domingo, 5 de fevereiro de 2023

Mindset- A nova psicologia do sucesso de Carol Susan Dweck- Book Review por Ana Rita Rodrigues

 

 

Sobre a autora:

       Carol Susan Dweck, nasceu no dia 17 de outubro de 1946 (76 anos) e vive em Nova Iorque. É uma psicóloga norte-americana e professora de Psicologia na Universidade de Stanford.  É formada em psicologia no Barnard College em 1967 e tem um doutoramento em psicologia pela Universidade de Yale, que acabou em 1972. A autora é uma das principais investigadoras mundiais na área da motivação, mentalidade, desenvolvimento, personalidade das pessoas, como descritas no livro “Mindset- A nova psicologia do sucesso.”

Dra. Carol S. Dweck

Figura 1- Carol Susan Dweck, psicóloga e autora do livro.

 

   

 

Sobre o livro:

      A autora, Carol Dweck realça no seu livro que existem dois tipos de mindset que podemos adotar na nossa vida: mindset fixo e ou mindset de crescimento. Os mindsets não são mais que meras crenças que são adquiridos ao longo do tempo através da nossa mente e que podem sofrer sucessivas mudanças ao longo da nossa vida. Carol destaca que existem dois tipos de pessoas: as que são abertas a novas aprendizagens, habilidades, competências (mindset de crescimento) e as que são fechadas a elas (mindset fixo) . Este traço da personalidade afeta toda a vida da pessoa, desde a forma como ela pensa até a sua interação com outras pessoas e é através do poder da atitude mental (mindset) que é possível determinar se a nossa vida será um fracasso ou um sucesso. O sucesso depende da atitude mental que as pessoas escolhem seguir. Ter sucesso ou fracassar na vida dependerá exclusivamente da mentalidade do individuo, do seu mindset, do padrão mental que o individuo escolhe para seguir a sua vida.

 

Modelo de “Mindset Fixo”

      Quem segue o mindset fixo acredita que os seus traços, talentos, comportamentos e inteligência são fixos, imutáveis. Quer dizer que, nascemos com uma habilidade/aptidão e nunca poderá ser alterado, dificilmente vamos desenvolver uma nova habilidade.O indivíduo não procura evoluir porque acha que não poderá evoluir mais, não estimula algo novo, preferem escolher o que é fácil e está dentro de seus campos de habilidades, ao invés de tentar aquilo que é difícil e trabalhoso, pelo receio do fracasso e da frustração.

Modelo de “Mindset de Crescimento”

      O modelo de mindset de crescimento, diz que podemos evoluir em qualquer área da vida, desde que assumimos atitudes e padrões que favorecem o nosso crescimento pessoal e profissional. Quem tem este tipo de mindset sabe que pode desenvolver qualquer talento, habilidade, traço da personalidade entre outros. Para tal, basta ter força de vontade, motivação esforçar, trabalhar, etc. Em comparação com o mindset fixo, este mindset é mais difícil pois requer dedicação, tempo, sacrifício, disposição, vontade de mudar, etc. Estas pessoas são as pessoas que realmente obtém sucesso em tudo o que fazem.

      As pessoas que executam este mindset de crescimento acredita que a inteligência é mutável e pode ser desenvolvida através do esforço próprio. Indivíduos que tenham este tipo de mindset não têm medo de arriscar, porque assumem que as falhas e os fracassos são uma oportunidade para crescerem, desenvolverem e evoluírem enquanto pessoas e chegar aos seus objetivos com sucesso.

Gráfico de Nigel Holmes - Linhares Coach - Coaching Esportivo

Figura 2- Esquema ilustrativo dos 2 tipos de mindset: fixo/de crescimento

      Num dos capítulos do livro é referido o tema do Mindset e da Liderança. Neste capítulo a autora menciona que assim como há talento inerente/nato para o desporto também há para área dos negócios, que as organizações devem apostar no recrutamento de talentos, porque esta é um dos grandes “instrumentos” para obter o sucesso e sobressair a outras organizações. Existem líderes com mindset fixo e mindset de crescimento. Os líderes com mindset fixo estabelecem uma barreira que uns são superiores e outros são inferiores, têm uma necessidade constante de alegar a sua superioridade e isso pode ser um caminho para o fracasso.

      Os líderes com mindset de crescimento, acreditam no potencial da sua equipa e no desenvolvimento humanos, tanto nos deles próprios quanto nos de outras pessoas e usam as empresas como um fator global de crescimento.

      O tipo de líder que opera nas empresas vai influenciar os trabalhadores. Os indivíduos que trabalham em entidades que o seu líder tenha um mindset de crescimento têm mais confiança, autonomia, motivação, empenho no trabalho ao contrário do que acontece nas empresas que têm um líder com mindset fixo que limita e reprime a sua equipa, onde existe uma barreira de superioridade entre o líder e os trabalhadores.

A autora, num dos capítulos, alega que quis alterar o seu mindset fixo para um mindset de crescimento afirmando que não é fácil, não é do dia para a noite que conseguimos mudar o nosso mindset. Por alguma razão adquirimos um tipo mindset devido a algum acontecimento ou razão que aconteceu na nossa vida e que passa a ser intrínseco em nós. Esta mudança de mindset não é uma apenas seguir recomendações/sugestões às vezes, é preciso mudar totalmente a nossa maneira de ver as coisas, passamos de uma disposição de julgar para aprender novas habilidades e competências e ajudar a aprender as pessoas ao nosso redor.

      O presente livro permitiu recolher um conjunto de ferramentas de desenvolvimento individual e profissional que contribui para a aquisição de novas competências de liderança, bem como de relacionamento interpessoal. É um livro de leitura fácil com uma escrita cativante que nos dá a conhecer aquilo que a autora pretende demonstrar de forma clara e simples, através de diversos exemplos do quotidiano e que apresenta que a maior diferença entre os "vencedores" e "perdedores" é o mindset. Ao longo da análise e exploração dos capítulos do livro é possível ver que o nosso mindset vai-se adaptando e sofrendo alterações ao longo da nossa vida e das nossas necessidades. O sucesso depende da nossa mentalidade, ou seja, do padrão mental (mindset) que escolhemos para “conduzir” a nossa sua vida.

      Enquanto futura Mestre de Gestão de Recursos Humanos, recomendo vivamente a leitura deste exemplar, pois permite-nos evoluir enquanto pessoas e profissionais. Ao ler este livro tive a oportunidade de me conhecer melhor, fazer uma reflexão sobre a minha pessoa e perceber qual era o meu tipo de mindset. No meu futuro quero adotar um mindset de crescimento para uma atitude de mudança e melhoria, ter uma visão mais ampla e ambiciosa.

 

Frase de inspiração para nos fazer pensar: “O Sucesso Depende do nosso Mindset”

 

 

Sobre mim:

      Chamo-me Ana Rita Rodrigues, tenho 23 anos sou licenciada em Imagem Médica e Radioterapia e estou neste momento a frequentar o Mestrado de Gestão de Recursos Humanos no ISLA Santarém.

      Autora: Ana Rita Rodrigues

      Email: anaritarodrigues93@sapo.pt

      Linkedin: https://www.linkedin.com/in/ana-rita-rodrigues-515b8b242/

      Bibliografia:

      Carol S. Dweck, (2016). Book Review do Livro "Mindset- A nova psicologia do sucesso" de  Carol Susan Dweck .  Book Review Orientada pela PHD Patricia Araujo no âmbito da Unidade de Gestão da Mudança do Mestrado em Gestão de Recursos Humanos do ISLA- Santarém.

  Disponível em: https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com/2023/02/mindset-nova-psicologia-do-sucesso-de.html

sábado, 4 de fevereiro de 2023

Book Review do Livro "O poder do Relacionamento Positivo" de Ken Blanchard - por Hélia Viana Elias

Book Review

 

Love 4 Union, Book Review do livro Bom Trabalho, por Ken Blanchard


                                           

Site: www.kenblanchrd.com                       

Facebook: https://www.facebook.com/KenBlanchard/about/

Linkend: https://www.linkedin.com/company/the-ken-blanchard-companies

O autor nasceu a 6 de maio, em 1939, na cidade de Orange, Nova Jersey, Estados Unidos.

Frequentou a faculdade Cornell em 1961, e em1963 a universidade Colgate.

Ken Blanchard é diretor executivo (e espiritual). É autor de dezenas de best-sellers com mais de doze milhões de exemplares vendidos em mais de vinte e cinco países. É casado, tem dois filhos e vive em San Diego, na Califórnia.

O livro que irei apresentar é unicamente fantástico para aqueles que apreciam mudanças positivas e gostam de interagir com pessoas duma forma saudável e equilibrada, proporcionando sorrisos a cada um que cruza o seu caminho.

O autor nos leva a uma viagem substancial em tudo aquilo que podemos traduzir como, “viver”.

 

O livro BOM TRABALHO, tem como palavra-chave:

 

O Poder do Relacionamento Positivo

 


 

É notável e aplausível a preocupação do autor na transcrição/transmissão do conteúdo. O mesmo tem um foco de forma didática e de fácil compreensão/leitura, para todo e qualquer tipo de leitor.

Contém um formato adequado, dando ênfase a leitura-estudo, com possibilidade a autoajuda.

Contém seis capítulos, com 119 páginas.

Esta leitura para os mestrandos de GHR, pode ser considerada uma grande valia no desempenho da sua função, se aplicar diariamente o espírito crítico de como trata ou avalia os colaboradores e a si mesmo.

                                                                            A orca Gigante



O autor inicia descrevendo fantástica recordações que viveu com a sua família no ano de 1976, em San Diego.

A sua história narra a experiência inesquecível e transformadora numa visita ao oceanário Sea word, onde ganhou como “professor e instrutor”, Shamu, a orca gigante.

O autor destaca a importância em observar as pessoas a fazerem coisas boas, e mudar o foco genérico em apanhar a fazer coisas más/erradas.

Ele afirma que deve-se redirecionar a energia negativa para obter bons resultados no desempenho, que o método vale para trabalho como para educação familiar.

O seu método ensina como ganhar a confiança das pessoas e fazer com que elas sejam ativas e eficazes. Tudo isso com o poder do relacionamento positivo.

Para Ken Blanchard cada reação pode gerar efeitos catastróficos ou transformador dependendo de como reagimos e o que observamos. O conceito de que cada um é autónimo na forma de reagir e expressar passa por ser reformulada quando se trata de obter êxito.

Ken acredita no potencial do ser humano para liderar e aceitar mudanças, mas que ainda há um longo caminho para dizimar ideias fixas, relutantes a transformação. Ele enfatiza a necessidade de influenciar a mudança duma forma positiva e contínua (se colocar no lugar no outro).

Outro ponto abordado é o impacto que pode ocorrer na tentativa desta descoberta, pois mudar hábitos e costumes não é tão fácil como parece, ainda mais quando se trata de culturas diversificadas. No entanto, afirma que o resultado é positivo e aplausível.

De início, foi um pouco complexo para o autor compreender e aceitar as técnicas orientadas pelo treinador de orcas, mas ele acabou por complementar com a ajuda de Marie Butler, ao assistir uma conferência indicada pelo treinador Dave yardley.

Ken afirma ficar surpreso e perplexo quando o treinador lhe diz que o seu professor era Shamu (orca).

Uma das principais técnicas utilizadas por Dave constitui na amizade e confiança, para isso seria necessário focar-se nas coisas boas, destacando os aspetos positivos.

Não perder tempo com atitudes indesejadas, dirigindo a energia para outros objetivos.

Essa obra não é direcionada apenas para estudantes ou quem trabalha na área, mas também para o público em geral, que deseja ter um bom relacionamento com os que o rodeiam. Contém uma linguagem acessiva e de fácil compreensão.

Experiência da Leitura

A escolha da leitura foi na curiosidade de conhecer obras do autor, nunca havia lido um, bem como o facto da formadora ter mencionado os ensinamentos do mesmo na capacidade humana em relação a observação dos maus feitos das pessoas.

Ao ler esta obra pude constatar o quanto sou “perita” em observar os erros das pessoas, o que me fez pensar e repensar nas mudanças que posso obter a ser diferente.

Não vale a penas ter respeito e compaixão para com o próximo, é necessário conquistar a confiança, destacar os aspetos positivos, em caso de erro, redirecionar a energia, esperar o impossível, como sublinha Ken.

Aceitar as mudanças pelo lado positivo acredito ser saúde mental, física e psicológica. Gerir as mudanças é um estudo diário e contínuo, pois requer anos automático de vida.

O autor afirma que ao “assumirmos a culpa” causa um impacto positivo, mas também afirma que nem todos olham e reagem da mesma maneira, alguns são relutantes e desconfiados. Esta será para mim a tarefa mais difícil, eu também sou desconfiada por natureza. Não que eu seja antissocial, mas a vida me ensinou desde muito cedo que nem todos são merecedores da nossa amizade e confiança. No entanto, pretendo incluir este método na minha vida.

Foi muito prazeroso esta leitura, pude reviver e avaliar situações nas quais eu interrogava a muito tempo. Já comecei por descrever cituações sem atribuir culpas, pelo qual já me sinto muito mais aliviada e capaz de lidar com elas.

A crítica dessa leitura só coube a mim mesma, quando me deparei pensando o que poderia levar uma pessoa a pensar que seria capaz de gerir e mudar pessoas. Descobri que a mudança parte de nós mesmos, não de terceiros.

Calar e não reagir não é sinônimo de fraqueza, mas sim de sabedoria.

Confesso que não conhecia o autor, mas que agora fiquei fã. Não desejo ficar por aqui, vou continuar lendo e buscar aprender cada vez mais de como gerir as minhas próprias emoções e de que forma aplicar no meu quotidiano.

Foi uma experiência magnífica a leitura, pude retornar a memorias ativas e visualizá-las de forma diferente, conduzindo para uma realidade mais harmoniosa e interessente.

Não analisei só os erros, fui mais profundo, e já consigo analisar numa perspectiva positiva, com mais segurança e sem tantas interrogações.

As interrogações provocam medo, e o medo nos paralisam, nos impedindo prosseguir.

A leitura mais difícil é ler nós mesmos, bem como, saber onde está a vírgula e o ponto final.

Ser intelectual é ser capaz de redimir e reinventar.

 


Sobre mim:

Sou brasileira, tenho 40 anos, estou no mestrado de GRH.

Sou apaixonada pela vida!

 

 



Autora: Hélia Viana Elias

Email: vascodagama_portugal@hotmail.com


Para Citar este Trabalho use a seguinte citação:

Viana, H. (2023). Book Review do Livro "O poder do Relacionamento Positivo" de  Ken Blanchard .  Book Review Orientada pela PHD Patricia Araujo no âmbito da Unidade de Gestão da Mudança do Mestrado em Gestão de Recursos Humanos do ISLA- Santarém  . Disponível em: https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com/2023/02/book-review-do-livro-o-poder-do.html 

A Arte Subtil de Saber Dizer Que Se Lixe de Mark Manson- Book Review por Eva Agudo

A Arte Subtil de Saber Dizer Que Se Lixe de Mark Manson - Book Review por Eva Agudo 

 Bibliografia Mark Manson

 

 

 

 

 

 

Mark Manson nasceu a 9 de março de 1984 em Austin, Texas. É escritor e bloguer, viajou pelo mundo durante 7 anos e neste momento está a viver com a sua mulher em Nova York. É autor bestseller do The New York Times e escreve sobre vários temas no âmbito do desenvolvimento pessoal. Para mais informações fica o link para a página do autor: https://markmanson.net. Recentemente o autor lançou um documentário relativo a este livro, disponível na amazon prime. Fica aqui o link para o trailer no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=9EmLbOJZULU&t=1s

 

Sobre o Livro

 

 

 

 

 

O autor divide o livro por capítulos e dentro de cada capítulo tem vários subtemas dentro dos quais dá exemplos de experiências de vida ou histórias de outras pessoas para demonstrar o seu ponto de vista. 

 

Capítulo 1 – Não tente

Espiral de feedback do inferno 

O autor explica esta espiral da seguinte forma: por vezes estamos ansiosos, e de repente ficamos mais ansiosos porque não queremos estar ansiosos. Quando estamos zangados, ficamos ainda mais zangados por ficarmos zangados por causa de nos zangar. Ficamos preocupados por nos preocupar tanto, sentimo-nos culpados por causa da culpa que sentimos. Tudo isto nos deixa excessivamente stressados, neuróticos e desagradados com aquilo que somos e acreditamos que há algo de errado connosco – sentimo-nos mal por nos sentirmos mal. 

É por isso que dizer “que se lixe” é tão importante – quando nos estamos a lixar interrompemos esta espiral, no momento podemos pensar que o mundo está todo lixado, mas e então? Sempre esteve, sempre vai estar. Portanto, quando nos sentirmos um lixo pensamos, mas o que é que isso importa? Que se lixe, e deixamos de nos odiar tanto por nos sentirmos tão mal. 

 

Mark refere algumas subtilezas para ajudar a adotar este pensamento: que se lixe – a arte subtil de ignorar o que não interessa na vida. 

Subtileza #1 – Estar-se a lixar não significa ser indiferente; significa estar confortável com o facto de ser diferente. 

Subtileza #2 – Para se estar a lixar para as adversidades, primeiro tem de se ralar com algo mais importante que as adversidades. 

Subtileza #3 – Quer se aperceba disso, quer não, está sempre a escolher com que preocupar-se.

 

Capítulo 2 – A felicidade é um problema 

As desaventuras do panda do desapontamento

O panda do desapontamento seria um super-herói criado pelo autor que diria as verdades na cara das pessoas, seria o herói que ninguém quereria, mas que todos precisariam. A seu ver, tornaria as nossas vidas melhores, apesar de nos fazer sentir piores. 

A nossa própria dor e infelicidade não são um obstáculo à evolução humana, mas uma funcionalidade – a dor é o meio mais eficaz de que o nosso corpo dispõe para provocar ação. 

A felicidade resulta da resolução de problemas 

Os problemas nunca param, apenas são trocados ou sofrem upgrades. O autor acredita que o segredo é a resolução de problemas, não é não ter problemas. 

Capítulo 3 – Você não é especial 

As coisas desmoronam-se

Segundo Mark Manson quanto mais profunda é a nossa dor, mais impotentes nos sentimos perante os nossos problemas e começamos a adotar uma atitude de “tenho o direito”, uma atitude várias vezes referida pelo autor ao longo do livro, e isto traduz-se de uma de duas maneiras – sou fantástico e vocês são todos lixo, por isso mereço um tratamento especial – ou então o oposto que leva ao mesmo egoísmo no interior – sou um lixo e vocês são todos fantásticos então mereço um tratamento especial. 

A tirania do excecional 

Todos os dias, somos inundados pelo que é verdadeiramente extraordinário, o melhor do melhor, pior do pior, as notícias mais perturbadoras, sem parar, porque é o que vende capas.  Contudo, a vasta maioria da vida reside no monótono intermédio. 

Mas, se não for para ser especial ou extraordinário, qual é o objetivo?

Como Mark refere, se fossemos todos extraordinários, por definição ninguém seria extraordinário. É necessário libertarmo-nos desta pressão relativa a tudo e apreciar as coisas básicas da vida, amizades simples, bons livros, ajudar alguém que precisa, parece chato porque são coisas vulgares, mas são vulgares por uma razão, porque é o que na verdade importa. 

Capítulo 4 – O valor do sofrimento

A cebola do autoconhecimento 

Estas metáforas são várias vezes utilizadas pelo autor para demonstrar o seu ponto de vista, segundo o mesmo, o autoconhecimento é como uma cebola, tem múltiplas camadas e mais provável é que quanto mais descascamos mais desatemos a chorar em momentos inconvenientes. 

1ª camada – reconhecimento das nossas emoções – isto põe me triste

2ª camada – capacidade para perguntar porque razão sentimos determinadas emoções – porque me sinto zangado

3ª camada (mais profunda) – são os nossos valores pessoais – porque considero isto um sucesso/fracasso

Valores da treta 

Para o autor, estes são alguns dos valores que são efeitos secundários de bons valores, mas que sozinhos são apenas meros hights emocionais vazios. 

1.     Prazer – o prazer não é a causa da felicidade, é o seu efeito. Se as outras coisas estiverem bem o prazer ocorre normalmente como um efeito secundário. 

2.     Sucesso material – o problema de valorizar excessivamente o sucesso material é o perigo de o tornar prioritário em relação a outros valores. 

3.     Ter sempre razão – é muito mais útil assumir a ignorância e que há muita coisa que não se sabe, isto mantém-nos a salvo de crenças supersticiosas ou pouco informadas e promove um estado constante de aprendizagem e crescimento.

4.     Manter-se positivo – embora existam vantagens em manter-se positivo a verdade é que por vezes a vida é uma treta e a coisa mais saudável a fazer é admiti-lo. 

Definir bons e maus valores

A forma como o autor distingue aqueles que considera os bons e os maus valores:

Bons valores: baseados na realidade, socialmente construtivos, imediatos e controláveis

Maus valores: dependem geralmente de eventos externos e exigem meios destrutivos ou supersticiosos para serem atingidos.

Capítulo 5 – Estamos sempre a escolher

A escolha

Mark defende que temos sempre uma escolha relativamente a como encaramos o que nos acontece na vida. Nem sempre controlamos o que acontece, mas controlamos sempre a maneira como o interpretamos, assim como a forma como reagimos. A verdade é que estamos sempre a escolher, quer o reconheçamos quer não. 

A falácia responsabilidade/culpa

Há problemas que não temos culpa e, no entanto, somos responsáveis por eles. Mark dá vários exemplos, este é um deles: um juiz tem o caso de um crime, ele não cometeu o crime, não tem culpa do crime, mas quando este lhe chegou às mãos fez com que ele ficasse responsável por ele. 

Vitimização chique

“A indignação é como uma série de outras coisas que sabem bem, mas que, ao longo do tempo, nos devoram de dentro para fora. E é ainda mais insidiosa do que a maior parte dos vícios, porque nem sequer reconhecemos conscientemente que é um prazer”. (Kreider)

Não existe como

O autor é defensor da ideia de “Ou fazes ou não fazes, não existe “como””. 

Capítulo 6 – Você está errado acerca de tudo (mas eu também)

Muitas pessoas tornam-se tão obcecadas em estarem certas em relação à sua vida que acabam por nunca a viver, desta forma, Mark esclarece que estarmos errados abre-nos a possibilidade da mudança e do crescimento. 

Como estar um pouco menos certo de si

Perguntas que o autor faz que ajudam a construir incerteza na vida:

1-    E se eu estiver errado?

2-    E se estiver errado, o que significará isso?

3-    Estar errado criaria um problema melhor ou pior do que o que tenho atualmente, tanto para mim como para os outros?

Capítulo 7 – O fracasso é o caminho para a frente 

A dor faz parte do processo

Mark defende a ideia de que o essencial da vida é não saber e fazer mesmo assim. 

O princípio do “faça alguma coisa”

O autor defende este princípio, pode ser a mais pequena ação viável em direção a outra coisa, pode ser qualquer coisa, mas muitas vezes isto basta para pôr a bola de neve a rolar, ou seja, é a ação necessária que inspira a motivação para continuar a avançar. 

Capítulo 8 – A importância de dizer não

A rejeição torna a sua vida melhor 

Segundo Mark Manson evitar a rejeição dá-nos prazer a curto prazo e deixa-nos sem rumo nem direção a longo prazo. O ato de escolher um valor para nós próprios exige a rejeição de valores alternativos. Todos temos de nos importar com alguma coisa, para que possamos valorizar. E para valorizar alguma coisa temos de rejeitar outra. 

Como construir a confiança

Mark compara a confiança com um prato de porcelana, se o partir uma vez, com um pouco de cuidado e atenção pode voltar a colá-lo, mas se o voltar a partir, ele desfaz-se em pedaços e leva mais tempo a colar. Se o partir ainda mais vezes, acabará por ficar tão despedaçado que é impossível voltar a restaurar. 

A liberdade através do compromisso

Pela cabeça do autor, o compromisso dá-nos liberdade porque sintoniza a nossa atenção dirigindo-nos para o que é mais eficaz a fazer-nos saudáveis e felizes. 

Capítulo 9 – ... e depois morremos

O lado bom da morte

“A morte assusta-nos, e como nos assusta evitamos pensar nela, por vezes até reconhecê-la, mesmo quando acontece a alguém próximo de nós. Contudo, de uma maneira bizarra e invertida, a morte é a luz pela qual se mede a sombra de todo o sentido da vida. Sem a morte, tudo pareceria inconsequente, toda a experiência seria arbitrária, todos os critérios e valores valeriam, de repente, zero.” (Manson, 2018)

 

Qual o motivo que me levou a escolher este livro e relação com a UC

Acredito que na vida devemos ser menos preocupados com tudo e sim perceber quais são as verdadeiras coisas com as quais nos devemos importar, desta forma vi no título deste livro uma oportunidade de perceber como podemos fazer para melhorar este aspeto. 

Através deste livro é possível relacionar a matéria da cadeira de Gestão da Mudança da maneira que o autor está várias vezes a explicar a importância da mudança na nossa vida e a importância de errar para podermos crescer, mudar e melhorar. 

 

Sobre mim 

Uma imagem com terra, exterior, mulher, pessoa

Descrição gerada automaticamente

 

 

 

 

 

O meu nome é Eva Agudo, tenho 21 anos e estou no 1º ano do Mestrado em Gestão de Recursos Humanos no ISLA Santarém. Link para a página do ISLA: https://www.islasantarem.pt/pt/

 

 

 

 

Caro/a Leitor, para Citar esta Book Review, use esta referência final: 

Agudo, E. (2023). A Arte Subtil de Saber Dizer Que Se Lixe. Book Review Orientada por PhD Patrícia Araújo no âmbito da unidade curricular de ‘Gestão da Mudança’. ISLA Santarém. Disponível em: https://desenvolvimento-organizacional.blogspot.com/2023/02/a-arte-subtil-de-saber-dizer-que-se.html

 

 

 

Bibliografia

Kreider, T. (n.d.). The New York Times.

Manson, M. (2018). A arte subtil de saber dizer que se f*da.

 

 

 

 

 

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