequena ação viável em direção a outra coisa, pode ser qualquer coisa, mas muitas vezes isto basta para pôr a bola de neve a rolar, ou seja, é a ação necessária que inspira a motivação para continuar a avançar. 

Capítulo 8 – A importância de dizer não

A rejeição torna a sua vida melhor 

Segundo Mark Manson evitar a rejeição dá-nos prazer a curto prazo e deixa-nos sem rumo nem direção a longo prazo. O ato de escolher um valor para nós próprios exige a rejeição de valores alternativos. Todos temos de nos importar com alguma coisa, para que possamos valorizar. E para valorizar alguma coisa temos de rejeitar outra. 

Como construir a confiança

Mark compara a confiança com um prato de porcelana, se o partir uma vez, com um pouco de cuidado e atenção pode voltar a colá-lo, mas se o voltar a partir, ele desfaz-se em pedaços e leva mais tempo a colar. Se o partir ainda mais vezes, acabará por ficar tão despedaçado que é impossível voltar a restaurar. 

A liberdade através do compromisso

Pela cabeça do autor, o compromisso dá-nos liberdade porque sintoniza a nossa atenção dirigindo-nos para o que é mais eficaz a fazer-nos saudáveis e felizes. 

Capítulo 9 – ... e depois morremos

O lado bom da morte

“A morte assusta-nos, e como nos assusta evitamos pensar nela, por vezes até reconhecê-la, mesmo quando acontece a alguém próximo de nós. Contudo, de uma maneira bizarra e invertida, a morte é a luz pela qual se mede a sombra de todo o sentido da vida. Sem a morte, tudo pareceria inconsequente, toda a experiência seria arbitrária, todos os critérios e valores valeriam, de repente, zero.” (Manson, 2018)

 

Qual o motivo que me levou a escolher este livro e relação com a UC

Acredito que na vida devemos ser menos preocupados com tudo e sim perceber quais são as verdadeiras coisas com as quais nos devemos importar, desta forma vi no título deste livro uma oportunidade de perceber como podemos fazer para melhorar este aspeto. 

Através deste livro é possível relacionar a matéria da cadeira de Gestão da Mudança da maneira que o autor está várias vezes a explicar a importância da mudança na nossa vida e a importância de errar para podermos crescer, mudar e melhorar. 

 

Sobre mim 

Uma imagem com terra, exterior, mulher, pessoa

Descrição gerada automaticamente

 

 

 

 

 

O meu nome é Eva Agudo, tenho 21 anos e estou no 1º ano do Mestrado em Gestão de Recursos Humanos no ISLA Santarém. Link para a página do ISLA: https://www.islasantarem.pt/pt/

 

 

 

 

Caro/a Leitor, para Citar esta Book Review, use esta referência final: 

Agudo, E. (2023). A Arte Subtil de Saber Dizer Que Se Lixe. Book Review Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ‘Gestão da Mudança’. ISLA Santarém. Disponível em: https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com/2023/02/a-arte-subtil-de-saber-dizer-que-se.html

 

 

 

Bibliografia

Kreider, T. (n.d.). The New York Times.

Manson, M. (2018). A arte subtil de saber dizer que se f*da.

 

 

 

 

 

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