sexta-feira, 22 de novembro de 2024

“Viver Sem Medo de Errar: Lições de Mark Manson” - Book Review de Joana Mina

“Viver Sem Medo de Errar: Lições de Mark Manson” - Book Review de Joana Mina

Sobre o autor:

Mark Manson é um autor, blogger e empreendedor norte-americano que nasceu em Austin, Texas nos EUA, no dia 9 de março de 1984(40 anos). Transformou a indústria da autoajuda ao trazer uma abordagem mais realista e crua, ao desconstruir mitos sobre a felicidade e o desenvolvimento pessoal. Manson é formado em Finanças pela Universidade de Boston, começou a sua carreira como consultor e rapidamente desenvolveu um blog popular, onde explorava os temas relacionados com a psicologia, a filosofia e o crescimento pessoal, o autor utiliza uma linguagem direta e com uma abordagem baseada em "aceitação radical" dos aspetos desafiadores da vida, tornando-o uma voz distinta entre autores de autoajuda. É considerado um autor bestseller do “The New York Times” e publica regularmente artigos com a BBC, CNN, Business Insider, Time, entre outros. 


Resumo e Estrutura do Livro:

A Arte Subtil de Saber Dizer que se F*da, Mark Manson aborda como podemos escolher com mais clareza o que realmente nos importa, e explica como devemos de aceitar as limitações da vida, ao sermos mais seletivos com as nossas preocupações.

O livro é organizado por 9 capítulos que desconstroem as ideias tradicionais da felicidade e do sucesso, ao mostrar uma perspetiva que valoriza a autenticidade e a responsabilidade.


Capítulo 1: “Não Tentes”

    Mark Manson inicia o livro com um conceito que pode contradizer muitas ideias tradicionais de autoajuda, ou seja, a vida não é sobre tentar ser extraordinário ou estar sempre à procura do sucesso, este utiliza a história do escritor Charles Bukowski para ilustrar esta mensagem. Bukowski era um homem que vivia à margem da sociedade, com uma história de fracassos e de hábitos autodestrutivos. No entanto, ao abraçar a sua verdadeira natureza e ao escrever sobre a realidade cruel da sua vida, tornou-se um dos escritores mais influentes do seu tempo. Manson propõe que a obsessão de sermos sempre “os melhores” ou “os mais bem-sucedidos” é uma fonte de frustração e de insatisfação. Além disso, encoraja-nos a aceitar quem somos, com todas as nossas imperfeições, o que desafia a ideia de que devemos ser extraordinários para sermos felizes, propondo que encontrar significado em ações simples e no momento presente pode ser mais libertador, ou seja, neste capítulo é transmitido que a felicidade deriva de termos de aceitar quem somos do que tentar ser aquilo que não somos.

Capítulo 2: “Felicidade é um Problema”

    Manson desconstrói a ideia de que a felicidade é um estado permanente ou algo que pode ser “alcançado”. Para ele, a felicidade não é a ausência de problemas, mas sim a forma como escolhemos enfrentá-los, este conceito pode parecer contraintuitivo, mas faz sentido, quando pensamos como é que nos sentimos realizados após conseguirmos superar desafios difíceis. O autor reforça que é impossível viver sem problemas, o que podemos fazer é escolher os problemas que nos levem a algum tipo de crescimento ou de aprendizagem.

Capítulo 3: “Não És Especial”

    Mark, ataca a mentalidade contemporânea de cada pessoa como sendo única e especial, indicando que a crença cria expectativas irrealistas e gera frustração. Para o autor o que nos torna valiosos não é aquilo que somos por nascimento, mas o que escolhemos fazer e todo o esforço que colocamos nas nossas ações. Manson descreve como a obsessão de sermos “especiais” e de querermos ser reconhecidos constantemente pode levar a uma vida superficial, onde o foco está na aceitação externa, em vez do crescimento interno. Ele encoraja-nos a aceitar a nossa mediocridade como ponto de partida, relembrando de que a grandeza vem do esforço e do compromisso com o que nos importa.

Capítulo 4: “O Valor do Sofrimento”

    Neste capítulo, o autor argumenta que os nossos valores são aqueles que definem a qualidade da nossa vida. Assim, diferencia os valores saudáveis, por exemplo, a honestidade, a compaixão e a resiliência, dos valores tóxicos, como a procura pela aceitação ou de ser “famoso”. Segundo Mark, através dos nossos valores conseguimos ver como determinamos os problemas que enfrentamos e de como escolhemos enfrentá-los.

    O autor refere que precisamos de alinhar os nossos valores com a realidade, onde os valores saudáveis são aqueles que dependem de nós e não de fatores externos, por exemplo, em vez de procurarmos sempre em agradar aos outros (um valor dependente), deveríamos focar-nos em sermos honestos com nós próprios, algo que está sob o nosso controlo.

Capítulo 5: “És Sempre Responsável”

    O blogger, introduz um dos conceitos mais impactantes do livro, a responsabilidade radical, embora que, não sejamos culpados por tudo o que acontece na nossa vida, somos sempre responsáveis pela forma como reagimos a essas situações. A distinção entre a culpa e a responsabilidade é importante, pois, por exemplo, a culpa pode não ser nossa de termos perdido o emprego, mas somos nós os responsáveis em decidir o que fazer a seguir.

    O autor descreve como devemos de assumir a responsabilidade pelas nossas reações, o que transforma a forma de como enfrentamos os desafios. Por mais que nos colocaremos no papel de vítimas, acabamos por ganhar mais controlo sobre as nossas escolhas e emoções.

Capítulo 6: “Estás Errado Sobre Tudo (Mas Eu Também)”

    Manson explora a noção de todos nós que estamos frequentemente errados sobre muitas coisas na vida, o que coloca à prova a nossa necessidade de estarmos certos o tempo todo e apresenta a vida como um processo contínuo de aprendizagem e correção. A isto, dá o nome de humildade intelectual, que segundo o autor, é uma ferramenta poderosa para o crescimento.

    No entanto, ele utiliza exemplos práticos para mostrar como estar aberto à possibilidade de estar errado pode melhorar as nossas relações, as tomadas de decisão e do desenvolvimento pessoal explicam que a certeza é uma armadilha, pois impede-nos de explorar novas ideias e de mudar as perspetivas. Assim, saber reconhecer que podemos estar errados é, contraditoriamente, uma força e não uma fraqueza.

Capítulo 7: “O Fracasso é o Caminho para a Frente”

    Neste capítulo é apresentado o “princípio do fazer” como uma visão revolucionária para o progresso, Mark indica que, em vez de esperarmos pela motivação para agir, devemos simplesmente começar por iniciativa própria. Já a ação, por mais que seja pequena, gera motivação e energia, o que se cria um ciclo positivo de progresso.

    Por sua vez, o autor também desmistifica o fracasso, referindo que é uma parte essencial do sucesso de todos nós. Este partilha exemplos de como os maiores avanços pessoais e profissionais, por muitas vezes surgem após múltiplos fracassos. Nesta parte, é um convite de abandonarmos o medo do erro e abraçá-lo como uma ferramenta de aprendizagem.

Capítulo 8: “A Importância de Dizer Não”

    O foco principal deste capítulo é aprender a dizer “não” é o foco deste capítulo, e o autor Mark Manson apresenta que esta é uma característica essencial para proteger os nossos valores e prioridades. É ilustrado que, ao tentarmos agradar a todos ou aceitar tudo, acabamos por negligenciar aquilo que realmente importa.

    Manson estuda o impacto de estabelecermos limites saudáveis, tanto no contexto pessoal como profissional, além disso, ressalta que dizer “não”, não é apenas um ato de autopreservação, mas também uma forma de honrar as relações que realmente valorizamos. Ao definirmos limites claros, conseguimos priorizar as coisas certas e  de mantermos um equilíbrio emocional.

Capítulo 9: “…E Depois Morrerás”

    No capítulo final, Manson leva-nos a encarar uma das verdades mais universais de que todos iremos morrer, em vez de evitar este tema, como muitas vezes fazemos, o autor encoraja-nos a aceitar a nossa mortalidade como forma de dar significado à vida. Ou seja, refere que, ao reconhecermos a nossa finitude, conseguimos focar-nos melhor no presente e dar mais valor ao tempo que temos. Contudo, o empreendedor norte-americano, reflete como o medo da morte pode ser transformado numa fonte de motivação poderosa. Assim, desafia-nos a usar a consciência da mortalidade para viver de forma mais intencional, escolhendo com cuidado como gastamos o nosso tempo e com quem o partilhamos.

    Ao ler A Arte Subtil de Saber Dizer que se F*da, de Mark Manson, fui particularmente marcada por quatro capítulos que considero que para mim, sejam os mais impactantes, que são “A Felicidade é um Problema” (capítulo 2), “Não És Especial” (capítulo 3), “És Sempre Responsável” (capítulo 5) e” O Fracasso é o Caminho para a Frente” (capítulo 7). Estes capítulos trouxeram-me a reflexões profundas e a ensinamentos práticos que irei tentar aplicar tanto na minha vida pessoal quanto no meu desenvolvimento profissional.


Análise Crítica

    Como foi mencionado anterior mente, Mark Manson desafia os conceitos tradicionais de autoajuda e oferece uma perspetiva mais prática, que para muitos, é libertadora sobre de como encarar a vida, em vez de incentivar uma procura constante pela felicidade e pelo sucesso. O blogger propõe que reconheçamos as falhas e limitações como parte natural do desenvolvimento humano, ainda que, esta visão pode ser especialmente relevante para gestores, uma vez que a aceitação das falhas e de problemas pode criar um ambiente de trabalho mais resiliente e menos preocupado em evitar conflitos.

    Apesar do estilo direto e uma linguagem vulgar podem ser um choque para alguns leitores, esta abordagem também torna o livro acessível e genuíno. No entanto, para aqueles que preferem uma abordagem mais suave, o estilo de Manson pode ser uma desvantagem, ainda assim, é difícil ignorar o impacto transformador que este livro tem para muitos leitores que procuram uma mudança autêntica nas suas vidas.


Relação com a Unidade Curricular e a leitura do livro:

    Este livro está profundamente ligado aos temas discutidos na disciplina de Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional (MIDO). Um dos pontos é a ideia de escolher valores significativos, que é algo fundamental tanto para o desenvolvimento pessoal quanto para o sucesso organizacional, tal como Manson propõe que os valores sólidos ajudem a enfrentar os problemas de forma significativa. Nesta UC é destacado que o alinhamento dos valores da organização com os seus objetivos é importante para sustentar a mudança.  Por fim, uma reflexão sobre abandonar o que não traz valor, reflete com a ideia de que, para implementar novas práticas, é necessário deixar para trás hábitos e estruturas obsoletas.

 

Experiência Pessoal como Reviewer:

    Escolhi este livro devido à sua abordagem diferenciada à autoajuda, que se alinha com a minha vontade de entender a vida de uma forma mais realista e prática. A leitura foi envolvente e trouxe várias reflexões sobre como lidar com os problemas pessoais e profissionais. Ao ler este livro, fui levada a questionar as minhas próprias prioridades e a pensar mais sobre o que realmente merece o meu investimento emocional. Como futura gestora de recursos humanos, estas lições são valiosas, pois ajudam-me a focar no essencial e a manter um ponto de vista mais equilibrado. A experiência de escrever esta book review, também foi enriquecedora, pois permitiu-me articular e integrar as ideias do livro com temas relevantes para o desenvolvimento organizacional.


Sobre mim:

Chamo-me Joana Mina, tenho 20 anos e sou de Albufeira. Neste momento, estou no meu último ano da licenciatura em Gestão de Recursos Humanos, no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (ISMAT), Portimão.

Nos meus tempos livres, gosto de passear, de conhecer sítios novos, mas mais precisamente, de ver o mar, pois é onde me transmite tranquilidade.





Caro/a Leitor, para Citar esta book Review, use esta referência final:

Mina, J. (Data). “Viver Sem Medo de Errar: Lições de Mark Manson”. Book Review Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ‘Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional’. ISMAT-Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. Disponível em: https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com/2024/11/book-review-mark-manson-byjoana-viversemmedodeerrar.html 


Ligações Relevantes e Fontes Externas

 

Referências Bibliográficas

Manson, M. (2016). “A ARTE SUBTIL DE SABER DIZER QUE SE F*DA: Uma abordagem contraintuitiva para viver uma vida melhor”. Saída de Emergência.

Manson, M. (2018). The Subtle Art of Not Giving a F*ck: A Counterintuitive Approach to Living a Good Life. Harper.

Manson, M. (2022). Subtle Art of Not Giving a F*ck Journal. HarperCollins Publishers Limited.

Book Review: E se o Sucesso Tiver Outro Caminho?- By Mariana Conceição

Book Review

 

O Monge que Vendeu o seu Ferrari

Book Review: E se o Sucesso Tiver Outro Caminho?






 

 


 







https://www.ismat.pt

https://www.fnac.pt/O-Monge-que-Vendeu-o-seu-Ferrari-Robin-Sharma/a274114

https://www.robinsharma.com

 

Biografia do Autor:

 

Robin Sharma é um autor e especialista canadiano amplamente reconhecido no desenvolvimento pessoal e na liderança, conhecido principalmente pela série de livros “O Monge que Vendeu o seu Ferrari”. Sharma iniciou a sua carreira como advogado de litígios, mas decidiu mudar de rumo aos 25 anos, auto-publicando o livro “MegaLiving” em 1994, onde explora temas como gestão de stress e espiritualidade. O sucesso das suas obras levou à publicação internacional dos seus livros, que atualmente estão disponíveis em mais de 90 idiomas e já venderam dezenas de milhões de exemplares, consolidando-o como um dos autores mais lidos e influentes do género.

 

Para além da sua carreira literária, Sharma fundou a empresa de formação Sharma Leadership International, através da qual presta consultoria a grandes empresas, como a Nike, a Microsoft, a Unilever, a GE, a HP e a IBM, assim como na Universidade de Yale. Com mais de 25 anos de experiência a ajudar pessoas e organizações a explorarem o seu potencial, Sharma é conhecido pela sua dedicação filantrópica e pelo impacto duradouro no campo da gestão e do desenvolvimento pessoal.

 

Resumo do Livro

 

O Monge que Vendeu o Seu Ferrari narra a história de Julian Mantle, um advogado de sucesso que leva uma vida repleta de excessos e uma procura incessante por conquistas materiais. Após um colapso físico e emocional, Julian vê-se obrigado a repensar nas suas prioridades. Decide, então, embarcar numa jornada espiritual até aos Himalaias, onde encontra mestres que lhe ensinam lições profundas sobre autoconhecimento, disciplina, equilíbrio e realização pessoal, foi através dessa transformação, que Julian aprendeu a viver de forma mais equilibrada, a cultivar a serenidade interior e a afastar-se do materialismo que governava a sua vida.

 

Entre as lições mais importantes que aprende, destaca-se a ideia de "Viver no Presente", ou seja, focar a atenção no momento presente e evitar a obsessão com o futuro ou o passado. Além disso, também aprende sobre a importância de cultivar uma mente disciplinada, de estabelecer metas claras e de cuidar do corpo e da mente. Estas lições são ensinadas pelo conjunto de práticas simples, mas poderosas, que Julian começa a incorporar na sua vida e foi através dessas mudanças que passa a viver uma vida mais plena e equilibrada, em que o sucesso não é medido apenas por conquistas materiais, mas pelo bem-estar e pela paz interior.

 

Opinião Pessoal sobre o Livro

 

A leitura de O Monge que Vendeu o Seu Ferrari foi profundamente inspiradora. O livro oferece uma reflexão sobre como as nossas ambições materiais muitas vezes nos afastam daquilo que realmente importa, como o equilíbrio interior e a procura pela felicidade genuína. A história de Julian Mantle ressoou comigo, especialmente pela forma como Julian viveu uma vida voltada para o exterior, focada em conquistas e bens materiais, até perceber que esses objetivos não lhe traziam satisfação verdadeira.

 

A escrita de Robin Sharma é clara e envolvente, o que torna os ensinamentos transmitidos ao longo da obra acessíveis e fáceis de compreender. A narrativa de Julian não é apenas uma história de transformação pessoal, mas um convite à reflexão sobre como podemos melhorar a nossa qualidade de vida, tanto a nível pessoal como profissional.

 

Em termos de desenvolvimento pessoal e profissional, o livro oferece uma abordagem que considero fundamental: a importância do autoconhecimento. Em muitos momentos da minha vida, senti-me presa a uma rotina onde o foco estava na procura eximia por metas externas, sem uma avaliação verdadeira sobre o que realmente me fazia feliz e realizada. A obra de Sharma fez-me perceber que, para sermos eficazes na nossa vida profissional, é imprescindível que tenhamos uma boa gestão da nossa vida pessoal e emocional, o que não só traz benefícios a nível individual, mas também impacta de forma positiva a forma como interagimos com os outros, seja no ambiente de trabalho, seja na nossa vida social.

 

No contexto da gestão de recursos humanos, as lições aprendidas em O Monge que Vendeu o Seu Ferrari são de grande valor. A importância de adotar uma mentalidade equilibrada e de promover o desenvolvimento pessoal dentro das organizações é crucial para garantir o bem-estar dos colaboradores e a criação de ambientes de trabalho saudáveis e produtivos.

 

Reflexão Integrativa com Conteúdos da UC

 

O livro O Monge que Vendeu o Seu Ferrari tem uma forte ligação com os temas abordados na UC “Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional”, especialmente nas questões de mudança e desenvolvimento pessoal. Como futuros gestores de RH, somos frequentemente desafiados a promover transformações que não apenas aumentem a produtividade, mas também elevem o bem-estar dos colaboradores. A obra reforça a ideia, também presente na disciplina, de que o desenvolvimento organizacional e o crescimento pessoal são interdependentes.

 

O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é um dos temas centrais do livro, e essa questão é particularmente relevante para a gestão de RH. Criar um ambiente de trabalho que valorize esse equilíbrio é essencial para promover um clima organizacional saudável e aumentar a satisfação dos colaboradores. A gestão eficaz do tempo, igualmente abordada no livro, é outro conceito chave: gerir o tempo de forma equilibrada e dar espaço ao descanso são práticas que beneficiam a saúde mental e a produtividade.

 

Além disso, o livro destaca a importância de cultivar uma mentalidade positiva e resiliente, princípios que também são fundamentais nas intervenções de desenvolvimento organizacional. Esse foco no bem-estar emocional permite-nos, enquanto gestores de RH, olhar para os colaboradores de forma holística, promovendo uma cultura onde todos se sentem valorizados e motivados, o que reflete diretamente o sucesso organizacional e a retenção de talentos.

 

A Minha Experiência como Leitor e Reviewer

 

Escolhi O Monge que Vendeu o Seu Ferrari sem ter grandes expectativas ou conhecimento prévio sobre a obra. Até então, nunca tinha lido nada de Robin Sharma, nem tinha ouvido falar de forma significativa sobre este livro.

Ao começar a leitura, fiquei curiosa para perceber como a história de Julian Mantle poderia se alinhar com os conceitos que estou a aprender sobre mudança e transformação, tanto a nível pessoal como no ambiente organizacional.

 

À medida que fui avançando no livro, fiquei surpreendida pela profundidade das lições que Sharma oferece aos leitores. A história de Julian, um homem que, após o sucesso profissional e material, sente a necessidade de repensar a sua vida, ressoou profundamente comigo, mesmo sem ter conhecimento prévio sobre a narrativa, logo percebi que o livro propunha uma reflexão mais ampla sobre os valores da vida, a procura pelo equilíbrio e, sobretudo, o impacto que as nossas escolhas têm sobre a nossa saúde e felicidade.

 

O que mais me tocou ao longo da leitura foi o conceito de viver no presente e priorizar o bem-estar em vez de apenas acumular bens materiais. Embora o livro seja em grande parte sobre o autodescobrimento de Julian, a maneira como ele encontra paz interior e equilíbrio foi um convite para que eu também refletisse sobre como estou a equilibrar as minhas próprias prioridades. A ideia de que o sucesso profissional e a riqueza não são, por si só, fontes de felicidade foi algo que me fez repensar a forma como conduzo a minha própria jornada profissional e pessoal.

 

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Ano letivo 2024/2025

UC: Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional

Docente: Patrícia Araújo

Discente: Mariana Conceição

 

 

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Empreender com Garra: A Jornada Inspiradora de Sophia Amoruso - Book Review do Livro "GirlBoss" por Catarina Ferrão

 

Empreender com Garra: A Jornada Inspiradora de Sophia Amoruso - Book Review do Livro “GirlBoss” por Catarina Ferrão


A autora:

Figura 1 – Sophia Amoruso (Thinking Heads, s.d.)

    Sophia Amoruso é uma empresária americana, nascida em San Diego, na Califórnia, em 1984. Ela era filha única. Desde jovem, Sophie viveu uma série de reviravoltas que moldaram todo o seu percurso tanto pessoal como profissional. Depois de diagnosticada com depressão e défice de atenção, Amoruso abandonou a escola e começou a estudar em casa de forma que conseguisse lidar com os problemas, dedicando-se, também, a trabalhar. Aos 15 anos, começou a sua jornada profissional no restaurante Subway, mas enfrentou algumas dificuldades pessoais após o divórcio dos seus pais aos 17 anos. A sua vida tornou-se uma constante luta pela sobrevivência, ao descobrir o trabalho tradicional, levou-a a adotar comportamentos marginais, como roubar e procurar objetos no lixo.

    No entanto, foi este período de incertezas que, em última instância, a levou a encontrar a sua verdadeira paixão: o comércio online. Em 2006, fundou a Nasty Gal, uma marca de moda feminina que se tornaria uma das mais influentes no mundo do e-commerce, redefinindo o conceito de empreendedorismo para toda uma nova geração de mulheres. (Wikipédia, s.d.)


O livro:

Figura 2 – Livro #GIRLBOSS (Wikipédia, s.d.)

    Ao longo da jornada de superação, a narrativa de “GirlBoss” apresenta-nos uma Sophie Amoruso vulnerável e bastante determinada, que, apesar das adversidades, descobriu no eBay uma oportunidade de negócio que mudaria a sua vida. A autora conta, de uma forma detalhada, o início da “Nasty Gal Vintage”, uma pequena loja online de roupas vintage que começou a ganhar popularidade de forma surpreendente.

    No decorrer da leitura, no primeiro capítulo, houve uma frase que me chamou à atenção, “GIRLBOSS é um livro feminista e a Nasty Gal é uma empresa feminista no sentido que eu encorajo você, enquanto menina, a ser quem você quiser e fazer o que você quiser”, onde este livro pretende passar uma mensagem de apoio às mulheres, incentivando-as a serem autênticas e a perseguirem os seus objetivos. A autora, Sophie, quer que cada menina se sinta livre para ser quem quiser e fazer o que quiser, sem medo. Ela acredita que a empresa dela também reflete essa liberdade e apoio.

    Amoruso partilha como procurava peças únicas em lojas de segunda mão e as vendia em leilões online, destacando-se por todo o cuidado aos detalhes na apresentação dos produtos. O seu segredo? Fotografias de alta qualidade, descrições minuciosas das peças e um atendimento ao cliente personalizado. Desde bilhete manuscrito a respostas rápidas e amigáveis, a autora tratava cada cliente como uma amiga, cultivando uma relação de confiança que foi fundamental para o crescimento explosivo da sua marca.

    O principal objetivo do livro é encorajar os seus leitores a serem autênticos, sublinhando que, embora o caminho inicial possa ser desafiador, a persistência é fundamental. Para a autora, permanecer fiel a si mesmo é a chave para superar obstáculos. A sua mensagem central é clara: sem trabalho árduo e dedicação, o êxito não é alcançado. Ao partilhar a sua trajetória pessoal, Amoruso procura inspirar os leitores a promover transformações nas suas vidas, não só visando todo o sucesso profissional, como também o desenvolvimento pessoal.

       Segundo Sophie, uma verdadeira “GirlBoss” é alguém que possui plena autonomia e independência para gerir a sua própria vida, conduzindo a sua carreira com competência e dedicação inabalável para atingir as suas metas. Este tipo de pessoa acolhe todas as experiências que a vida proporciona, sejam elas favoráveis ou desafiadoras, reconhecendo que cada uma desempenha um papel essencial no seu desenvolvimento. Como Sophie reflete no seu livro, mesmo os empregos pelos quais passou sem grande satisfação ou sucesso, foram fundamentais para a sua evolução enquanto empresária. Todas essas experiências moldaram-na e prepararam-na para conquistar o impressionante êxito de que desfruta atualmente.

    Através dessa perspetiva, Amoruso oferece uma visão poderosa sobre a resiliência e a capacidade de transformação, apelando a todos os que desejam assumir o controlo do seu destino com determinação e coragem.

    Para ela, o sucesso não é apenas medido pela riqueza financeira, mas sim pela capacidade de enfrentar desafios e aprender com os erros. Esta filosofia é um dos pilares centrais da narrativa e é inspiradora para qualquer leitor que se veja à procura de direção e propósito. A mensagem subjacente é clara: o fracasso não é o fim, mas um ponto de partida para novas aprendizagens.

   A autora desafia a noção tradicional de sucesso, sugerindo que este não deve ser visto como um caminho linear. Ao contrário, o seu percurso foi repleto de altos e baixos, mas foi a sua capacidade de resiliência que lhe permitiu transformar cada revés numa oportunidade. Esse espírito indomável reflete-se na cultura da “Nasty Gal” e nos valores que ela defende como sendo empresária: autenticidade, trabalho árduo e compromisso com o sucesso.

    Um dos aspetos mais fascinantes da história de Sophie é a velocidade com que a Nasty Gal cresceu. O início do negócio, que começou no seu quarto e no eBay, rapidamente passou de uma faturação de 150 mil dólares anuais para 150 mil dólares diários. Essa transição exigiu-a que deixasse de ser uma empresária individual e se tornasse a líder de uma equipa em expansão. A certa altura descreve como precisou de mais espaço para o inventário, mais recursos humanos e, acima de tudo, mais estrutura para gerir o negócio.

    No entanto, essa fase de crescimento veio com novos desafios. O livro detalha as dificuldades que surgiram com o aumento das responsabilidades e como a própria, sem qualquer formação formal em negócios, teve de aprender a gerir pessoas, recursos e operações em larga escala. Todo este processo de adaptação foi essencial para o sucesso contínuo da “Nasty Gal”, e a autora oferece insights valiosos sobre a importância de estar sempre preparada para crescer e evoluir.

    No decorrer da história, Amoruso destaca a grande importância que existe em aprender com os erros, sendo uma lição que se aplica tanto à vida pessoal quanto profissional. Ao longo da sua jornada, a autora enfrentou inúmeros desafios e, em vez de os evitar, abraçou-os como oportunidades de crescimento. A sua história é um exemplo claro de como a falha pode ser uma aliada poderosa na trajetória de qualquer empreendedor.

    Ao relatar os momentos mais difíceis, como decisões financeiras mal tomadas ou contratempos no mercado, Sophie reforça a ideia de que o sucesso é um processo contínuo de tentativa e erro. Esta visão é especialmente pertinente para os profissionais de recursos humanos, que devem promover ambientes onde os colaboradores se sintam confortáveis em experimentar, errar e aprender, sem terem medo de arriscar e enfrentar qualquer desafio que surja no caminho.

Figura 3 – Frase do Livro (Amoruso, 2014)

    No capítulo 11(As Probabilidades) está presente a frase, “Sonhos são as respostas de hoje para as perguntas de amanhã”, de Edgar Cayce, ressoa profundamente comigo, especialmente neste momento crucial da minha vida, onde tantas questões sobre o futuro permanecem em aberto. Identifico-me com a ideia de que os sonhos não são meras ilusões, mas sim o reflexo das nossas aspirações e daquilo que desejamos conquistar.  Eles guiam-nos, oferecendo direção e propósito, mesmo quando as incertezas do amanhã nos assombram. Os sonhos, ao serem perseguidos com determinação e coragem, têm o poder de moldar o nosso destino, transformando dúvidas em oportunidades e inseguranças em força. Acreditar neles é a chave para criar o nosso próprio caminho, não com medo do que está por vir, mas com confiança de que, ao seguirmos o que nos inspira hoje, estaremos mais preparados para enfrentar os desafios do amanhã. 

Figura 4 – Imagem do Livro (Amoruso, 2014)

Reflexão Integrativa:

     A leitura de “GirlBoss” destacou aspetos essenciais sobre a gestão da mudança, tanto a nível pessoal como profissional. Ao acompanhar a jornada de Sophie Amoruso, ficou claro que a transformação contínua e a adaptação são cruciais para o sucesso, alinhando-se com os princípios da unidade curricular de Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional. A mudança de hábitos e de direção profissional, tão enfatizada no livro, é igualmente relevante nas organizações, onde enfrentar desafios e sair da zona de conforto são fatores fundamentais para o crescimento.

    A narrativa de Sophie, marcada por momentos de fracassos e conquistas, reflete a importância de abraçar o risco e a incerteza, conceitos centrais para a inovação organizacional. Tal como na obra, as organizações precisam gerir mudanças estratégicas para fomentar um ambiente de desenvolvimento e evolução contínua. Assim, “GirlBoss” reforça que, tanto na vida pessoal como no contexto empresarial, o sucesso depende da capacidade de enfrentar desafios e aprender com eles, mantendo sempre a determinação e superação.


Opinião sobre o livro:

    “GirlBoss” é uma obra inspiradora e cativante, que consegue motivar qualquer leitor a refletir sobre o seu próprio percurso. Contém uma escrita acessível, porém impactante, Sophia Amoruso partilha lições valiosas sobre perseverança, autoconfiança e persistência, demonstrando que o sucesso não é linear e que cada desafio, por mais difícil que seja, pode ser uma oportunidade de crescimento. O livro é uma verdadeira fonte de inspiração, principalmente para aqueles que procuram redefinir a sua trajetória e superar os obstáculos que a vida impõe.

    Recomendo a leitura deste livro a todos os que desejam a mudança e encontrar nas adversidades uma fonte de força para evoluir. Sophie transmite, com autenticidade, que o sucesso não está apenas nas conquistas materiais, mas na capacidade de nos mantermos fiéis a nós mesmos e de arriscar em prol dos nossos sonhos. Este livro destaca-se por oferecer uma mensagem motivadora que ultrapassa barreiras de género ou contexto, tornando-se relevante para qualquer pessoa na procura de transformação e realização pessoal.


Experiência como Reviewer:

    A escolha do livro “GirlBoss” foi motivada pelo impacto imediato do título, que despertou a minha curiosidade. Ao começar a leitura, senti-me rapidamente absorvida pelo conteúdo, que me inspirou a continuar a perseguir os meus sonhos e a não desistir, mesmo diante de desafios. A narrativa de Sophia foi envolvente e motivadora, transmitindo uma mensagem poderosa sobre a determinação e persistência.

    Como futura gestora de recursos humanos, o livro trouxe-me bastantes reflexões importantes sobre a aceitação da mudança e a superação de obstáculos. A trajetória da autora reforçou em mim a importância de promover um ambiente de trabalho onde a inovação e a adaptação sejam incentivadas. Acredito que as lições deste livro serão fundamentais na minha vida profissional.

  A leitura de “GirlBoss” catalisou uma mudança significativa na minha perspetiva pessoal e profissional, levando-me a dar prioridade ao meu crescimento individual e a valorizar pormenores que, anteriormente, poderiam passar despercebidos. Inspirada pela determinação da autora, passei a sonhar mais alto e a enfrentar desafios com uma renovada confiança, assumindo uma postura proativa face aos obstáculos e encarando-os como oportunidades de crescimento para o meu futuro.


Sobre mim:

 

O meu nome é Catarina Ferrão, sou natural do concelho de Loulé e tenho 20 anos. Sou licenciada em Gestão de Recursos Humanos pelo Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes, em Portimão. O meu hobbie é ir ao ginásio.

Endereço eletrônico: catarinaferrao10@gmail.com

ISMAT Portimão (https://www.ismat.pt/)

Caro/a Leitor, para Citar esta book Review, use esta referência final:

Ferrão, C. (2024). Empreender com Garra: A Jornada Inspiradora – Uma Book Review de Shopia Amoruso. Book Review Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ´Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional´. ISMAT – Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. Disponível em: https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com/2024/11/book-review-sophie-amorusobycatarina-girlboss-empreendercomgarra-blogspot.html


Para os mais curiosos: 

Sophie Amoruso

Conta Instagram de Sophia

Loja "Nasty Gal"

Série na Netflix

Para Compra do Livro


Referências Bibliográficas:

Amoruso, S. (2014). #GIRLBOSS. Seoman.

Thinking Heads. (s.d.). Obtido de Sophie Amoruso: https://thinkingheads.com/conferenciantes/sophia-amoruso/

Wikipédia. (s.d.). Obtido de Sophia Amoruso: https://en.wikipedia.org/wiki/Sophia_Amoruso

Poupa tempo e trabalha só 4h por semana! Book review: “4horas por semana” por Ivana Alemão

Poupa tempo e trabalha só 4h por semana! Book review: “4horas por semana” por Ivana Alemão

 

 

O autor do livro - Biografia

Timothy Ferriss é um autor, investidor e palestrante norte-americano, famoso pelo livro Trabalhe 4 Horas por Semana, publicado em 2007. Com formação em Estudos do Leste Asiático por Princeton, Ferriss lançou ideias inovadoras sobre produtividade e estilo de vida, sugerindo maneiras de otimizar o trabalho para ganhar mais tempo livre.

 

Além desse livro, Ferriss escreveu “The 4-Hour Body” e “Tools of Titans”, explorando saúde e desenvolvimento pessoal. Para além dos livros também tem um podcast popular, onde entrevista celebridades e influencers que compartilham  práticas sobre sucesso e qualidade de vida.

 

 

O livro

Trabalhe 4 Horas por Semana é um manual transformador que questiona o conceito tradicional de trabalho e propõe um novo estilo de vida focado na liberdade, automação e produtividade inteligente. O livro que se tornou um best-seller desde o seu lançamento em 2007, mistura estratégias práticas e experiências pessoais do autor para ajudar os leitores a reduzir drasticamente as suas horas de trabalho e a maximizar a sua qualidade de vida. Ferriss oferece então um plano totalmente estruturado para alcançar esses objetivos por meio do seu método D.E.A.L (Definição, Eliminação, Automação e Libertação).

 

O livro está dividido em 4 partes estas que são:

 

1.     Definição:

 Nesta primeira parte, Ferriss desafia o leitor a redefinir o seu conceito de sucesso e as suas metas de vida. Passa a incentivar o “corte” com a mentalidade tradicional que sempre associou o sucesso ao trabalho árduo, defendendo assim que o verdadeiro objetivo é a liberdade de tempo e mobilidade. 

  "Focar em ser produtivo, em vez de estar ocupado."

 Destaca ainda que muitos se perdem num ciclo de trabalho exaustivo sem resultados significativos e que, ao invés de acumular dinheiro para usar no futuro, devemos focar no presente e pensar como viver uma vida plena agora.

 

2. Eliminação:

Apresenta o Princípio de Pareto (80/20), que diz que 80% dos resultados vêm de 20% dos esforços. Mostra-nos como identificar e eliminar atividades que não nos trazem valor e a focar nas poucas que realmente impactam os nossos resultados.

Ao longo deste livro Tim enfatiza que:

 "Fazer menos não é ser preguiçoso. Não fazer as coisas desnecessárias é a melhor forma de ser produtivo."

   Nesta fase, ele também explora o uso de técnicas como time blocking e o conceito de “dieta de informação”, ou seja, reduzir a quantidade de informações consumidas que não agregam valor aos objetivos.

 

3. Automação:

Tim ensina como automatizar tarefas e processos para maximizar a eficiência. Sugere a terceirização de tarefas para freelancers e a utilização de ferramentas digitais para automatizar o trabalho, permitindo que o negócio funcione praticamente sozinho.   

 "Automação é a chave para ganhar liberdade sem sacrificar produtividade."

 

4. Libertação:

   Esta parte foca em alcançar liberdade geográfica e de tempo, mostrando como é possível adotar um estilo de vida nómada ou simplesmente trabalhar de onde se quiser. 

    "A liberdade total e verdadeira é a capacidade de escolher o que fazer com seu tempo, onde quer que você esteja."

 

A grande essência do livro é a aplicação prática e o facto de Ferriss compartilhar as suas próprias experiências de modo a justificar os seus métodos. As ideias de automação e terceirização são especialmente inovadoras, oferecendo novas perspetivas para empreendedores e freelancers. Ele combina teorias de produtividade com passos práticos, permitindo que os leitores implementem mudanças imediatas nas suas rotinas.

 

Apesar de inspirador, algumas críticas apontam que as estratégias apresentadas podem ser mais aplicáveis a pessoas sem grandes responsabilidades, como filhos ou empregos fixos. Além disso, para muitos, a ideia de terceirizar completamente tarefas pode parecer irrealista, especialmente em profissões que obrigam o trabalho presencial. A promessa de trabalhar apenas 4 horas por semana pode ser vista como exagerada e difícil de alcançar em cenários mais tradicionais.

 

No entanto, o valor do livro não está necessariamente em seguir o modelo à risca, mas sim em adotar uma mentalidade mais crítica e estratégica em relação ao uso do tempo. Ferriss incentiva os leitores a identificarem as atividades que geram mais resultados e a eliminarem as que apenas consomem tempo, sugerindo um foco maior no que é verdadeiramente essencial. Para aqueles que conseguem aplicar esses princípios, mesmo de forma parcial, há a possibilidade de experimentar um aumento significativo na eficiência e uma maior liberdade pessoal e profissional.

 

Ferriss também explora a importância de construir uma "renda passiva", ou seja, criar fontes de rendimento que não exijam uma presença constante ou um esforço contínuo. Ele propõe formas práticas de alcançar esse objetivo, como negócios online, investimentos estratégicos e o desenvolvimento de produtos escaláveis. Dessa forma, o livro não se limita apenas à questão do trabalho, mas também aborda o conceito de liberdade financeira e como alcançá-la de maneira inteligente e sustentável.

 

 

Reflexão integrativa do livro com a unidade curricular

 

Este livro relaciona-se com MIDO no âmbito da eficiência e produtividade organizacional, pois Tim apresenta várias técnicas para maximizar a produtividade individual e profissional e a adaptação a novas maneiras de trabalhar. Em MIDO há a relação de otimização de processos organizacionais e a constante procura da eficiência nos recursos humanos, estes métodos visam melhorar o desempenho organizacional o que vai de encontro com as estratégias que são apresentadas no livro tal como a eliminação de atividades que não tem valor.

No âmbito da gestão de mudança e cultura organizacional tanto a disciplina como o livro vão de encontro ao mesmo ponto, no livro Tim dá enfâse à importância de mudar mentalidades para adotar um estilo de vida e trabalho mais eficiente, já na disciplina a gestão de mudança é um componente fundamental, que envolve tanto a modificação de práticas, comportamentos e também a própria cultura organizacional.

Por fim ambos coincidem no empoderamento e desenvolvimento de competências, no livro o objetivo é acima de tudo incentivar os leitores a desenvolverem competências que os tornem mais autossuficientes e capazes de gerir o seu tempo e trabalho de forma mais eficiente, na disciplina há um foco em intervenções de desenvolvimento humano e capacitação que visam empoderar os colaboradores e desenvolver as suas habilidades para que possam contribuir de forma mais significativa para a organização.

 

Opinião

 

Na minha ótica este livro é uma grande motivação, essencialmente para quem tem interesse em melhorar o seu dia a dia e economizar mais o seu tempo, sabendo exatamente como selecionar as tarefas mais urgentes e prioritárias, tendo assim mais produtividade e rentabilidade. O que se pode adotar tanto em contexto de trabalho como em contexto de vida pessoal e tarefas rotineiras. Decidi escolher este livro não só porque me despertou a atenção, mas também porque sou muito curiosa e tenho sempre vontade de aprender novas formas de pensar e trabalhar e novos métodos para melhorar a minha rotina. Deste livro levo então métodos eficazes que com certeza como futura gestora de RH aplicarei na minha empresa.

 

 

Caro/a Leitor, para Citar esta book Review, use esta referência final:

Alemão, I (2024). Poupa tempo e trabalha só 4h por semana!  Book Review Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ‘Métodos de Intervenção e Desenvolvimento Organizacional’. ISMAT-Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes. Disponível em https: https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com/2024/11/Poupatempoetrabalhaso4hporsemanaBookreviewIvanaAlemao.html


Sobre mim:

O meu nome é Ivana Alemão, tenho 20 anos, sou natural de Santarém e frequento o 3º ano da licenciatura de Gestão de Recursos Humanos no ISMAT.

email: ivanaalemao@gmail.com



Referências:

https://www.ismat.pt/ensino/licenciaturas/licenciatura-em-gestao-de-recursos-humanos.html

https://www.fnac.pt/4-Horas-por-Semana-Timothy-Ferriss/a286857

https://tim.blog/podcast/

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